sábado, 27 de setembro de 2014

FILHOS DE MANOEL JOZÉ PINTO

MANOEL JOZÉ PINTO, meu pentavô, se casou duas vezes. 
Do primeiro casamento, com minha pentavó ANNA JOAQUINA, teve pelo menos menos 8 filhos: JOAQUIM JOSÉ PINTO (meu tetravô), JOSÉ PINTO, VIRGÍNIO GOMES PINTO, JOAQUINA PINTO, MANOEL JOSÉ PINTO, FRANCISCO JOSÉ PINTO, ANTONIO JOSÉ PINTO E MARIA PINTO.
Antonio, filho de Manoel Jozé Pinto e Anna Joaquina com quarenta e cinco dias de idade, foi baptizado pelo Reverendo Emídio do Rego Toscano Brito e lhe pós os santos óleos aos trinta de junho de mil oitocento e quarenta, sendo padrinhos Antonio Ribeiro de Oliveira e Anna Quitéria do que mandei fazer este assento que assino.”

“Aos trez de setembro de mil oitocentos e trinta e sete baptizei e pus os santos óleos ao parolo Francisco, de idade de dois meses, filho legítimo de Manoel José e Anna do Sacramento, brancos, moradores em Bacupari, forão padrinhos João Pereira, casado e sua filha Maria da Penha, solteira, do que para constar fiz este assento em que assino, Vigário José dos Santos.”

Destes, são desconhecidos descendentes de José, Joaquina, Francisco e Maria. Os demais deixaram descendência tanto na Paraíba como no Rio Grande do Norte.

Do segundo casamento, com JOSEPHA MARIA DA CONCEIÇÃO, foram  12 filhos
JOSÉ PINTO, o primogênito do casa, nasceu em 9 de outubro de 1942, em Bananeiras/PB. 
José, de dois meses, filho legitimo de MANOEL JOSÉ PINTO e JOSEFA MARIA DA CONCEIÇÃO, moradores do BACO PARI, sendo seus padrinhos Antonio Ribeiro de Oliveira e Anna Quitéria de Oliveira, batizado pelo padre Emigdio Rego, nesta matriz aos nove de outubro de mil oitocentos e quarenta e dois. Do que mandei fazer este termo por mim assegurado”. O vigário Francisco Antonio
 Dele pouco se sabia até pouco tempo. No entanto, revendo os registros paroquiais de Bananeiras, encontrei seu casamento em 3/02/1890.
Na verdade, ele aparece como JOSÉ PINTO DA SILVA, razão pela qual passou desapercebido o registro. 
Na imagem abaixo, temos que foram testemunhas de seu casamento seu irmão JOÃO SIMPLÍCIO DA SILVA PINTO, que é segundo filho do casal MANOEL e JOSEPHA, nascido em 7/7/1844, que se casou com Lodovina Maria da Conceição e teve 5 filhos, que assinavam também SILVA PINTO (Manoel, Antonio, Joaquim, Francisco e José).
No casamento de JOSÉ consta que ele tinha 47 anos (faria 48 anos em outubro). A noiva, JOANNA EULANA DO NASCIMENTO, tinha 26 anos e era filha de MANOEL IGNÁCIO VIEIRA E LUCIA MARIA DO CARMO.  Quanto aos filhos deste casal ainda são desconhecidos.

imagem family search

Os outros filhos do casal  MANOEL JOZÉ PINTO E JOSEPHA, além de JOSÉ e JOÃO são  
ANTONIA, IGNÁCIO, MARIA FRANCISCA, CATHARINA, ANTONIO JOSÉ PINTO, ISABEL PINTO, BERNADINA PINTO, JOANNA, MANOEL e ANNA.
“Antonia, filha de Manoel Jozé Pinto e Josefa Maria da Conceição desta freguezia sendo padrinhos Domingos Ribeiro de Souza e Maria de Jesus, sob minha licença baptizei e pus os Santos Óleos o Reverendo Emigdio do Rego Toscano Brito no oratório do Pau d’Arco aos vinte três de novembro de mil oito centos e quarenta e cinco, do que para constar mandei fazer este assento." 
 “Bernardina, parda, filha legítima de Manoel Jozé Pinto e de Josefa Maria da Conceição, moradores no Bacopari, desta freguezia, nasceo a dezenove de agosto de mil oitocentos e cinquenta e seis e foi baptizada solenemente por mim nesta matriz a doze de outubro do dito ano, foram padrinhos João José Teixeira e sua irmã Enedina Alexandrina Teixeira, solteiros”. 
“Manoel, de 2 mezes, filho legítimo de Manoel Jozé Pinto e Josepha Maria da Conceição, moradores no Bachopary, foi baptizado pelo reverendo Emigdio do Rego Toscano de Brito a 15 de agosto de 1858, p.p Domingos José Ferreira e Anna Joaquina do Carmo, do que fiz este termo.” 
“Anna, fia. Lig. De Manoel José Pinto e Josepha Ma. da Cão nasceo 10 de agosto e baptizei a 26 de 8bro de 1862, padrinhos p.p Capitão José Maria da Rocha e sua mulher Thereza Achiles do Rego, do que fiz constar este assento”.

