sábado, 15 de novembro de 2014

GUERRA DOS PITIGUARES (POTIGUARES) -1586 a 1599

Muitos conflitos sangrentos envolveram os índios potiguares e os portugueses. De um lado os verdadeiros "donos da terra" de outro os que se consideravam também donos.
De agosto de 1586 a maio de 1587, ocorreu o que pode ser considerado o primeiro grande conflito travado em solo nacional, perdurando até o ano de 1599 onde foi selada a paz. Ficou conhecida como a GUERRA DOS PITIGUARES.

Segundo relato do padre Christovão de Gouvea, visitador da Companhia da Jesus, o Ouvidor Geral, Martin Leitão, percorreu ao todo aproximadamente quarenta léguas, se embrenhando em território desconhecido até dos portugueses que era a Serra da Copaoba.
A Serra da Copaoba é descrita como " toda feita de alti-baixos, porque é outeiro até as nuvens, que a pé só se sobe por elles com trabalho, e abysmos baixíssimos, cousa não vista em outra parte do Brasil, e ests tres ou quatro léguas d'estes outeiros .... é terra muito boa.... com cincoenta aldeas de pitiguares, umas pegadas nas outras e a vista o seu celleiro era de infinidade de mantimentos e algodão".

Em nove meses foram queimadas as aldeias (que tinham entre quatro a cinco mil fogos) localizadas nas "ladeiras" da Copaoba, que tinham a liderança dos caciques Pao Seco e Zorobabé, que foram expulsos e tiveram que migrar com os sobreviventes. 
Os potiguaras fugiram para o Rio Grande do Norte, se embrenhando no que hoje é a região da Borborema Potiguar, onde já existiam pequenas outras aldeias. Alguns ali se fixaram definitivamente. Outros se dirigiram para a foz do Rio Grande, onde os portugueses criaram um pequeno arraial em 1589 (embrião da futura cidade de Natal - oficialmente fundada em 1599, ano em que a guerra terminou). 


    

domingo, 12 de outubro de 2014

ANTA ESFOLADA - ATUAL NOVA CRUZ/RN

Erros sempre são cometidos em todos os ramos  do conhecimento humano, em se tratando de GENEALOGIA não é diferente, já que muitas das vezes os dados históricos apresentam inconsistência.
Foi o parece que aconteceu nas minhas pesquisas, uma vez que em vários documentos do século XVIII que encontrei até agora, referentes aos meus ancestrais paternos pertencentes à família OLIVEIRA, havia a menção de "Goianinha", no Rio Grande do Norte.
Contudo, do início do século XIX até a sua metade, por volta de 1846, as referências passam para uma localidade denominada "São Bento". 
Como atualmente existem os municípios de Serra de São Bento e São Bento do Trairi, e uma vez que ambos fazem fronteira com a Paraíba e estão localizados na microrregião da Borborema Potiguar. Distantes cerca de 50 Km um do outro, além de próximos das cidades de Santa Cruz/RN, Araruna/PB e Bananeiras/PB, locais onde grande parte dos meus ancestrais viveram, acreditei que uma das duas localidades seria aquela citada nos documentos como SÃO BENTO.
Sobre Serra de São Bento as informações que obtive são poucas e remontam apenas à metade do século XIX. O fato de sua "fundação" ter sido atribuída ao Coronel João de Oliveira Mendes não despertou minha atenção, exceto pelo sobrenome OLIVEIRA do seu "fundador".  Mas, não encontrei nenhum JOÃO DE OLIVEIRA MENDES na minha árvore genealógica, daí fiz a exclusão da SERRA DE SÃO BENTO.
Já em relação a São Bento do Trairi, sempre acreditei que o  denominado "fundador" da cidade pela historiografia oficial "JOSÉ PAULINO DE OLIVEIRA GARROTE", na verdade , era um dos filhos de meu trisavô PEDRO PAULINO BORGES (que aparece nos registros paroquias também como PEDRO PAULINO DE OLIVEIRA OU PEDRO JOSÉ PAULINO), de nome JOSÉ PAULINO DE OLIVEIRA.
Ao contrário do pai que sempre viveu nos OLHOS D'ÁGUA DA ALDEIA (atual zona rural conhecida como Aldeia do município de Solânea/PB - vide postagem no blog FAMÍLIA BORGES), os filhos não permaneceram na Paraíba e fixaram residência em Santa Cruz/RN.
JOSÉ PAULINO DE OLIVEIRA  casou-se com FRANCISCA MARIA. Tiveram muitos filhos e deixaram muitos descendentes.Um dos filhos do casal foi JOSÉ, nascido aos 16/08/1879, batizado em Santa Cruz, sendo padrinhos Severino de Oliveira e sua mulher Victorina Maria da Conceição, o qual fiz menção no livro Genealogia Sertaneja.
Mas, recentemente descobri vários documentos que remetem a "ANTA ESFOLADA", que na verdade é atualmente o município de NOVA CRUZ/RN, e foi chamada no passado de URTIGAL e de ANTA ESFOLADA.
Foi distrito com a denominação de SÃO BENTO em 1835, elevada à categoria de Vila em 1852, desmembrada  de Goianinha.
Assim, verifico que cometi um erro muito grande quando foquei minhas pesquisas do século XVIII apenas em São Bento do Trairi. Deveria ter atentado para a data em que NOVA CRUZ era chamada de SÃO BENTO.
Quanto a denominação de ANTA ESFOLADA, ao que parece durou bastante tempo. No registro de 1818 abaixo, temos um pequeno exemplo.

fonte: family search

" Aos quinze dias do mez de septembro do anno de mil oitocentos e dezoito, no lugar da ANTA ESFOLLADA, freguezia de Villa Flor, de licença minha com banhos e dispensados no tercero grao de sanguinidade pelo Reverendo Manoel Joaquim Pereira e das testemunhas Gonçalo José de Castro e Manoel Francisco dos Santos, contrairão matrimônio por palavras presentes Martinho Pereyra e Maria da Conceição, aquele filho legítimo de José Pereira e Honória Maria da Conceição esta filha legítima de Mathias Francisco e de Thereza Maria, todos desta freguezia de Mamagoape e logo receberão as bençãos na forma do ritual romano, do que para constar fiz este termo."

