quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

LOCALIDADES DE BANANEIRAS/PB EM 1840

No COVÃO, estavam as família SANTOS, GUIMARÃES e MACEDO.
No BURACO, as famílias SANTOS, SOUZA, PINTO e GOMES DE OLIVEIRA
No OLHO DÁGUA SECO a família COSTA
Nas LAJES, as famílias ALVES, SOUZA, CORREA e SILVA
No BACUPARY as famílias PINTO, QUEIROZ e FREIRE DE AMORIM
Nos TANQUES a família OLIVEIRA.
No FARIAS as famílias FARIAS e ROCHA.
No MOLUNGA as famílias LIMA e COUTO

Outros agrupamentos rurais com moradores da mesma família eram: Cocos, Salgado, Alagoinha, Bom Sucesso, Gamelas, Bom retiro, Mijona, Roma, Alagoa do Mathias (reduto da família NUNES), Pao D'arco e Genipapo. 

BATISMO DE ÍNDIOS EM BANANEIRAS/PB

Nos antigos registros paroquiais de Bananeiras/PB é fácil encontrar batismos de "índios".
Todos com nomes e sobrenomes portugueses. 
Para entender como isso foi possível é bom lembrar que os povos indígenas que viviam no território brasileiro não dominavam a escrita. Foram "batizados" por escrito por "brancos", embora a grande maioria não entendesse o português  .
Prenomes e sobrenomes eram "inventados", ou simplesmente dados em homenagem a alguém.
Assim, é impossível traçar a árvore genealógica de uma família, pois não há qualquer menção de qual etnia pertenciam ou, pelo menos, do nome indígena que utilizavam.
Apagavam toda a memória ancestral com o batismo, fazendo surgir um "novo ser", sem história, sem família e sem ligação com o contexto histórico em que viveu.  
Embora grande parte dos nordestinos tenham um ancestral nestas condições, é fácil encontrar genealogias de famílias onde tal membro "magicamente" se transforma em "português" e, pior, com uma excepcional árvore genealógica lusitana que remonta, algumas vezes, a época das cruzadas.
Uma "mágica" utilizada para encobrir o verdadeiro preconceito sobre a origem. 
Muitas das vezes, quando não há como proceder de tal forma já que evidente a orgiem, encontramos a tal história da "índia brava pegada a laço" pelo colonizador português, contada até com certo orgulho por alguns, quando na verdade esconde uma triste verdade: o estupro das mulheres de diversas etnias indígenas pelo "branco"..
Crimes cometidos no passado que se transformaram em orgulho familiar de muitos.

Mas, ultrapassadas tais considerações, é fato que em Bananeiras, durante todo o final do século XVIII e a primeira metade do século XIX podemos encontrar nos registros paroquiais muitos exemplos de como a população indígena foi "branqueada" através do batismo.
Em 25 de julho de 1811, Francisco Correia e sua mulher Anna Maria, índios da Villa de San José (Vila de São José do Rio Grande do Norte) foram batizados em Bananeiras/PB. O padrinho foi o Capitão Antonio José da Assumpção e Francisca Maria, conforme comprova a imagem abaixo. 

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Em 16 de abril de 1838, foi batizado JOAQUIM, filho de Manoel Nunes (preto) e Anna Joaquina (índia), no sítio Bacopari . Padrinhos JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA (vide postagem no blog) e Ignácia Maria (futura mulher de JOAQUIM JOSÉ PINTO).
Posteriormente, MANOEL NUNES passa a assinar MANOEL JOAQUIM NUNES. Por sua vez, ANA JOAQUINA se transforma em ANNA PEREIRA,e os muitos filhos do casal, já são batizados simplesmente  como "pardos"


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Em 6 de janeiro de 1838, foi batizado MANOEL, filho de Luiz Antonio do Nascimento e Maria da Conceição, índios. 
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domingo, 13 de dezembro de 2015

ANTIGAS FAMÍLIAS DE SANTA CRUZ/RN


8/8/1859 - Casamento de Luiz Gomes de Oliveira, filho de Aires Gomes de Oliveira e Joana Maria e Jovina Maria da Conceição, filha natural de Genoveva Maria da Conceição.
Testemunhas: Vicente Manoel Nunes e José Freire do Amorim.