 Deste filhos, ignoro descendência de IGNÁCIO, CATHARINA, ISABEL, JOANNA e ANNA, 
Encontrei também outro neto de MANOEL e JOSEPHA, trata-se de MANOEL SIMPLÍCIO DA SILVA PINTO, filho de ANTONIO JOSÉ PINTO e sua primeira esposa JOAQUINA MARIA, nascido em 1871, cujo casamento foi realizado em Bananeiras (15/11/1898).


A GUARDA NACIONAL EM BANANEIRAS - PB

Criada em 1831, por Feijó, a Guarda Nacional foi um exemplo de organização específica da classe senhorial, uma vez que concedeu aos donos de terras e escravos um poder privado, conferindo patentes até o posto máximo de coronel.
Cada município devia ter um regimento da Guarda Nacional, e seu comandante era o "chefe político" local, cuja patente quase sempre era de coronel.
Foi extinta em 1918, e, na época, tinha mais de 44 mi oficiais em todo o país.
Para ser oficial da Guarda Nacional era necessário ser cidadão, eleitor, do sexo masculino, idade de 18 a 60 anos e renda acima de 100 mil réis anuais.
Em 1833. já estava formada em Bananeiras, tendo por cabeça o tenente coronel LEONARDO BEZERRA CAVALCANTE, que por mais de duas décadas figurou nas listas dos oficiais da vila.
Outros membros da Guarda Nacional em Bananeiras que se destacaram, no período de 1833/1860, foram:   
- Tenente Coronel Joaquim do Rego Toscano (Brito) (vide postagem Engenho Pau d'arco)
- Tenente Coronel José Joaquim das Neves
- Tenente Coronel João de Andrade Freitas Cupoaba
- Major Cipriano Antonio de Miranda
- Major Estevão José da Rocha ( o Barão de Araruna, que foi de capitão até tenente-coronel - vide postagem)
- Capitão Nicolao José de Carvalho
- Capitão Joaquim José Pinto
- Capitão Antonio Rodrigues da Costa Neves
- Capitão Justino Epaminondas de Assupção Neves
- Capitão Manoel Januário de Farias Monteiro
- Tenente Manoel da Costa Monteiro

No período, alguns eleitores se destacaram, embora não pertencentes à guarda , são eles:
- Padre Emygdio do Rego Toscano (Brito)
- Francisco ricardo Pessoa]
- Antonio Benício Saraiva Leão
- Joaquim  José Teixeira
- José francisco de Salles
O Decreto n. 1.191 de 8/6/1853, Organizou a Guarda Nacional dos Municípios de Bananeiras e Independência, da "Província da Parahyba".
E, o Decreto 7.764, de 21/02/1880, reorganizou a Guarda Nacional da Comarca de Bananeiras da "Província da Parahyba". 