Para finalizar, deixo registrado que existe toda uma lenda sobre a ANTA ESFOLADA. Não passa realmente de lenda. Pois, na verdade a região já era ocupada pelos criadores de gado no século XVII.
Vaqueiros acostumados a curtir o couro do gado que também curtiam o de outros animais. 
No atual município de Lagoa da Anta, que já pertenceu a Nova Cruz, existiam muitas antas, cujo couro é muito resistente e era utilizado pelos vaqueiros para fazer rédeas. 
Sabe-se que o costume de esfolar animais ainda vivos é bem antigo. Os animais recebiam uma paulada ou várias pauladas na cabeça. Alguns morriam na hora, outros só ficavam atordoados ou desmaiados. 
Quando o animal parava de se mexer começavam a cortar a pele a qual era arrancada sobre a cabeça dos animais. Alguns ainda vivos eram descartados e jogados em local próximo, enquanto o esfolamento continuava com outros animais.
Como a morte ainda demorava a chegar para alguns, não raro um ou outro animal ainda tinha força de se levantar antes de morrrer, mesmo depois de esfolados, gerando uma terrível imagem de sofrimento banhado em sangue.
Pela quantidade de antas que foram abatidas no local, é possível que algo semelhante tenha ocorrido o que logo virou de conhecimento público e, como sempre acontece nesses casos a história foi acrescida de algum fato sobrenatural.
Pobre da anta esfolada. Se o seu couro não fosse tão bom não teria sido lembrada por um fato tão deprimente e não teria dado nome a uma localidade.   Aliás, duas se considerada a LAGOA DAS ANTAS.

sábado, 27 de setembro de 2014

FILHOS DE MANOEL JOZÉ PINTO

MANOEL JOZÉ PINTO, meu pentavô, se casou duas vezes. 
Do primeiro casamento, com minha pentavó ANNA JOAQUINA, teve pelo menos menos 8 filhos: JOAQUIM JOSÉ PINTO (meu tetravô), JOSÉ PINTO, VIRGÍNIO GOMES PINTO, JOAQUINA PINTO, MANOEL JOSÉ PINTO, FRANCISCO JOSÉ PINTO, ANTONIO JOSÉ PINTO E MARIA PINTO.
Antonio, filho de Manoel Jozé Pinto e Anna Joaquina com quarenta e cinco dias de idade, foi baptizado pelo Reverendo Emídio do Rego Toscano Brito e lhe pós os santos óleos aos trinta de junho de mil oitocento e quarenta, sendo padrinhos Antonio Ribeiro de Oliveira e Anna Quitéria do que mandei fazer este assento que assino.”

“Aos trez de setembro de mil oitocentos e trinta e sete baptizei e pus os santos óleos ao parolo Francisco, de idade de dois meses, filho legítimo de Manoel José e Anna do Sacramento, brancos, moradores em Bacupari, forão padrinhos João Pereira, casado e sua filha Maria da Penha, solteira, do que para constar fiz este assento em que assino, Vigário José dos Santos.”

Destes, são desconhecidos descendentes de José, Joaquina, Francisco e Maria. Os demais deixaram descendência tanto na Paraíba como no Rio Grande do Norte.

Do segundo casamento, com JOSEPHA MARIA DA CONCEIÇÃO, foram  12 filhos
JOSÉ PINTO, o primogênito do casa, nasceu em 9 de outubro de 1942, em Bananeiras/PB. 
José, de dois meses, filho legitimo de MANOEL JOSÉ PINTO e JOSEFA MARIA DA CONCEIÇÃO, moradores do BACO PARI, sendo seus padrinhos Antonio Ribeiro de Oliveira e Anna Quitéria de Oliveira, batizado pelo padre Emigdio Rego, nesta matriz aos nove de outubro de mil oitocentos e quarenta e dois. Do que mandei fazer este termo por mim assegurado”. O vigário Francisco Antonio
 Dele pouco se sabia até pouco tempo. No entanto, revendo os registros paroquiais de Bananeiras, encontrei seu casamento em 3/02/1890.
Na verdade, ele aparece como JOSÉ PINTO DA SILVA, razão pela qual passou desapercebido o registro. 
Na imagem abaixo, temos que foram testemunhas de seu casamento seu irmão JOÃO SIMPLÍCIO DA SILVA PINTO, que é segundo filho do casal MANOEL e JOSEPHA, nascido em 7/7/1844, que se casou com Lodovina Maria da Conceição e teve 5 filhos, que assinavam também SILVA PINTO (Manoel, Antonio, Joaquim, Francisco e José).
No casamento de JOSÉ consta que ele tinha 47 anos (faria 48 anos em outubro). A noiva, JOANNA EULANA DO NASCIMENTO, tinha 26 anos e era filha de MANOEL IGNÁCIO VIEIRA E LUCIA MARIA DO CARMO.  Quanto aos filhos deste casal ainda são desconhecidos.

