sábado, 1 de junho de 2013

AS SECAS NO NORDESTE

O flagelo da seca sempre atingiu o povo nordestino. Algumas foram apocalípticas e são lembradas até os dias atuais.
No século XIX, foram registradas 26 secas de intensidade variável: 1808, 1809,1814, 1816, 1817, 1824, 1825, 1826, 1833,1835, 1837, 1844, 1845, 1846, 1860, 1868, 1869, 1877, 1878, 1879, 1885, 1888, 1891, 1892 e 1889 (dados de Tarcisio Medeiros).
A título de curiosidade, encontrei muitas provas da intensidade da seca ao longo desses anos.
Nos registros paroquiais de Caicó, do ano de 1825, especialmente no Livro de Batismo, existem muitas referências às secas. Só para ilustrar, um registro de batismo de 3/9/1825, dizia assim:
“... Pedro, filho legítimo de José Pereira da Luz e de Teodora Francisca, passageiros que vinham de retirada das partes de Currais Novos...”.

As mais terríveis secas, sem dúvida, foram do triênio de 1877, 1878 e 1879.
Segundo Rocha Pombo “... é neste anno de 1877 que começa a calamidade da mais horrível das seccas que flagelaram as províncias do nordeste no século passado. Quase todos os sertões do Rio Grande do Norte foram atingidos pela intempérie. As populações abandonam os sítios do interior procurando as cidades e villas...”.
Morreram muitas pessoas e as que não morreram, abandonaram suas terras e foram para os centros urbanos que possuíam maiores recursos.

A chuva, até hoje, é sempre uma preocupação para o nordestino. Sua falta provoca a seca, que é uma desgraça. Chuva em excesso significa açudes cheios, enchentes e inundações. Outra desgraça.

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