quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

LOCALIDADES DE BANANEIRAS/PB EM 1840

No COVÃO, estavam as família SANTOS, GUIMARÃES e MACEDO.
No BURACO, as famílias SANTOS, SOUZA, PINTO e GOMES DE OLIVEIRA
No OLHO DÁGUA SECO a família COSTA
Nas LAJES, as famílias ALVES, SOUZA, CORREA e SILVA
No BACUPARY as famílias PINTO, QUEIROZ e FREIRE DE AMORIM
Nos TANQUES a família OLIVEIRA.
No FARIAS as famílias FARIAS e ROCHA.
No MOLUNGA as famílias LIMA e COUTO

Outros agrupamentos rurais com moradores da mesma família eram: Cocos, Salgado, Alagoinha, Bom Sucesso, Gamelas, Bom retiro, Mijona, Roma, Alagoa do Mathias (reduto da família NUNES), Pao D'arco e Genipapo. 

BATISMO DE ÍNDIOS EM BANANEIRAS/PB

Nos antigos registros paroquiais de Bananeiras/PB é fácil encontrar batismos de "índios".
Todos com nomes e sobrenomes portugueses. 
Para entender como isso foi possível é bom lembrar que os povos indígenas que viviam no território brasileiro não dominavam a escrita. Foram "batizados" por escrito por "brancos", embora a grande maioria não entendesse o português  .
Prenomes e sobrenomes eram "inventados", ou simplesmente dados em homenagem a alguém.
Assim, é impossível traçar a árvore genealógica de uma família, pois não há qualquer menção de qual etnia pertenciam ou, pelo menos, do nome indígena que utilizavam.
Apagavam toda a memória ancestral com o batismo, fazendo surgir um "novo ser", sem história, sem família e sem ligação com o contexto histórico em que viveu.  
Embora grande parte dos nordestinos tenham um ancestral nestas condições, é fácil encontrar genealogias de famílias onde tal membro "magicamente" se transforma em "português" e, pior, com uma excepcional árvore genealógica lusitana que remonta, algumas vezes, a época das cruzadas.
Uma "mágica" utilizada para encobrir o verdadeiro preconceito sobre a origem. 
Muitas das vezes, quando não há como proceder de tal forma já que evidente a orgiem, encontramos a tal história da "índia brava pegada a laço" pelo colonizador português, contada até com certo orgulho por alguns, quando na verdade esconde uma triste verdade: o estupro das mulheres de diversas etnias indígenas pelo "branco"..
Crimes cometidos no passado que se transformaram em orgulho familiar de muitos.

Mas, ultrapassadas tais considerações, é fato que em Bananeiras, durante todo o final do século XVIII e a primeira metade do século XIX podemos encontrar nos registros paroquiais muitos exemplos de como a população indígena foi "branqueada" através do batismo.
Em 25 de julho de 1811, Francisco Correia e sua mulher Anna Maria, índios da Villa de San José (Vila de São José do Rio Grande do Norte) foram batizados em Bananeiras/PB. O padrinho foi o Capitão Antonio José da Assumpção e Francisca Maria, conforme comprova a imagem abaixo. 

imagem family search

Em 16 de abril de 1838, foi batizado JOAQUIM, filho de Manoel Nunes (preto) e Anna Joaquina (índia), no sítio Bacopari . Padrinhos JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA (vide postagem no blog) e Ignácia Maria (futura mulher de JOAQUIM JOSÉ PINTO).
Posteriormente, MANOEL NUNES passa a assinar MANOEL JOAQUIM NUNES. Por sua vez, ANA JOAQUINA se transforma em ANNA PEREIRA,e os muitos filhos do casal, já são batizados simplesmente  como "pardos"


imagem family search

Em 6 de janeiro de 1838, foi batizado MANOEL, filho de Luiz Antonio do Nascimento e Maria da Conceição, índios. 
imagem family search

domingo, 13 de dezembro de 2015

ANTIGAS FAMÍLIAS DE SANTA CRUZ/RN


8/8/1859 - Casamento de Luiz Gomes de Oliveira, filho de Aires Gomes de Oliveira e Joana Maria e Jovina Maria da Conceição, filha natural de Genoveva Maria da Conceição.
Testemunhas: Vicente Manoel Nunes e José Freire do Amorim.

31/10/1859 = Casamento de Francisco Herculano de Oliveira, viúvo de Catharina Clementina de Lima, morador em Araruna e Maria Joaquina do Nascimento, filha de Onofre Barbosa de Lima e Maria Joaquina do Nascimento.
Testemunhas:  Antonio Ferreira da Costa Lima e Lazaro José de Melo Barros.
 

