domingo, 11 de maio de 2008

SANTA CRUZ/RN

.Pesquisar nem sempre é fácil. Vez por outra surge uma informação duvidosa sem lastro histórico nenhum.
Existe um ditado que diz mais ou menos assim: " quem conta um conto acrescenta um ponto".
Muitos livros fazem menção a um fato, e, depois de certo tempo, outros livros passam a fazer referência aquele fato, propagando a informação original. Encontro, vez por outra, casos assim.

Desde que iniciei minhas pesquisas sobre a cidade de Santa Cruz/RN que encontra-se ligada aos meus ancestrais paternos, encontro sempre a mesma informação sobre a história da cidade.
Tudo, mais tudo mesmo que encontrei, é mera repetição . Livros, artigos, sites e todo material escrito sobre a cidade não contém nenhuma informação nova.
Todos, sem exceção, "contam" a mesma história.
Procurei a mais antiga referência desta "história", e, descobri que vem de 1899, quando Alfredo Moreira Pinto escreveu um verbete no seu livro sobre a cidade. Nele, reproduz uma carta que teria recebido, em 1888, de um padre contando que " em 1831, Lourenço da Rocha e seu irmão João da Rocha e José Rodrigues edificaram uma capela dedicada a Santa Rita de Cássia... etc, etc...".

Verifiquei que tal informação não tem nenhuma referência, ou seja, prova documental. Nada. Nada mesmo que venha a confirmar que ela seja verdadeira. Muito pelo contrário, acredito que seja tão falsa como uma nota de R$ 15,00.

Através de minhas pesquisas descobri que na fundação da "freguezia de Coité"/PB, consta no requerimento datado de 12.08.1801, vinte assinaturas, das quais chamam atenção os sobrenomes OLIVEIRA, COSTA e LIMA. ( ref. Dats e Notas para a História da Parahyba - Irineu Ferreira Pinto - Volume I - 1908 - paginas 223/225).

Consta ainda que seriam paroquianos da dita freguezia " todos os abitantes, pella parte norte, da fazenda de caisara da Ribeira do Trairi , e os mais pella Ribeira a Sima, de hua, e outra parte do rio"

Logo, é de se concluir que a Ribeira do Trairi já era habitada naquela época (1801) por muitas pessoas.
Havendo uma concentração significativa na fazenda "de caisara".

Só á título de informação, como Gilberto Freyre, sempre, afirmou que a maioria das cidades do Nordeste nasceram da estrutura clássica : o engenho, a casa-grande e a capela, no agreste, sendo que no sertão, o engenho foi substituído pelas "fazendas" de criação de gado, chamadas de malhadas, inicialmente ( ou mero curral de gado) e posteriormente de fazenda caiçara.

Assim, fácil concluir que a povoação já existia no início do século XIX. Aliás, há referências da criação de gado nos sertões do Trairí desde o final do século XVII. Significando, que ao contrário do que encontrei em diversos comentários acerca da região, ela já era habitada e não totalmente deserta como dizem.

Outro ponto que ninguém discute é a existência, no requerimento da criação da paróquia de Santa Cruz (datado de 1835) mais de 80 assinaturas - só homens - significando dizer que de paroquianos deviam existir, no mínimo quatro vezes mais ( contando mulheres, crianças e escravos). Resultando em, pelo menos 320 pessoas.

Concordo que grande parte estava "espalhada" vivendo em sítios, pois a prática comum era esta. Alguns possuíam casa " na rua" , para onde se dirigiam nos dias de "feira".

Como todos nós sabemos, as capelas eram erigidas nas fazendas. E, se doadas á Igreja, haveria de ter um registro da doação. No caso de Santa Cruz não existe este registro. Pelo menos que seja divulgado.

Significando, infelizmente, que o padre que deu a informação a Moreira Pinto, simplesmente utilizou-se de algum relato verbal, talvez, de membros da própria família dos citados "fundadores", que na época do relato (1888) eram pessoas influentes na cidade.

Mas, sem nenhuma referência histórica.... nada que comprove esta história. Nada mesmo.

O pior que eu achei, foi que tal história foi finalmente sacramentada pelo Monsenhor Severino Bezerra - em 1975 (com o Livro sobre a cidade). Aí "virou" oficial....

Tenho alguns dados que me permitem dizer que inicialmente o embrião da futura cidade era mesmo uma "malhada" para criação de gado, depois uma pequena povoação onde havia "ranchos" para a passagem de gado, levados para a Paraíba, através da Serra de Cuité. A bem da verdade, existe um relatório que diz que havia "uma indústria" no Vale do Trairí em 1805 ( no caso seria a produção de carne e couro)

Com a terrível seca de 1791/92, a povoação aumentou bastante. Retirantes vindos do sertão para a Borborema Potiguar, pois o local era passagem obrigatória para outras povoações e vilas que surgiam.

O mais interessante, é que segundo o Livro de Monsenhor Raimundo, a lista publicada em seu livro, não é encabeçada pelos irmãos  ROCHA, o que seria mais natural, se realmente fossem os fundadores da cidade ( ou construído mesmo a capela).