imagem family search

Os outros filhos do casal  MANOEL JOZÉ PINTO E JOSEPHA, além de JOSÉ e JOÃO são  
ANTONIA, IGNÁCIO, MARIA FRANCISCA, CATHARINA, ANTONIO JOSÉ PINTO, ISABEL PINTO, BERNADINA PINTO, JOANNA, MANOEL e ANNA.
“Antonia, filha de Manoel Jozé Pinto e Josefa Maria da Conceição desta freguezia sendo padrinhos Domingos Ribeiro de Souza e Maria de Jesus, sob minha licença baptizei e pus os Santos Óleos o Reverendo Emigdio do Rego Toscano Brito no oratório do Pau d’Arco aos vinte três de novembro de mil oito centos e quarenta e cinco, do que para constar mandei fazer este assento." 
 “Bernardina, parda, filha legítima de Manoel Jozé Pinto e de Josefa Maria da Conceição, moradores no Bacopari, desta freguezia, nasceo a dezenove de agosto de mil oitocentos e cinquenta e seis e foi baptizada solenemente por mim nesta matriz a doze de outubro do dito ano, foram padrinhos João José Teixeira e sua irmã Enedina Alexandrina Teixeira, solteiros”. 
“Manoel, de 2 mezes, filho legítimo de Manoel Jozé Pinto e Josepha Maria da Conceição, moradores no Bachopary, foi baptizado pelo reverendo Emigdio do Rego Toscano de Brito a 15 de agosto de 1858, p.p Domingos José Ferreira e Anna Joaquina do Carmo, do que fiz este termo.” 
“Anna, fia. Lig. De Manoel José Pinto e Josepha Ma. da Cão nasceo 10 de agosto e baptizei a 26 de 8bro de 1862, padrinhos p.p Capitão José Maria da Rocha e sua mulher Thereza Achiles do Rego, do que fiz constar este assento”.

 Deste filhos, ignoro descendência de IGNÁCIO, CATHARINA, ISABEL, JOANNA e ANNA, 
Encontrei também outro neto de MANOEL e JOSEPHA, trata-se de MANOEL SIMPLÍCIO DA SILVA PINTO, filho de ANTONIO JOSÉ PINTO e sua primeira esposa JOAQUINA MARIA, nascido em 1871, cujo casamento foi realizado em Bananeiras (15/11/1898).


A GUARDA NACIONAL EM BANANEIRAS - PB

Criada em 1831, por Feijó, a Guarda Nacional foi um exemplo de organização específica da classe senhorial, uma vez que concedeu aos donos de terras e escravos um poder privado, conferindo patentes até o posto máximo de coronel.
Cada município devia ter um regimento da Guarda Nacional, e seu comandante era o "chefe político" local, cuja patente quase sempre era de coronel.
Foi extinta em 1918, e, na época, tinha mais de 44 mi oficiais em todo o país.
Para ser oficial da Guarda Nacional era necessário ser cidadão, eleitor, do sexo masculino, idade de 18 a 60 anos e renda acima de 100 mil réis anuais.
Em 1833. já estava formada em Bananeiras, tendo por cabeça o tenente coronel LEONARDO BEZERRA CAVALCANTE, que por mais de duas décadas figurou nas listas dos oficiais da vila.
Outros membros da Guarda Nacional em Bananeiras que se destacaram, no período de 1833/1860, foram:   
- Tenente Coronel Joaquim do Rego Toscano (Brito) (vide postagem Engenho Pau d'arco)
- Tenente Coronel José Joaquim das Neves
- Tenente Coronel João de Andrade Freitas Cupoaba
- Major Cipriano Antonio de Miranda
- Major Estevão José da Rocha ( o Barão de Araruna, que foi de capitão até tenente-coronel - vide postagem)
- Capitão Nicolao José de Carvalho
- Capitão Joaquim José Pinto
- Capitão Antonio Rodrigues da Costa Neves
- Capitão Justino Epaminondas de Assupção Neves
- Capitão Manoel Januário de Farias Monteiro
- Tenente Manoel da Costa Monteiro

No período, alguns eleitores se destacaram, embora não pertencentes à guarda , são eles:
- Padre Emygdio do Rego Toscano (Brito)
- Francisco ricardo Pessoa]
- Antonio Benício Saraiva Leão
- Joaquim  José Teixeira
- José francisco de Salles
O Decreto n. 1.191 de 8/6/1853, Organizou a Guarda Nacional dos Municípios de Bananeiras e Independência, da "Província da Parahyba".
E, o Decreto 7.764, de 21/02/1880, reorganizou a Guarda Nacional da Comarca de Bananeiras da "Província da Parahyba". 