7/1/1861 - Casamento de Pedro Pereira de Brito, filho de José Manoel Pedreira e Felippa Freire de Amorim, e Maria Thereza Faria, filha de Felippe Pereira Bezerra e Victoria Conceição.
Testemunhas: Manoel Justino de Oliveira Galvão e Maria. 


 29/11/1861- Casamento de Delfino Gomes da Silva, filho de Antonio Gomes da Silva e Joaquina Francisca da Conceição e Antonia Francisca da Conceição , filha natural de Maria Ludvina da Conceição (natural de Brejo d'Areia).
Testemunhas: Alfredo Borges de Oliveira e Luiza Freire de Amorim. 



25/11/1866 - Casamento de José Joaquim de Araújo,  filho de Joaquim Manoel do Nascimento e Francisca Antonia da Conceição e Silvina Maria da Conceição (Natural de Cuité), filha de Joaquim Paz Bezerra e Francisca Maria da Conceição.
Testemunhas: Estevão Ernesto da Costa e Alvarenga e Pedro Paz Bezerra.
Casamento realizado em Mellões (atual Coronel Ezequiel)

 1/3/1867 - Casamento de João da Cruz Bezerra (natural de Bananeiras), filho de Ignacio Bezerra de Menezes e Maria da Conceição, e Maria Secundina Bezerra, filha de Severino dos Santos Bezerra e Maria Bezerra Cavalcante .
Testemunhas: Antonio Justino de Souza (vide família Pinto) e Antonio Bento da Rocha 








 8/2/1867 - Casamento de André Avelino Bezerra, filho de Vicente Francisco da Costa e Thereza de Jesus, com Izabel Alexandrina Bezerra Cavalcanti, filha de Severino dos Santos Bizerra e Maria Bizerra Cavalcanti.
Testemunhas: Antonio Justino de Souza (vide post família Pinto) e José Joaquim de Souza Bizerra.

9/2/1867 - Casamento de José Francisco de Farias, filho de Francisco de Farias da Costa e Anna Joaquina da Conceição com Maria Adilina de Farias, filha de Manoel José da Rocha e Clara Maria da Conceição.
Testemunhas Gerson Ferreira de Farias e Salustiana Ferreira de Farias. 



21/07/1871 - Casamento de Antonio Ferreira da Rocha (natural de Bananeiras), filho de João Ferreira da Rocha Camporra e Ana Joaquina de Mello, com Thereza Avelina de Faria, filha de Francisco de Faria Costa e Anna Joaquina do Espírito Santo.
Testemunhas: Tenente Coronel José Ferreira de Faria e Capitão Philinto (Filinto) Florentino da Rocha 

sábado, 12 de dezembro de 2015

PARAÍBA - 1802 - DADOS ESTATÍSTICOS

OCUPAÇÕES DOS HABITANTES DA CAPITANIA

Corpo Militar                  192
Magistrados e 
empregos civis                91
Clero Secular                  77
Clero Regular                  21
Agricultores                 8.447  
Artistas     *                     217 
Jornaleiros  *               1.082
Negociantes                   341
Pescadores                      20
Criadores de gado          422
Escravos                      4.899
Escravas                      4.376
Vadios e Mendigos      5.431

* Antigamente era considerado artista o profissional liberal que fazia qualquer trabalho de carpintaria, construção civil ou qualquer trabalho manual, mais assemelhado atualmente a um artesão. A profissão de artista, muitas das vezes encontrada nos livros antigos, não tem  o mesmo significado atual.

* Jornaleiro - era um trabalhador que trabalhava "a jorna", ou seja, contratados para trabalhar por dia. Muitas das vezes a retribuição pela jornada diária de trabalho era apenas um prato de comida. 

Brancos                       15.754
Índios                             3.344 
Pretos                          13.467
Mulatos                        18.068
Total                            50.835 

Produtos de exportação:
Açúcar, algodão, Goma, Azeite de Carrapato, Sola, Couros, Gado Vacum e Gado Cavalar.

NASCIMENTOS - ANO de 1802.

Brancos vivo       734
Brancos Mortos     67
Brancos Gêmeos  27
Total                    828

Índios Vivos         380
Índios Mortos         49
índios Gêmeos         0
Total                     429

Pretos Vivos          446
Pretos mortos          68
Pretos Gêmeos       10
Total                      524 

Mulatos vivos      1.036
Mulatos mortos       126
Mulatos Gêmeos      14
Total                     1.176

TOTAL DE MORTOS - ANO 1802
1534 

Fonte : Carta do Governador da Paraíba - Luís da Mota Feo ao Príncipe Regente.