Não encontrei até agora, referências as sesmarias da região. Não encontrei nenhum inventário, Não encontrei nenhum documento que prove a versão apresentada. E, para falar a verdade, duvido que exista. Já que, torno a dizer, foi uma criação imaginária.

Pode ser que esteja realmente sendo drástica ao afirmar, com tanta veemência, tal assertiva. Mas, quero provas. Não as tenho. As que tenho conduzem em sentido contrário, ou seja, que foram os outros os fundadores da cidade, os quais, simplesmente, foram "varridos" da história.

A bem da verdade existe uma profusão de dados inconcretos. Por exemplo, o Coronel Ezequiel, é citado muitas vezes como vindo de Araruna ainda jovem. Mas, a verdade é que seu pai Antonio Justino de Souza, nascido antes de 1840, já possuía terras naquela região desde 1860, bem antes do nascimento de Ezequiel, que segundo as mesmas informações teria nascido em 1866.

Acredito que Antonio Justino era filho de Joaquim e Ignácia, sendo irmão de meu trisavô EMIGIDIO JOSÉ DE SOUZA PINTO.
Ainda não tenho a prova documental do nome do meu pentavô, nem o local onde vivia. Irei verificar nos livros da Cúria todos os dados sobre as famílias que busco, e de seus sucessivos casamentos que deram origem aos atuais descendentes.

Mas, o que me assusta é realmente a falta de comprovação da história que é contada e recontada.

Não tenho a pretensão de reescrever a história da cidade, ou derrubar o que considero apenas "um mito". Quero "encontrar" os meus ancestrais, saber onde viviam, quem eram.... nada mais.

Está sendo muito difícil. Tentarei chegar até onde for possível, já que sequer conheço a cidade bem. Sou uma "alienígena", como digo sempre, e, sei que poderei causar polêmica com minhas pesquisas. Não é esta minha intenção.
Não sou historiadora, nem genealogista, sou apenas uma pessoa que deseja reconstruir sua árvore genealógica, para que futuras gerações dela tenha conhecimento. Só isto

terça-feira, 6 de maio de 2008

FAMÍLIA COSTA

A família COSTA que busco teve origem no Brejo Paraibano, mas se espalhou pela Borborema Potiguar, especialmente na cidade de Santa Cruz.

MANOEL NORBERTO DA COSTA, faleceu aproximadamente em 1942 em Santa Cruz, foi casado com JOAQUINA EUSTAQUILINA DE OLIVEIRA ( casamento feito por volta de 1881).
Tiveram os seguintes filhos -
1) Jose Norberto da Costa, nascido em 1884 e falecido em 27.04.1933. Casado com Maria Cesina ( descendentes desconhecidos)
e com SEBASTIANA PINTO DE SOUZA ( este casamento foi feito em 7.11.1920. Tiveram os seguintes filhos
1.1 - Manoel Costa ( nascido em 27.06.21) - Não encontrei maiores dados.
1.2 - Rita Pinto da Costa casada com Francisco Alves da Silva ( tenho descendentes)
1.3 - Emídio Pinto da Costa ( não tenho dados)
1.4 - Vitoriano Pinto da Costa ( idem)
1.5 - Ana Pinto da Costa (idem)
1.6 - Antonia Pinto da Costa ( idem).

2) José Fernandes da Costa ( nascido em 1886, falecido em 1930), casado com Maria Regina de LIMA ( CASAMENTO FOI EM 25.01.1912).
Filhos:
2.1 Luiz Lima da Costa ( ou Costa Lima) nascido em 18.07.1918, casado com Rita Maria Costa.
2.2 - João da Costa
2.3 - Rita da Costa
2.4 - Candida ( ?)
2.5 - Pedro Costa
2.6 - Miguel da Costa
2.7 - José da Costa
2.8 - Sebastião da Costa
2.9 - Ana Maria da Costa ( nascida em 23.09.1915) Tiveram onze filhos, só tenho nome de alguns.

3 - Luiz Severiano da Costa casado com Izabel Alexandrina Borges. Tiveram 14 filhos, 65 netos .

4 - Pedro Paulo da Costa ( nasceu 18.06.1896, faleceu em 1987). Teve 37 filhos em dois casamentos. Vivos foram mais de 25. Do primeiro casamento nascidos entre 1922 a 1944. Do segundo casamento com Eliza os descendentes vivem em Lages Pintadas - RN. Muitos descendentes dele que se assinam Costa moram ainda lá.

5 - Antonio Paulo Costa - se casou com Luiza da Silveira Nunes. Só tenho o nome de três filhas.
5.1 - Rita Dalila da Costa, casada com Manoel Marques Ferreira, tiveram 9 filhos .
5.2. - Ana Ferreira , casada com Gonçalo Marques Ferreira, tiveram onze filhos.
5.3 - " Cotinha" (?) não tenho nem o nome correto

6 - João Paulo da Costa - casado com Joaquina Francisca dos Santos, tiveram nove filhos
6. 1 - Assindino Rodrigues da Costa ( nascido em 1928) casado comTerezinha Linhares
6.2 - Miguel Rodrigues da Costa
6.3 - José Rodrigues da Costa
6.4 - Adauto Rodrigues da Costa
6.5 - Silvino Costa
6.6 - Adalgiza Costa
6.7 - Luiza da Costa
6.8 - Euclides da Costa
6.9 - Alzira Rodrigues da Costa.