domingo, 7 de setembro de 2014

POPULAÇÃO DA PARAÍBA E DO RIO GRANDE DO NORTE - SÉC. XVIII

Um dos fatores que mais interfere na pesquisa histórica é a falta de referenciais, devido ao desconhecimento de dados do período em que se realiza o estudo.
Folhear livros paroquiais é um trabalho que envolve não só a leitura, mas a análise do contexto histórico.
Não basta conhecer paleografia, expressões genealógicas ou mesmo ter paciência. Necessário se faz um mínimo de conhecimento da história local e da população da época.
Difícil este entendimento, já que maioria dos pesquisadores contemporâneos vivem em grandes cidades, onde facilmente podemos encontrar um só edifício com mais de 200 moradores, ou uma escola com 400 alunos.
Tais números são insignificantes se considerado o fato de que a própria cidade já atingiu a cifra de 400 mil habitantes. Todavia, ao retroceder no tempo, na época do Brasil Colônia, os mesmos dados atingem cifras muito menores.
Em 2013, segundo o IBGE, a cidade de Natal/RN possuía mais de 850 habitantes, enquanto João Pessoa/PB quase 770 mil.
Inicialmente, temos que ter em mente que o processo de ocupação das terras na PARAÍBA e no RIO GRANDE DO NORTE envolveu a expropriação territorial dos indígenas.
Não existem dados precisos sobre a população das nações indígenas que ocupavam o território antes de 1500, data em que o colonizador português chegou e passou a explorar e se fixar no solo.
O perfil populacional do século XVIII, tanto na Paraíba como no Rio Grande do Norte, só pode ser visto pelos dados censitários existentes, que são poucos. 
No Arquivo Histórico Ultramarinho existem documentos da Capitania de Pernambuco, especialmente um mapa que informa o número de habitantes.
No referido mapa, encontramos que, em 1777, a Paraíba contava com 11 freguesias, 1 cidade e 4 aldeias indígenas. No Rio Grande do Norte também 4 aldeias.
Elas eram a Vila do Conde, Pilar, Bahia da Traição e Vila Flor (PB) e Arez, Villa de São José, Extremoz e Porto Alegre (RN).
Sabe-se que a maioria da população estava concentrada no litoral.
Assu tinha 4.277 habitantes e era maior que a cidade de Natal com apenas 3.221.
A freguesia de Mamanguape tinha 8.328 habitantes, espalhados na área que hoje corresponde a vários municípios, como Bananeiras, Campina Grande e Araruna, dentre outros.
É puro cálculo matemático o resultado de que uma "aglomeração" com 40 pessoas representa um percentual significativo, se considerada a população da freguesia.
Por outro lado, na época é fácil encontrar famílias com 40 indivíduos. Pai, mãe, filhos e netos reunidos na mesma propriedade. Assim, foi gestado o embrião de muitos dos atuais 
conglomerados urbanos.
A Paraíba tinha 51.169 habitantes, entre os quais 5.182 viviam nas "aldeias" indígenas. Já o Rio Grande do Norte 24.347, dentre os quais 8.549 nas ditas aldeias.
Assim, é lícito presumir que a população da época era pequena, se comparada a extensão territorial, e, ainda, que uma parte significativa era de índios.
Em consequência, toda vez que se encontrar referência a um "sítio", "fazenda" ou "lugar nos registros paroquiais é preciso estar atento, já que a possibilidade de que  aquele tenha se transformado, no decorrer do tempo, em uma cidade é muito grande. O grande problema é a mudança do nome do local, que muitas vezes ocorre sem grande explicação. Nossa Senhora das Neves, cidade da Paraíba e, finalmente, João Pessoa trata-se do mesmo local, denominado de forma diferenciada ao longo do tempo.
Recentemente, encontrei uma referência em um livro paroquial de uma "fazenda" (de gado) que se transformou em uma grande cidade do Rio Grande do Norte. Mas, qual não foi a minha surpresa quando constatei que a historiografia oficial aponta como o ano de ocupação - a menção no texto é "fundação" - data de 58 anos após aquela que encontrei no registro.
Creio que todo trabalho de pesquisa deve estar apoiado em fontes primárias, que confrontadas umas com as outras levam a um estudo sério, com menos probabilidade de erro. 
Sobre a cidade mencionada acima, como não se encontra na área de abrangência de minha pesquisa, resolvi não fazer qualquer postagem neste blog, já que acredito ue outros pesquisadores irão, no futuro, apontar a verdade histórica.        

sábado, 6 de setembro de 2014

FAMÍLIA OLIVEIRA LIMA

LUIZ CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA foi um dos subscritores do abaixo assinado que efetivou a criação da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês em Cuité (PB), em 1801.
Seu pai CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA e, seu tio, FRANCISCO DE OLIVEIRA LIMA, foram um dos mais antigos proprietários de terras na região, onde possuíam fazendas de gado. 
Eram proprietários, também, de uma fazenda na Ribeira do Trairi, no que hoje é a cidade de Santa Cruz/RN.
Ambos pertenciam a família OLIVEIRA LIMA, uma das mais antigas e prósperas da época.
As ligações da família com GOIANINHA/RN resta estampada em muitos documentos paroquiais da freguesia de Mamanguape do século XVIII. Todavia, muita pesquisa há de ser feita a fim de recuperar os dados históricos em relação à mesma, bem como de sua importância na fundação das atuais cidades de Cuité/PB, Araruna/PB, Serra de São Bento/RN e Santa Cruz/RN.
Mas, uma prova importante já recuperada demonstra a presença de CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA em 1789, em Cuité. Trata-se do registro de casamento, realizado na Capela de Nossa Senhora das Mercês,  de Antonio Barboza de Albuquerque (natural de Goianinha) com Maria José do Espirito Santo (ex-escrava do defunto Miguel Pinheiro Teixeira), como demonstra a imagem abaixo. A idade estimada de Custódio na época era de 38 anos, ou seja, teria nascido por volta de 1751.
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Em 20/06/1796, em outro registro de casamento no lugar "São Domingo" (depois denominado MALHADA DE SÃO DOMINGO -hoje zona rural de Cuité/PB), aparece como "tenente" Custódio de Oliveira Lima.
 Continuação do registro
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Registro de casamento de Francisco Rodrigues da Silva, natural da freguesia de Mamanguape, filho de Bonifácio Rodriguez com Antônia de Souza, filha de Alexandre Gomes da Silva, testemunhas TENENTE CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA e FRANCISCO DE OLIVEIRA LIMA.