sábado, 14 de setembro de 2013

ANTIGAS CAPELAS DA FREGUESIA DE MAMANGUAPE - SÉCULO XVIII



ANTIGAS CAPELAS DA FREGUESIA DE MAMANGUAPE – SÉCULO XVIII ( 1730- 1794)

Da leitura dos livros paroquiais encontramos registros de antigas capelas

1 - CAPELA DE SANTO ANTONIO DA BOA VISTA (SOLÂNEA)

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ANTONIA -Batizada em 12/03/1732

2 -CAPELA DE SÃO GONÇALO DA (CAMARATUBA)
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LUIZ - batizado em 26/07/1783

3 -CAPELA DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM (ALAGOA GRANDE)

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4 -CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO ( BRUXAXÁ/AREIA)



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ANNA - batizada em 18/01/1787

5 -CAPELA DA MATARACA 



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6 - CAPELA DE SÃO BENTO

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7 -CAPELA DE BANANEIRAS

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IZAURA - batizada 23/04/1787

8 -  CAPELA DE SÃO JOÃO (ITAPOROROCA)


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JOSÉ - batizado em 5/04/1787
ANNA - batizada em  26/11/1786

9 -CAPELA DA GORABIRA
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BERNARDA - batizada em 30/08/1783

10 -CAPELA DE SANTO ANTONIO DOS MULUNGUS (MULUNGU)
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PEDRO - batizado em 01/07/1786

11 - CAPELA DE SÃO MIGUEL (BAIA DA TRAIÇÃO)

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ARCHANGELA - batizada em 16/10/1787

12 -CAPELA DO BOM JESUS (BOA VISTA) 
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ANGELICA - batizada em 25/07/1787

13- ORATÓRIO DO ENGENHO DO CURRAL DE SIMA (CURRAL DE CIMA)

Thomaz- batizado 12/11/1786

14- CAPELA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO (CAMPINA GRANDE)


Antonia- batizada em 12/06/1787

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

OS ÍNDIOS POTIGUARES E OS HOLANDESES

ÍNDIOS POTIGUARES E OS HOLANDESES

Com muita frequência, ainda escuto de alguns que os índios potiguares se aliaram aos holandeses com muita facilidade, vez que eram tratados pelos flamengos com muito respeito e cordialidade..
Na verdade é necessário retroceder um pouco na história para entender como essa “amizade” foi construída.
Sabe-se que o interesse da Holanda pelo Brasil era o lucrativo comércio de açúcar lastreado nos engenhos localizados no Nordeste. Para obter o controle sobre esses engenhos era necessário o domínio do território, e, para tanto os holandeses traçaram estratégias para a invasão das terras portuguesas, muito antes da época em que tal fato efetivamente ocorreu.

Cabe ressaltar que, no Nordeste, já existiam aldeamentos administrados pelos jesuítas, com a missão da catequese da população indígena. Assim, os índios já tinham conhecimento do cristianismo.
Por volta de 1624, Manoel de Morais, jesuíta que depois se tornou calvinista e se mudou para Holanda, forneceu dados para os holandeses sobre a população indígena e ainda, recomendou que o tratamento com os índios deveria ser mais liberal do que com a população negra (escravos africanos).
Segundo ele, a religião seria um elemento fundamental para a conquista do território, a exemplo do que havia feito os jesuítas, acrescentando que a evangelização (calvinista) seria uma aliança política com indígenas para fins militares, na luta contra os portugueses.
Assim, em 1625, antes mesmo do período de dominação holandesa no Nordeste Brasileiro (1630-1654), começou a ser colocado em prática um plano, que ao final de tudo apresentou-se bem sucedido.
Seis índios foram levados para Holanda onde, além de aprenderem a língua, foram doutrinados e se “converteram” ao calvinismo.
Quando os holandeses conquistaram Pernambuco, esses índios, que passaram 5 anos na Europa, foram mandados de volta e funcionaram como interpretes e líderes na luta contra os portugueses.
Dentre eles estava PIETER POTI (PEDRO POTY), um cacique potiguar que foi um grande aliado dos holandeses. Outro foi Gaspar Paraupaba.
Para os holandeses tais índios não eram “amigos”, mas apenas parceiros na luta contra os portugueses para a conquista do território que possuía interesse econômico, já que a exploração do açúcar, pela Companhia das Índias Ocidentais, era um grande negócio.
Sergio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, fala sobre as tentativas de atrair os indígenas para a fé reformada, mas completa que os holandeses escravizavam e vendiam índios brasileiros nas Antilhas.

Assim, faz-se necessária uma visão crítica e isenta de “nuanças cor-de-rosa” para análise de fatos históricos. Os indígenas foram tratados, tanto os portugueses como os holandeses, apenas como mais um instrumento de conquista do território que se mostrava economicamente viável.

sábado, 7 de setembro de 2013

ESTRADA REAL MAMANGUAPE/AREIA

ESTRADA REAL MAMANGUAPE/AREIA

Durante muito tempo, os primeiros colonos da Paraíba se utilizaram de caminhos e trilhas deixados pelos índios. Essas foram as primeiras vias de comunicação do sertão com o litoral.
De tais caminhos antigos, pouco ou quase nada se sabe, pois foram esquecidos ao longo do tempo.
Com a intensificação do processo de colonização no Nordeste, no século XVII, apoiada na atividade canavieira do litoral e na pecuária no interior, surgiu a necessidade de vias de acesso para o transporte de cargas, tanto para o escoamento da produção como para a sobrevivência do próprio colono. Então, surgiram os primeiros caminhos, por onde passavam as tropas.
É importante lembrar que, já no século XVII, a atividade criatória torna-se mais independente, ocupando terras cada vez mais para o interior, pois o desenvolvimento dos rebanhos exigia grandes extensões de terras para as pastagens.
O gado era o grande fator de exploração, porque, ao mesmo tempo, valia, vivo como dinheiro e era trocado por mercadorias e bens. E como força de tração, para tanger os engenhos e puxar os carros de boi.
No fim do século XVI e começo do século XVII, Mamanguape começou a ser colonizada Uma antiga estrada real ligava Mamanguape a Bruxaxá (Areia). A estrada acompanhava a margem do rio e saía da Baia da Traição, seguindo pelo povoado de Montemor até Bruxaxá. De Bruxaxá seguiam outras duas estradas, uma para o Seridó e outra para Pernambuco.
Assim, o Brejo Paraibano era rota de passagem obrigatória, com tráfego de carros de bois ou tropas de mulas que transportavam couro, sola, carne-seca e traziam, na volta, tecidos, objetos de couro e prata, artigos manufaturados e um ou outro negro escravo. Tal tráfego se intensificou no século XVIII, com as “estradas de boiadas”.
No período colonial, os viajantes se hospedavam nas casas grandes dos engenhos e fazendas, mas principalmente nos ranchos que existiam à beira das estradas, que nada mais eram que alpendres construídos, quase sempre ao lado de um estabelecimento comercial onde se fornecia alimentos e bebidas.
Muitos desses ranchos deram origem a povoados que, posteriormente, se tornaram cidades.
Na gravura abaixo, de Rugendas, temos uma ideia de como eram os ranchos no início do século XIX.