31/10/1859 = Casamento de Francisco Herculano de Oliveira, viúvo de Catharina Clementina de Lima, morador em Araruna e Maria Joaquina do Nascimento, filha de Onofre Barbosa de Lima e Maria Joaquina do Nascimento.
Testemunhas:  Antonio Ferreira da Costa Lima e Lazaro José de Melo Barros.
 

7/1/1861 - Casamento de Pedro Pereira de Brito, filho de José Manoel Pedreira e Felippa Freire de Amorim, e Maria Thereza Faria, filha de Felippe Pereira Bezerra e Victoria Conceição.
Testemunhas: Manoel Justino de Oliveira Galvão e Maria. 


 29/11/1861- Casamento de Delfino Gomes da Silva, filho de Antonio Gomes da Silva e Joaquina Francisca da Conceição e Antonia Francisca da Conceição , filha natural de Maria Ludvina da Conceição (natural de Brejo d'Areia).
Testemunhas: Alfredo Borges de Oliveira e Luiza Freire de Amorim. 



25/11/1866 - Casamento de José Joaquim de Araújo,  filho de Joaquim Manoel do Nascimento e Francisca Antonia da Conceição e Silvina Maria da Conceição (Natural de Cuité), filha de Joaquim Paz Bezerra e Francisca Maria da Conceição.
Testemunhas: Estevão Ernesto da Costa e Alvarenga e Pedro Paz Bezerra.
Casamento realizado em Mellões (atual Coronel Ezequiel)

 1/3/1867 - Casamento de João da Cruz Bezerra (natural de Bananeiras), filho de Ignacio Bezerra de Menezes e Maria da Conceição, e Maria Secundina Bezerra, filha de Severino dos Santos Bezerra e Maria Bezerra Cavalcante .
Testemunhas: Antonio Justino de Souza (vide família Pinto) e Antonio Bento da Rocha 








 8/2/1867 - Casamento de André Avelino Bezerra, filho de Vicente Francisco da Costa e Thereza de Jesus, com Izabel Alexandrina Bezerra Cavalcanti, filha de Severino dos Santos Bizerra e Maria Bizerra Cavalcanti.
Testemunhas: Antonio Justino de Souza (vide post família Pinto) e José Joaquim de Souza Bizerra.

9/2/1867 - Casamento de José Francisco de Farias, filho de Francisco de Farias da Costa e Anna Joaquina da Conceição com Maria Adilina de Farias, filha de Manoel José da Rocha e Clara Maria da Conceição.
Testemunhas Gerson Ferreira de Farias e Salustiana Ferreira de Farias. 



21/07/1871 - Casamento de Antonio Ferreira da Rocha (natural de Bananeiras), filho de João Ferreira da Rocha Camporra e Ana Joaquina de Mello, com Thereza Avelina de Faria, filha de Francisco de Faria Costa e Anna Joaquina do Espírito Santo.
Testemunhas: Tenente Coronel José Ferreira de Faria e Capitão Philinto (Filinto) Florentino da Rocha 

sábado, 12 de dezembro de 2015

PARAÍBA - 1802 - DADOS ESTATÍSTICOS

OCUPAÇÕES DOS HABITANTES DA CAPITANIA

Corpo Militar                  192
Magistrados e 
empregos civis                91
Clero Secular                  77
Clero Regular                  21
Agricultores                 8.447  
Artistas     *                     217 
Jornaleiros  *               1.082
Negociantes                   341
Pescadores                      20
Criadores de gado          422
Escravos                      4.899
Escravas                      4.376
Vadios e Mendigos      5.431

* Antigamente era considerado artista o profissional liberal que fazia qualquer trabalho de carpintaria, construção civil ou qualquer trabalho manual, mais assemelhado atualmente a um artesão. A profissão de artista, muitas das vezes encontrada nos livros antigos, não tem  o mesmo significado atual.

* Jornaleiro - era um trabalhador que trabalhava "a jorna", ou seja, contratados para trabalhar por dia. Muitas das vezes a retribuição pela jornada diária de trabalho era apenas um prato de comida. 

Brancos                       15.754
Índios                             3.344 
Pretos                          13.467
Mulatos                        18.068
Total                            50.835 

Produtos de exportação:
Açúcar, algodão, Goma, Azeite de Carrapato, Sola, Couros, Gado Vacum e Gado Cavalar.

NASCIMENTOS - ANO de 1802.