domingo, 7 de setembro de 2014

POPULAÇÃO DA PARAÍBA E DO RIO GRANDE DO NORTE - SÉC. XVIII

Um dos fatores que mais interfere na pesquisa histórica é a falta de referenciais, devido ao desconhecimento de dados do período em que se realiza o estudo.
Folhear livros paroquiais é um trabalho que envolve não só a leitura, mas a análise do contexto histórico.
Não basta conhecer paleografia, expressões genealógicas ou mesmo ter paciência. Necessário se faz um mínimo de conhecimento da história local e da população da época.
Difícil este entendimento, já que maioria dos pesquisadores contemporâneos vivem em grandes cidades, onde facilmente podemos encontrar um só edifício com mais de 200 moradores, ou uma escola com 400 alunos.
Tais números são insignificantes se considerado o fato de que a própria cidade já atingiu a cifra de 400 mil habitantes. Todavia, ao retroceder no tempo, na época do Brasil Colônia, os mesmos dados atingem cifras muito menores.
Em 2013, segundo o IBGE, a cidade de Natal/RN possuía mais de 850 habitantes, enquanto João Pessoa/PB quase 770 mil.
Inicialmente, temos que ter em mente que o processo de ocupação das terras na PARAÍBA e no RIO GRANDE DO NORTE envolveu a expropriação territorial dos indígenas.
Não existem dados precisos sobre a população das nações indígenas que ocupavam o território antes de 1500, data em que o colonizador português chegou e passou a explorar e se fixar no solo.
O perfil populacional do século XVIII, tanto na Paraíba como no Rio Grande do Norte, só pode ser visto pelos dados censitários existentes, que são poucos. 
No Arquivo Histórico Ultramarinho existem documentos da Capitania de Pernambuco, especialmente um mapa que informa o número de habitantes.
No referido mapa, encontramos que, em 1777, a Paraíba contava com 11 freguesias, 1 cidade e 4 aldeias indígenas. No Rio Grande do Norte também 4 aldeias.
Elas eram a Vila do Conde, Pilar, Bahia da Traição e Vila Flor (PB) e Arez, Villa de São José, Extremoz e Porto Alegre (RN).
Sabe-se que a maioria da população estava concentrada no litoral.
Assu tinha 4.277 habitantes e era maior que a cidade de Natal com apenas 3.221.
A freguesia de Mamanguape tinha 8.328 habitantes, espalhados na área que hoje corresponde a vários municípios, como Bananeiras, Campina Grande e Araruna, dentre outros.
É puro cálculo matemático o resultado de que uma "aglomeração" com 40 pessoas representa um percentual significativo, se considerada a população da freguesia.
Por outro lado, na época é fácil encontrar famílias com 40 indivíduos. Pai, mãe, filhos e netos reunidos na mesma propriedade. Assim, foi gestado o embrião de muitos dos atuais 
conglomerados urbanos.
A Paraíba tinha 51.169 habitantes, entre os quais 5.182 viviam nas "aldeias" indígenas. Já o Rio Grande do Norte 24.347, dentre os quais 8.549 nas ditas aldeias.
Assim, é lícito presumir que a população da época era pequena, se comparada a extensão territorial, e, ainda, que uma parte significativa era de índios.
Em consequência, toda vez que se encontrar referência a um "sítio", "fazenda" ou "lugar nos registros paroquiais é preciso estar atento, já que a possibilidade de que  aquele tenha se transformado, no decorrer do tempo, em uma cidade é muito grande. O grande problema é a mudança do nome do local, que muitas vezes ocorre sem grande explicação. Nossa Senhora das Neves, cidade da Paraíba e, finalmente, João Pessoa trata-se do mesmo local, denominado de forma diferenciada ao longo do tempo.
Recentemente, encontrei uma referência em um livro paroquial de uma "fazenda" (de gado) que se transformou em uma grande cidade do Rio Grande do Norte. Mas, qual não foi a minha surpresa quando constatei que a historiografia oficial aponta como o ano de ocupação - a menção no texto é "fundação" - data de 58 anos após aquela que encontrei no registro.
Creio que todo trabalho de pesquisa deve estar apoiado em fontes primárias, que confrontadas umas com as outras levam a um estudo sério, com menos probabilidade de erro. 
Sobre a cidade mencionada acima, como não se encontra na área de abrangência de minha pesquisa, resolvi não fazer qualquer postagem neste blog, já que acredito ue outros pesquisadores irão, no futuro, apontar a verdade histórica.        

sábado, 6 de setembro de 2014

FAMÍLIA OLIVEIRA LIMA

LUIZ CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA foi um dos subscritores do abaixo assinado que efetivou a criação da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês em Cuité (PB), em 1801.
Seu pai CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA e, seu tio, FRANCISCO DE OLIVEIRA LIMA, foram um dos mais antigos proprietários de terras na região, onde possuíam fazendas de gado. 
Eram proprietários, também, de uma fazenda na Ribeira do Trairi, no que hoje é a cidade de Santa Cruz/RN.
Ambos pertenciam a família OLIVEIRA LIMA, uma das mais antigas e prósperas da época.
As ligações da família com GOIANINHA/RN resta estampada em muitos documentos paroquiais da freguesia de Mamanguape do século XVIII. Todavia, muita pesquisa há de ser feita a fim de recuperar os dados históricos em relação à mesma, bem como de sua importância na fundação das atuais cidades de Cuité/PB, Araruna/PB, Serra de São Bento/RN e Santa Cruz/RN.
Mas, uma prova importante já recuperada demonstra a presença de CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA em 1789, em Cuité. Trata-se do registro de casamento, realizado na Capela de Nossa Senhora das Mercês,  de Antonio Barboza de Albuquerque (natural de Goianinha) com Maria José do Espirito Santo (ex-escrava do defunto Miguel Pinheiro Teixeira), como demonstra a imagem abaixo. A idade estimada de Custódio na época era de 38 anos, ou seja, teria nascido por volta de 1751.
   imagem family search
Em 20/06/1796, em outro registro de casamento no lugar "São Domingo" (depois denominado MALHADA DE SÃO DOMINGO -hoje zona rural de Cuité/PB), aparece como "tenente" Custódio de Oliveira Lima.
 Continuação do registro
imagem family search
Registro de casamento de Francisco Rodrigues da Silva, natural da freguesia de Mamanguape, filho de Bonifácio Rodriguez com Antônia de Souza, filha de Alexandre Gomes da Silva, testemunhas TENENTE CUSTÓDIO DE OLIVEIRA LIMA e FRANCISCO DE OLIVEIRA LIMA.