7 - Ignácio da Costa .Todos os dados que tenho não foram confirmados. Nasceu depois de 1896. Seus filhos nascidos depois de 1925.
foi casado com Cristina
7.1 - Antonio Costa
7.2 - Vicente Costa
7.3 - Ester Costa
7.4 - Maria Costa
7.5 - Pedro Costa
7.6 - Antonia Costa

8 - Pascoal Costa ( saiu de Santa Cruz por volta de 1910 ).

9 - Rita Regina da Costa ( casou-se com Eduardo Pinto de Souza - seu tio - em 1916). Não tiveram filhos. Moravam em um sítio perto do açude. Eduardo viveu mais de 100 anos, morreram na década de 80 .

10 - Candida Costa

11 - Izabel Galdina da Costa, casou-se com Pedro Paulo dos Santos em 16.02.1920,

O ancestral mais remoto que encontrei dessa família trata-se de ANTONIO JOSÉ DA COSTA (meu tetravô), nascido aproximadamente em 1785. Era casado com Inácia Maria da Conceição. Faleceu no dia 12/06/1845, em Santa Cruz (RN), onde morava e foi enterrado em Cuité (PB).
Registro de seu óbito:

Aos doze de junho de mil oito centos e quarenta e cinco nesta matriz de Cuité de grades abaixo sepultou-se involto em hábito branco o cadáver de ANTONIO JOSÉ  DA COSTA, de sessenta annos de idade, casado com Ignácia Maria da Conceição da  Freguezia de Santa Rita do Thrahiri, fallecido de estupor sem os sacramentos, por não procuralos a tempo, encomendado por mim, do que para constar faço este assento, que assigno. O condj. Vice-Vigário Manoel Cassiano da Costa Pereira.”(Livro de Óbitos da Paróquia de Cuité).

Sobre ANTONIO JOSÉ DA COSTA não encontrei nenhum outro registro.
Todavia, tenho documentos que indicam que ele seria neto de ANTONIO RODRIGUES DA COSTA que, segundo Coriolano de Medeiros no seu “Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba”, requereu terras na região onde fica Araruna, em 24/10/1766.
Um de seus filhos foi ANTONIO PAULO DA COSTA, nascido aproximadamente em 1827, casado com LUIZA MARIA DA CONCEIÇÃO, nascida aproximadamente em 1830, pais de MANOEL NORBERTO DA COSTA, meu bisavô.
MANOEL NORBERTO DA COSTA, nascido em 1859, casou-se em 23/01/1883, em Santa Cruz (RN) com JOAQUINA EUSTAQUILINA DE OLIVEIRA.
Consta do registro:

“Aos vinte trez de janeiro de mil oitocentos e oitenta e trez, no sítio Allívio desta Freguezia, obtidas as cerimônias canônicas emanadas da doutrina cristã e confessados justa presentinos uniram, em matrimonio, os contraentes MANOEL NORBERTO DA COSTA e JOAQUINA EUSTAQUILINA D’OLIVEIRA, elle, filho legítimo de ANTONIO PAULO DA COSTA e LUZIA MARIA DA CONCEIÇÃO, ella filha legitima de MANOEL FRANCISCO DE OLIVEIRA e INÁCIA MARIA DA CONCEIÇÃO, e lhes dei as benções nupciais presentes as testemunhas EMIGIDIO JOSÉ DE SOUSA E  
MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA e, para constar lavrei o termo. Vigário Antonio 

Raphael de Mello Gomes.(Livro de Casamentos número 2 – fl. 64103 –Paróquia de Santa Cruz)

domingo, 4 de maio de 2008

FAMÍLIA PINTO

As origens da família remontam a MANOEL JOZÉ PINTO, nascido aproximadamente em 1797, que viveu durante algum tempo na localidade chamada BACOPARY, em Bananeiras - PB.  Faleceu no dia 13 de abril de 1865 (Bananeiras) deixando 14 filhos vivos.
Foi casado com ANNA JOAQUINA, falecida em 1840, e com JOSEPHA MARIA DA CONCEIÇÃO.
Seu segundo filho era JOAQUIM JOSÉ PINTO, casado com Ignácia Francisca de Jesus ( ou Ignácia Francisca de Souza). Tiveram vários filhos nascido entre 1840 a 1858, dentre os quais EMIGDIO JOSÉ DE SOUZA PINTO, nascido aproximadamente em 1848, casado com IZABEL FRANCO DE OLIVEIRA, também conhecida como Izabel Franco de Lima. Foram localizados 16 filhos do casal até o presente momento.
Assinavam PINTO DE SOUZA ou SOUZA PINTO.
Viveram em Araruna e Bananeiras na Paraíba. Bem como na cidade de Santa Cruz - RN.

GENEALOGIA SERTANEJA

Pesquisando as famílias PINTO, OLIVEIRA, COSTA, LIMA, SOUZA E BORGES, do Brejo Paraibano e da Borborema Potiguar.