Brancos vivo       734
Brancos Mortos     67
Brancos Gêmeos  27
Total                    828

Índios Vivos         380
Índios Mortos         49
índios Gêmeos         0
Total                     429

Pretos Vivos          446
Pretos mortos          68
Pretos Gêmeos       10
Total                      524 

Mulatos vivos      1.036
Mulatos mortos       126
Mulatos Gêmeos      14
Total                     1.176

TOTAL DE MORTOS - ANO 1802
1534 

Fonte : Carta do Governador da Paraíba - Luís da Mota Feo ao Príncipe Regente. 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SERRARIA/PB - TOPÔNIMOS

Nos antigos registros paroquiais de Araruna. Bananeiras e Mamanguape existem assentos que remetem à história de Serraria.
Seus primeiros habitantes vivam espalhados no que hoje comporta a área do município, sendo importante registrar alguns desses lugares e antigas famílias .
1) Pinturas - O nome deve-se às pinturas rupestres que existiam no local no início do século XIX.    Passados mais de dois séculos é pouco provável que exista alguma atualmente.  Família Lyra (1918)
2) Tapuio - Referências nos livros antigos apontam que era um dos locais preferidos pelos pelos índios para caçadas. Como tais caçadas demoravam dias e até semanas não era raro encontrar algum no local. Famílias Santos (1876), Costa (1888) e Mendes da Silva (1900).  
3) Matinha - Local de grande concentração de árvores, especialmente de pau brasil. Famílias Gomes de Oliveira e Pereira da Silva (1876).
4) Guabiraba -  De origem tupi é o mesmo que gabiroba, fruta muito apreciada pelos índios e nativa da região. Antigos moradores eram da família Santos Lima. Aparece como Engenho Guabiraba, que chegou a pertencer ao Capitão João José das Neves (por volta de 1860). Este era casado com Rosaura Hermelinda da Rocha (da família do Barão de Araruna). Uma filha do casal foi Anna Pompília das Neves, nascida em 1858, se casou com José Antonio da Silva Pinto em 1888.   
5) Jaboticaba - O nome do local é devido a planta que é nativa da mata atlântica, que predominava na região. Famílias Ferreira de Lima, Ferreira de Mello e Ferreira de Mendonça. Ao que tudo indica todas oriundas do mesmo tronco ancestral (FERREIRA). Algumas vezes grafado como JABOTICABAL.
6) Lagoinha-  O nome está ligado a lagoa existente na localidade. Família Mendes da Silva. No início do século XX ligada a Antonio Mendes da Silva, Sabino Mendes da Silva, João Mendes da Silva e Benedicto Mendes da Silva.
7) Jacaré - Mesmo nome do rio que cortava a localidade. Famílias Gomes de Oliveira e Correa de Mello (1876).

Outra localidades:
Tabocal, Queimadas, Rio do Braz, Pao d'Arco Furão (pertenceu a Attilio da Silva Pinto*),  Gruta Feia,  Boa Fé, Urucury,  Olho d'Agua de Fora,  Cantinhos (pertencia em 1910 a Antonio José da Silva Pinto*), Gruta Ingá, Várzea, Sacco da Arara, Araçá.
Alguns engenhos: Boa Fé, Laranjeiras, Guabiraba, Serraria e Jardim. 

* Apesar dos sobrenomes não sei se são descendentes de Manoel José Pinto.  