domingo, 24 de agosto de 2014

ESTATÍSTICA DA PROVÍNCIA DA PARAÍBA -1850

No "mapa estatístico da Província da Parahyba de 1850" consta que o sertão da província principiou a ser povoado por maior número de "pessoas brancas", sendo que a maior parte de terras são impróprias para a agricultura, sendo o restante fértil, principalmente nas serras e proximidades dos rios onde se plantavam cana, mandioca, arroz, fumo, algodão, inhame, abóbora, batatas e frutas como bananas, laranjas, melancias, melões e pinhas.
Consta que as madeiras encontradas na época eram o pau brasil, angico, pau ferro, jurema, aroeira, angelim, pau d'arco e baraúna.
As árvores frutíferas eram o cajueiro, coqueiro, goiabeira, pitombeira, mangueira, cajazeira, imbuzeiro, mangabeira e árvore da pinha.
Naquela época era comum encontrar no interior onça. lontra, raposa, macacos, preás, mocós, pombas de asa branca, papagaios, periquitos, tucanos, marrecos, sabiás, garças e gaviões.
Nos brejos plantavam algodão e fabricavam açúcar. 

Alguns lugares apontados no mapa:
MONTEMOR ou ALDEIA DA PREGUIÇA - Povoação pertencente a vila de Mamanguape. Tem a capela de Nossa Senhora dos Prazeres;
BANANEIRAS - Vila pela lei provincial de 1835. Situada a 35 léguas distante da Paraíba e 9 da cidade de Areia. Sua população livre é de 21.389 e dá 13 eleitores.
ALAGOA NOVA - Povoação pertencente ao município de Campina Grande. Seus habitantes cultivam o algodão.
CUITÉ - Povoação situada a 16 léguas ao norte da cidade de Areia. Matriz de Nossa Senhora das Merces. Já pertenceu à vila do Príncipe do Rio Grande do Norte, porém a Assembleia Geral por uma lei de 1840 a reuniu ao distrito da cidade de Areia. Presentemente pertence a Bananeiras 
CAMPINA GRANDE - Vila situada sobre uma colina da serra da Borborema a 30 léguas a sudoesta da capital. Tem dois açudes. População livre de 14.449 e dá 28 eleitores.
MAMANGUAPE - Vila na margem do mesmo rio. Sua população é de 12142 e dá 26 eleitores; Nas suas matas encontram-se madeiras para construção. Matriz de São Pedro e São Paulo.

****FONTE: O governista parahybano .

FAMÍLIA PEREIRA GOMES

FAMÍLIA PEREIRA GOMES
Hoje, abrindo espaço nesse blog, venho tratar um pouco mais dos meus ancestrais maternos, a família de minha avó materna ELVIRA, portugueses que se fixaram em Três Rios/RJ.

Abaixo, um pequeno resumo da família.
   
O patriarca da família - MANOEL PEREIRA GOMES - nasceu em 1844 em Santa Eulália - Portugal e faleceu em 14.03.1916 em Alberto Torres - RJ. Foi enterrado no cemitério São José em Três Rios, onde foi enterrado também seu irmão ANTONIO PEREIRA GOMES, falecido em 27.03.1911.
Passaporte de ANTONIO consta: 24 anos, solteiro. Natural de Cabanelas, Santa Eulália, VILA VERTE, Destino Rio de Janeiro, embarca em Lisboa. 08/10/1875 (nascido em 1851). 

Manoel e era filho de JOSÉ CUSTÓDIO GOMES (nascido em 1807) e de JOAQUINA PEREIRA DO LAGO (20/06/1811). Neto materno de ANTONIO FRANCISCO PEREIRA, nascido em 9/5/1776 e de ANNA PEREIRA DO LAGO, ricos comerciantes em Matosinhos - Portugal. 
Não é certo o ano em que MANOEL imigrou para o Brasil, estimando-se o ano de 1860.
Em 6/11/1871, casou-se com MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS, nascida em 21/09/1856 em Vila da Lagoa, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal. Falecida no dia 2/9/1905, em Três Rios/RJ 
MARIA DAS MERCÊS era filha de JOAQUIM ANTONIO DE MEDEIROS e JACINTHA CÂNDIDA BOTELHO. Faleceu vitima de pneumonia.

O  casamento de MANOEL E MARIA DAS MERCÊS foi celebrado pelo padre Roque Monteline, na Capela Nossa Senhora da Piedade em Três Rios/RJ, sendo testemunhas Baltahazar Martins Portella e Antonio Botelho Mello (tio da noiva).
imagem: arquivo pessoal
O casal viveu na Fazenda Cantagalo e na Boa União. Em 1902, residiam na rua Viscondessa de Entre Rios. Em 1903, na Rua Martinho Campos, ambas em Três Rios.
Os filhos do casal:
1) ANTONIO PEREIRA GOMES SOBRINHO ( 25/09/1974).Casou-se aos 23/07/1904, no Rio de Janeiro, com Iracema Augusta Puga, filha de José Maria Puga e Maria do espírito Santos Puga.
Assinatura dos nubentes
imagem: arquivo pessoal

2) HENRIQUETA PEREIRA GOMES (16/05/1878). Casou-se em 14/02/1903, com Antonio Marques dos Reis (português), filho de José Joaquim Marques dos Reis e Beraldina Joaquina Dantas. O casamento foi celebrado na casa do pai da noiva (MANOEL PEREIRA GOMES), que residia na época na Rua Martinho Campos em Três Rios.

