O flagelo da seca
sempre atingiu o povo nordestino. Algumas foram apocalípticas e são lembradas
até os dias atuais.
No século XIX, foram
registradas 26 secas de intensidade variável: 1808, 1809,1814, 1816, 1817,
1824, 1825, 1826, 1833,1835, 1837, 1844, 1845, 1846, 1860, 1868,
1869, 1877, 1878, 1879, 1885, 1888, 1891, 1892 e 1889 (dados de Tarcisio
Medeiros).
A título de
curiosidade, encontrei muitas provas da intensidade da seca ao longo desses
anos.
Nos registros
paroquiais de Caicó, do ano de 1825,
especialmente no Livro de Batismo, existem muitas referências às secas. Só para
ilustrar, um registro de batismo de 3/9/1825,
dizia assim:
“... Pedro, filho
legítimo de José Pereira da Luz e de Teodora Francisca, passageiros que vinham
de retirada das partes de Currais Novos...”.
As mais terríveis
secas, sem dúvida, foram do triênio de 1877, 1878 e 1879.
Segundo Rocha Pombo “... é neste anno de 1877 que começa a
calamidade da mais horrível das seccas que flagelaram as províncias do nordeste
no século passado. Quase todos os sertões do Rio Grande do Norte foram
atingidos pela intempérie. As populações abandonam os sítios do interior
procurando as cidades e villas...”.
Morreram muitas
pessoas e as que não morreram, abandonaram suas terras e foram para os centros
urbanos que possuíam maiores recursos.
A chuva, até hoje, é
sempre uma preocupação para o nordestino. Sua falta provoca a seca, que é uma
desgraça. Chuva em excesso significa açudes cheios, enchentes e inundações.
Outra desgraça.
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