sábado, 17 de outubro de 2015

FILHOS DE ESCRAVOS - LEI DO VENTRE LIVRE - ARARUNA/PB


THEREZA - Batizada em 24/05/1874 em Nova Cruz/RN, filha natural de Leocádia, escrava de Miguel Marques da Costa morador em Araruna. Padrinho Manoel Pereira  Camara e Rosalina Maria da Conceição. Testemunha Miguel Marques da Costa e José Paulino de Albuquerque.
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ANTONIO - Batizado 23/03/1875 em Araruna/PB, filho natural de RAQUEL, escrava de Targino Ernesto Bananeiras. Padrinho: João Horácio Fernandes Bezerra e testemunha João Baptista Pereira Barroso e José Joaquim Teixeira.
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EUGENIA - Batizada aos 16/02/1875, filha natural de THEODOSIA, escrava de Herculino Pompilio de Freitas Pessoa. Padrinho: Guilhermino Pereira da Cruz e testemunha Jacintho Xavier da Penha e Germano Correia Feio.
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JOANA - Batizada aos 8/8/1875, filha legitima de Antonio Francisco dos Santos e Josefa, escrava de José Joaquim Teixeira. Padrinhos: José Ferreira Pontes e sua mulher Candida Francisca Euphrazina e testemunhas José Baptista Barrozo e Nuno de Magalhães Teixeira. 
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BASÍLIO - Batizado aos 4/12/1875 em Cacimba de Dentro, filho natural de Camilla, escrava dos herdeiros de Manoel Domingos da Costa Lima. Padrinhos: José Ferreira de Mello e Galdina Maria da Conceição e testemunhas Manoel  Gregório de Sena e Herculino Pompilio de Freitas Pessoa.
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CHRISOSTOMO - Batizado em 23/03/1876, filho legítimo de Galdino e Thomazia, escravos de D. Joaquina Maria de Jesus Ferreira moradora no sítio dos Tanques. Padrinhos: Alferes José Gomes Torres e sua mulher D. Candida Umbelina da Conceição e testemunhas João Timotheo de Queiroz e Antonio Vianna Cavalcanti.
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MARIA - Batizada em 5/11/1876, filha natural de Romana, escrava de Francisco Thimóteo de Queiroz, morador no Riachão. Padrinhos: João Cypriano Lopes e Josefa Maria do Espírito Santo e testemunhas João Thimótheo de Queiroz e José Ferreira Azevedo.
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THOMAZIA, Batizada aos 4/1/1876, filha natural de Cosma, escrava de Manoel Soares do Nascimento Júnior. Padrinhos: Paulo Soares da Silva e sua mulher Romana Maria da Conceição e testemunhas João Soares de Avelar e Sinésio Pereira da Cruz.
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ZACARIAS - Batizado aos 24/01/1876, filho de Silveria, escrava de Francisco Antonio Babalho. Padrinho Francisco Augusto de Menezes e testemunhas Thomaz da Costa Souza e Manoel Soares de Oliveira.
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BERNARDO - Batizado aos 25/04/1876, filho de Raquel, escrava de José Gomes Torres. Parinhos Marcelino Pereira da Cunha e Anna Maria do Espírito Santos e testemunhas Manoel Barbosa da Silva e Jacintha Xavier da Rocha.
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JOSÉ - Batizado em 29/09/1872, filha de Ismira, escrava de João Paulo Bizerra. Padrinhos Luiz Gomes Ferreira e sua irmã Maria Francisca do Livramento. Testemunhas Manoel Gomes da Silva e João Alves de Mendonça.  

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BÁRBARA - Batizada aos 23/04/1872, filha legítima de José de Morais e Luzia de Morais Pernambuco, escravos de Francisco Soares de Moais. Padrinhos Etelvino José da Silva e Faustina Brasilina do Amor Divino

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 FELÍCIA - Batizada aos 25/12/1872, filha legítima de Galdino e Thomazia, escravos de D. Joaquina, viúva de José Antonio Ferreira, morador nos Tanques. Padrinhos: José Ferreira de Sousa e Therea Magdalena Ferreira

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CAPELA DE CUITÉ/PB 1786



Rever antigos livros paroquiais é como voltar no tempo. 
Quando menos se espera surge um registro importante que vem dar suporte às pesquisas genealógicas.
Antigas capelas aparecem nos registros que comprovam o surgimento das atuais cidades, como no registro abaixo do batismo de Anna, filha de Antonio de Oliveira de Azevedo e sua mulher Anna Maria de Azevedo, moradores na freguesia de Mamanguape, feito na Capella das Merces da Serra de Coyté em 3/12/1786, quinze anos antes de se tornar Matriz e freguesia (1801).

imagem do arquivo pessoal 

Cabe ressaltar que na mesma época já estavam em pleno funcionamento a Capela de Bananeiras e do Brejo de Areia, razão pela qual a Capela de Nossa Senhora das Merces atendia mais aos fregueses do Rio Grande do Norte, principalmente aqueles que moravam nos municípios atuais de JAÇANÃ, SANTA CRUZ e CORONEL EZEQUIEL, este último denominado antigamente de MELLÕES.
Mellões, aparece no registro abaixo do livro de óbitos da freguesia de Nossa Senhora das Mercês de 1845 (Cuité/PB), como pertencente à Freguesia de Santa Ritta do Trairí (Santa Cruz/RN).
Óbito de Maria, filha de Manoel de Lyra e Maria Joaquina de 1/5/1845,
imagem do arquivo pessoal 
Já o oratório de Mellões também é antigo como comprova o registro abaixo de 1869, do casamento de FELIX ALVES DA COSTA E MARIA FRANCISCA DO AMOR DIVINO.  
                                                                                 imagem do arquivo pessoal 