Assinaturas de membros da família no registro de casamento de Manoel Pereira Gomes Filho - Manoel Pereira Gomes, José Pereira Gomes (irmão), Antonio Pereira Gomes Sobrinho (irmão), Manoel Pereira Gomes (pai) e Elvira Pereira Gomes (irmã).
imagem family search

3) JOSÉ (06/03/11880)
4) MANOEL (11;02/1882).
5) ELVIRA (20/10/1883).  Foi Batizada no dia 24/02/1884, pelo padre Feliz de Alvarnega Salez, na Capela Nossa Senhora da Piedade.
Casou-se em em 29/02/1908, em Três Rios, com Pierre Audebert, filho de Guillaume Audebert e Marie Favard.

Casamento Religioso


imagem family search

 "aos vinte e nove de fevereiro de mil novecentos e oito na Capella de Entre-Rios desta freguesia observada as disposições do Concilio de Trento e Constituição do Bispado em minha presença e das testemunhas ANTONIO MARQUES DOS REIS (cunhado de Elvira casado com sua irmão Henriqueta) e JOSÉ PEREIRA GOMES (irmão de Elvira) por palavras de presente se receberão em matrimônio PEDRO AUDEBERT, filho legítimo de Guilherme Audebert e Marie Tavares Audebert, natural da França e ELVIRA PEREIRA GOMES, filha legítima de Manoel Pereira Gomes e Maria das Merces Pereira Gomes, já fallecida e natural desta freguesia e para constar mandei fazer este termo que assingno Vigario João Carvalho"

Assinatura dos nubentes. Pierre já assina como Pedro (havia "aportuguesado" o prenome).
imagem family search
O casamento civil foi realizado no mesmo dia. O mais interessante é que além da família PEREIRA GOMES, aparece o nomes de DOMINGOS PINTO DE RESENDE, cunhado de Pierre, marido de GABRIELLE (GABRIELA) AUDEBERT
agem family search
6) JOÃO (24/06/1885). Casou-se em 5/02/1910 com Elvira Pereira Lopes, filha de Antonio Pereira Lopes e Josephina Lopes, em Três Rios.
João foi duas vezes Operário Padrão Nacional - 1957 e 1965. Em 1965, completou 60 anos de trabalho na Empresa Brasileira de Energia Elétrica. Contava 80 anos e continuava trabalhando.
Assinaturas dos nubentes e da testemunha ANTONIO PEREIRA GOMES, tio da noiva. E de Elvira Pereira Gomes, sua irmã.
imagem family search
7) JERÔNIMO (?)
8) MARIA DAS MERCÊS. Aparece apenas como MARIA PEREIRA GOMES.   
9) ÁLVARO
10) JOSINO 
11)*** MERCEDES (falecida aos cinco anos de idade em 1897).

domingo, 17 de agosto de 2014

CRIAÇÃO DA ALFÂNDEGA EM NATAL

Decreto de 3/2/1820 - Criação da alfândega em Natal
No Brasil, as primeiras alfândegas foram instaladas entre 1534 e 1540, ainda no regime das capitanias hereditárias. Mas, é com a abertura dos portos, em 1808, que as alfândegas se tornaram a principal fonte de receita fiscal do Brasil.
Eram isentas de tributação as mercadorias exportadas para Portugal.
A criação da alfândega em Natal estava centrada na comercialização de um só produto: o algodão.
O decreto em sua íntegra:

" Tendo pelo meu Decreto da data desta mandado estabelecer uma alfandega na cidade do Natal, capital da Província do Rio Grande do Norte, para que os habitantes della, gozando da franqueza do commercio, que tenho concedido a este Reyno, possam directamente commerciar com todos os povos, meus vassalos ou estrangeiros,: e convindo dar providencias para que pela má fé, e dolo de alguns, se não perca a reputação da boa qualidade do Algodão, da mesma Província, e se não diminua consequentemente a sua extração, hei por bem crear na mesma cidade uma casa de inspecção, para o exame do Algodão, que for exportando do Porto da mesma cidade, a qual regulará pela de Pernambuco, e observará o que for determinado para a regulação desta a Real Juncta do Commercio, Agricultura Fabricas, e Navegação deste Reyno e Dominios Ultramarinos o que tenha assim entendido e faça executar com os despachos necessários.
Palácio do Rio de Janeiro com a Rubrica d'El Rey Nosso Senhor".

domingo, 3 de agosto de 2014

POPULAÇÃO INDÍGENA DO RIO GRANDE DO NORTE - 1840

Em 1840, segundo recenseamento, existiam mais de 7.000 índios no Rio Grande do Norte. Contudo, em mapa elaborado na mesma época a concentração maior atingia os seguintes lugares:
  
EXTREMOZ - Estimados 700, possuíam uma légua de terras no lugar denominado Cidade dos Veados. Viviam da pesca
SÃO JOSÉ - Estimados 500, possuíam uma data de terras que não era propícia à agricultura. Plantavam milho da pesca.
VILLA FLOR - Existiam 140 fogos (palhoças) de índios os quais ocupavam duas léguas de terra e cultivavam mandioca.
GOIANINHA - A população não excedia a 400. Cultivavam a mandioca e a carrapateira (mamona, que extraíam o óleo).

No mesmo período 39.600 indivíduos foram considerados "de cor" embora livres, sendo lícito presumir que dentre os quais existiam índios.

ÍNDIOS SUCURUS

" Os índios sucurus eram da raça Cariry, grande nação indígena, que habitou o interior desta província e da do Ceará, dando o seu nome a duas regiões - Carirys Velhos e Carirys Novos.
Herckman, em sua interessante descripção geral da capitania da Parahyba, publicada pelo ilustrado Dr José Higino, diz que os Carirys habitavam esta capitania transversalmente à de Pernambuco; e que eram um povo robusto, de grande estatura, de cor atrigueirada e de cabelos pretos.
É certo, porém, que a região denominada Carirys Velhos, a que deram o nome, não é tão restrita; ocupa quase todo plateau da Borburema, atravessando a província de norte a sul.
A tribo Sucuru era sem dúvida uma das mais importantes da raça Cariry, o que é corroborado pelo seguinte facto.
Em 1718, o governador da Parahyba, Antonio Velho Coelho, a requerimento de Sebastião da Silva, capitão-mor dos Sucurus, concedeu-lhe a sesmaria de Boa Vista, nas extremas desta com a do Rio-Grande do Norte, pelo motivo de terem vindo os mesmos índios, por ordem de seu antecessor, a defender e reparar os assintes que davam os Tapuias bravos e levantados.
Se os índios Sucurus não fossem uma tribo numerosa e valente, não seriam chamados da distancia de 50 léguas para defender a nascente colonia portuguesa da Parahyba.
É ainda de crer que os Sucurus não dominassem somente todo o territorio banhado pelo rio do seu nome, mas também o adjacente que hoje forma o termo de Teixeira. Pelo menos é esta a oppinião do illustrado Sr. Conego Bernardo de Carvalho Andrade, fundada em uma tradição e uma lenda.
A tradição diz que os sucurus habitavam as sombrias matas nas imediações da villa do Teixeira, particularmente o lugar Poços, onde existe hoje o importante açude publico, construído durante a secca ded1877/78, tendo ahi sido encontrados, aliás diversos artefatos indígenas ..."
(extraído do Jornal Gazeta do Serão de 15  de março de 1889 - Irineo Jofilly)    

Sesmaria concedida em 21 de março de 1719, a Domingos Vieira Machado e Zacarias de Melo, que segundo a historiografia oficial teriam sidos os fundadores da cidade de Bananeiras/PB.
Na descrição da sesmaria encontra-se a referencia de que as "terras são nas testadas dos índios Sucurus na Serra da Cupaóba pelo riacho Cannafistula, duas legoas de comprido e uma de largo, buscando o nascente e outras duas de outra testada pela mesma aldeia dos Sucurús buscando a Muricituba e outras duas de largo, buscando tãobem o nascente e vem a contestarem e fazerem quatro na largura sempre pelas testadas da dita aldeia, cujas terras, supposto fossem dadas em algum tempo, estão  devolutas e por taes e estarem povoadas haveria quatro ou cinco meses."
Pelo requerimento vemos que os sesmeiros estariam ocupando as terras que eram dos Sucurus, que segundo eles, estariam devolutas.

Gazeta do Sertão 1890

domingo, 27 de julho de 2014

SESMARIAS DA PARAÍBA - RIACHO SANTA ROSA, JUAZEIRO E SERRA DOS BRANDÕES

SESMARIA - CURIMATAÚ
 RIACHO SANTA ROSA

"Governo de Pedro Monteiro de Macedo.
Felippe Ferreira Villar, Homem casado e morador nesta capitania, tendo descoberto umas terras de crear gados no olho d'agua chamado da Penha no sertão do Curimataú que desagoa no riacho Santa Rosa com trabalho e dispendio de sua fazenda e porque ditas terras estão devolutas e o suplicante necessita dela para  situar seos gados, pedi a mercê de tres legoas de comprimento e um de largura, pegando onde o riacho do olho d'agua faz barra no riacho Santa Rosa, correndo para parte do poente.
Faz-se a concessão requerida aos 12 de julho de 1734."


 RIACHO JUAZEIRO
" Governo de Francisco Pedro Mendonça Gurjão
Thomaz de Araújo Pereira, não tendo commodo para crear seus gados, descobrio à custa de seo trabalho um riacho chamado juaseiro que nasce por detraz da Serra Rajada, que desagoa no rio da Cauhã e faz barra na ponta da varzea do Pico, em cujo riacho e suas bandas tem terras devolutas e nunca cultivadas, terrenos em que pede tres legoas de comprimento e uma de largura, pegando das testadas do sargento-mor Simião de Goes pelo rio acima, ficando o dito rio em meio de dita largura. 
Faz-se a concessão na forma requeira aos 25 de maio de 1634."


SERRA DO CUITÉ - RIO UCÁ
"Governo de Pedro Monteiro de Macedo.
O tenente Antonio Gomes de Macedo, morador no lugar das - Bananeiras da freguezia de Mamanguape que descobrio um olho d'agua, chamado dos Brandões entre a serra do Cuité  e o rio Ucá, e como não tem terras suficientes par crear seos gados, pedia a mercê de três legoas de comprimento e uma de largura, pegando da parte do poente para a parte do nascente, fazendo peão no dito olho d'agua, chamado dos Brandões com todos os seos logradoros.
Fez-se a concessão em 18 de novembro de 1734". 