"SANTA RITTA DE CUITÉ/PB" e a "FREGUESIA DE SANTA RITTA DO TRAIRÍ/RN"

É fato que grande parte da confusão na pesquisa genealógica se deve à denominação das "freguesias", que na época do Brasil Colonial  era sinônimo de "paróquia".
Como a religião oficial era a Católica e os padres eram mantidos pelo Estado a divisão administrativa era igual.
Após a independência (1822), com a constituição de 1824, nada mudou, já que determinava:
"Art, 5. A religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Império, Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo."

Assim, o catolicismo se impunha e estava presente em todos os eventos da vida social e desempenhava as funções de registro civil (nascimentos, casamentos e óbitos), resultando que todos os documentos de interesse genealógico só podem ser encontrados nos registros da Igreja Católica.

Mas, como diferenciar a freguesia do município? Como separar o nome da vila ou da povoação do nome da freguesia?
Algumas vezes uma questão fácil de se resolver, mas outras vezes a coisa se complica.
Quando encontramos uma menção como, por exemplo, " Freguesia de Nossa Senhora do Livramento de Bananeiras" , temos a indicação da freguesia e do lugar o que facilita muito. 
Todavia, a coisa se complica quando encontramos apenas o nome da freguesia ou apenas o nome do local.    
Pior ainda quando encontramos nos mesmos registros nomes iguais de locais e freguesias, o que pode gerar uma confusão.

Nos registros paroquiais de Cuité/PB, encontrei a menção de "Santa Ritta" pertencente à Freguesia de Nossa Senhora das Mercês de Cuité.
Santa Ritta, ou sítio Santa Ritta, era um antigo agrupamento humano que data da segunda metade do século XVIII, localizado na rota dos tropeiros que iam para o sertão. Existindo referência de que existiu um engenho no local.

Na imagem abaixo, temos o sepultamento de uma criança (sem nome) de três dias, filha de FRANCISCO BORGES DE MORAES e de MARIA TAVARES, moradores em Santa Ritta da freguesia de Nossa Senhora das Mercês de Cuité (PB), feito em 23/03/1845.  
A localidade fica próxima à Barra de Santa Rosa/PB, outro local que fazia parte do caminho dos tropeiros que vinham de Areia/PB rumo ao sertão.
Atualmente, apenas um aglomerado rural do município de Cuité.   

 fonte: arquivo pessoal 
No mesmo livro de óbitos encontramos muitos registros da Freguesia de Santa Ritta do Trairi ou, simplesmente Freguesia de Santa Ritta, que na verdade era a freguesia que atendia a povoação de Santa Cruz/RN.

Nos registros abaixo, temos o sepultamento de GERTRUDES, filha de JOAQUIM JOSÉ DA FONSECA e BERNARDINA DE SCENA, sepultada em 25/01/1845.
E o de FRANCISCO DA SILVA BEZERRA, de mais de 90 anos de idade, morador na Tabua da Freguesia de Santa Ritta do Trairi.

  
  fonte: arquivo pessoal
  fonte: arquivo pessoal

Pelos registros acima temos que na época (1845), temos que a Freguesia de Nossa Senhora das Mercês de Cuité, desde a sua criação em 1801, já atendia também os moradores da Ribeira do Trairi, cuja freguesia só foi criada. em 27/03/1835.
Na leicde sua criação consta que "fica elevada à Cathegoria de Matriz, a Capella de Santa Rita, erecta na Povoação de Santa Cruz da Ribeira do Trahiri do Município desta Cidade."
Ficando claro que a povoação se chamava, desde sempre, SANTA CRUZ DA RIBEIRA DO TRAIRI ou, simplesmente, SANTA CRUZ DO TRAIRI e a freguesia a que pertencia SANTA RITTA DO TRAIRI. 

  

fonte o Correio Official de 16/10/1835









sábado, 12 de setembro de 2015

CAIÇARA/PB - BATISMOS de 1847


A capela de Caiçara deve ter sido construída por volta de 1845/1846, época em que já era grande o número de seus moradores.
Nas imagens abaixo, alguns batismos realizados na referida Capela, dedicada a Nossa Senhora do Rosário, do ano de 1847.  

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MARIA, parda, filha de Antonio Francisco e Ignácia Maria. Padrinho Antonio Fernandes da Trindade e Josefa Maria da Conceição. Batizado em 2/5/1847.
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ANTONIO, branco, filho de Lorenço Dias de Oliveira e Izabel Maria da Conceição. Padrinhos João Francisco de Oliveira e Francisca Carolina. Batizado 19/05/1847.
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MARIA, parda, filha de João Pedro da Silva e Francisca Maria. Padrinhos José Guilherme de Sousa e Sabina Maria. Batizado em 23/05/1847.
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JOÃO, branco, filho de Feliciano José e Maria Thereza da Conceição. Padrinhos Andre Gonçalves de Oliveira e Anna Maria da Conceição. Batizado em 23/05/1847.
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MANOEL, pardo, exposto na casa de José Gonçalves. Padrinhos José Gonçalves e sua mulher Maria Francisca. 
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ANTONIO, branco, filho de Antonio Joaquim Ribeiro e Francisca Maria da Cruz. Padrinhos Bento José Teixeira e Apolonia Maria. Batizado em 20/06/1847
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JOÃO, branco, filho de Martinho Pereira e Maria da Conceição. Padrinhos José Joaquim Ribeiro e Rufina Maria. Batizado em 4/6/1847
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JOANNA, parda, filha de Manoel José de Oliveira e Anna Joaquina. Padrinhos João Paulo Ribeiro e Antonia Passífica. Batizado em 4/6/1847
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SILVINA, branca, filha de Francisco Joaquim e Faustina Maria. Padrinhos João Paulo Ribeiro e Antonia Passífica. Batizado em 25/7/1847
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FRANCISCA, parda, filha de Antonio Soares e Joanna Maria. Padrinhos José Guilherme e Sabina Maria.
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 SIMÃO, branco, filho Francisco Xavier e Ignácia Maria. Padrinhos José Ribeiro e Joanna Pereira. Batizado em 1/1/1847
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MANOEL, pardo, filho de Henrique José Pereira e Delfina Maria. Padrinhos Ignácio José Martins e Nossa Senhora por devoção. Batizado em 17/01/1847
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ANNA, parda, filha de Manoel José de Lima e Ritta Maria. Padrinhos Francisco José de Lima e Antonia Maria.
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ERNESTINA, filha de José Guilherme da Silva e Joaquina Maria. Padrinhos Manoel Pinto* e Delfina Maria de Jesus. Batizado em 4/4/1847. 
Este Manoel Pinto pode ser meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO. Sendo possível que José Guilherme seja um de seus filhos ou sobrinho.
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ROSA, branca, filha de Cosme Pereira da Silva e Anna Joaquina do Rosario. Padrinhos Manoel Gomes de Oliveira e Romana Maria da Conceição. Batizado em 18/04/1847
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JOANNA, parda, filha de Felippe José e Paula Maria. Padrinhos Manoel Caetano de Oliveira e Maria da Conceição. Batizado em 18/04/1847.
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MANOEL, filho de José de Arruda Barboza e Isabel Maria. Padrinhos  Fernandes Correia Lira e Joanna Geralda. Batizado em 14/06/1847.
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 MARIA, filha de Theotônio José da Silva e Joanna Maria. Padrinhos Hortêncio José de Souza* e Maria Magdalena. Batizado em 19/08/1847.  
Hortêncio e Maria Magdalena foram os ancestrais dos FERREIRA DE SOUZA de TACIMA/PB 
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 CARMELINDA, parda, filha de Leonardo José Rodrigues e Maria Jose. Padrinhos Hortêncio José de Souza* e Maria Magdalena Ferreira. Batizado em 19/08/1847.  
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FRANCISCO, branco, filho de Pedro Fernandes e Joaquina Maria. Padrinhos João Felix Ferreira e Anna Ferreira Miranda. Batizado e 19/08/1847
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JOSÉ, branco, filho de Simão José Pereira e Rosa Maria da Conceição. Padrinhos José Joaquim Cardozo e Rufina Maria.