*** Trata-se da Serra dos Brandões que atualmente faz parte de Picuí -PB. Este Antonio Gomes de Macedo é o mesmo proprietário de terras em Bananeiras citado em outros registros (vide postagens sobre Aldeia de Santo Antonio da Boa Vista / Solânea). 


imagem Hemeroteca Digital - Gazeta do Sertão 9/5/1890

sábado, 26 de julho de 2014

TAPUIAS - COSTUMES E HÁBITOS

CULTURA TAPUIA
É precário e limitado o conhecimento que temos sobre a cultura dos Tapuias. A bem da verdade, muito pouco sabemos sobres os indígenas que habitavam o território brasileiro antes da chegada dos portugueses.
No Brasil, a presença humana está documentada no período entre 11 e 12 mil anos atrás, ou seja, tempo demais para os poucos conhecimentos que temos sobre esses agrupamentos humanos.
Recentemente, a população indígena estimada em 1500 era de mais de três milhões de pessoas, povoando o litoral e interior.
Pouco se comparada ao número de habitantes que nosso país tem atualmente - cerca de 200 milhões - mas, numerosa, se comparada à população de Portugal, naquele mesmo ano, que não chegava a 1,2 milhões.
Ao contrário dos potiguaras, que eram tupis e habitavam o litoral, os tapuias viviam no interior.
Alguns tapuias que habitavam o interior do Rio Grande do Norte e Paraíba eram chamados "tarairu", termo pejorativo que significava espinha de traíra (peixe).
Assim como nem todas as tribos do litoral eram tupis, nem todas as do interior eram tapuias, pois no decorrer dos séculos, devido ao processo migratório, uma tribo podia se deslocar mais do que outra, atingindo domínios antes ocupados por outra tribo.
Essa sucessão de tribos no mesmo lugar, mas em épocas distintas, ocorreu com certa frequência o que dificulta ainda mais o estudo de certas nações indígenas.
Além disso não podemos esquecer que ao longo do tempo ocorreu uma miscigenação que confunde ainda mais qualquer pesquisador.
Até hoje desconhecemos os nomes de muitas nações. Das que temos notícias, existe uma verdadeira confusão, já que os nomes que sobreviveram aos dias atuais podem ser apenas alcunhas que, de forma pejorativa, lhe impunham vizinhos ou inimigos.
Entretanto, apesar desses fatos, reconhecemos uma semelhança de costumes e características que nos dá indício de que os indígenas tinham uma mesma origem, embora tenham ao longo do tempo ramificações distintas.
São tapuias os Caicós, Curemas, Paiacus, Janduís, Pegas, Sucurus e Canindés.
Tinham como características físicas o rosto largo, cabelos lisos e pretos. De estatura superior aos tupis, pés e mãos pequenos.
Os homens faziam buracos nas orelhas e no lábio inferior onde inseriam ossos ou madeira.
Cortavam o cabelo em forma de cuia, e os homens usavam penas amarradas com embira na cabeça.
Pintavam o corpo com tinta de urucum, jenipapo ou carvão.
Eram pescadores, mas não usavam o anzol  mas o arco e flecha e armadilhas feitas com cestaria.
Os arcos eram grandes, de madeira flexível, sendo que era utilizado o "pau d'arco", nome popular de várias árvores de ipê (roxo, amarelo e branco). Também usavam lanças.
Suas habitações eram precárias, feitas de paus amarrados com embira (folha da palmeira) e cobertas de folhas.
Mantinham sempre, dia e noite, uma fogueira acessa, pois como faziam fogo por fricção entre duas madeiras era mais fácil manter alguma brasa acessa do que criar uma.
A caça, ao lado da pescaria, era sua principal fonte de proteína. Por tal motivo eram hábeis caçadores.
Só os homens pescavam e caçavam, todo o resto do serviço era feito pelas mulheres, que se ocupavam de coletar frutos silvestres, raízes, ovos de pássaros. Além disso, cabia as mulheres os trabalhos de cestaria, do preparo das comidas, dos cuidados com as crianças e armazenamento da água.
Além do arco e flecha, faziam machados de pedras e machadinhas que podiam ser feitas de qualquer material cortante.
As cuias eram obtidas principalmente das cabaças, mas também da pouca cerâmica que fabricavam com barro cozido, que abandonavam quando migravam para outro sítio, já que o peso obrigava a isto.
Eram hábeis na confecção de cestaria. Usavam fibras de caroá, que tingiam com o umbu, jenipapo e outros.
Gostavam de festas, de música e de dança. Faziam bebidas com a fermentação de frutos.
O sal era desconhecido.
Em relação aos mortos, há grande diferença entre as tribos. Umas comiam os corpos de seus mortos. Outras os enterravam em grandes vasos de barro.
Homens e mulheres usavam pulseiras e tornozeleiras
As uniões eram seladas cedo, mulheres após os 11 anos de idade, e homens após os 13.
Não tinham prole grande, e muitas crianças morriam cedo. Mulheres morriam de parto com frequência o que em parte justificava a poligamia dos homens.
Eram guerreiros e, apesar do grande desconhecimento que temos, a grande maioria dos nordestinos descende deles, e conservam o jeito simples, alegre e divertido daquele povo. 

sábado, 12 de julho de 2014

ALDEIA - SOLÂNEA/PB

ALDEIA
Em 1718, os índios sucurus solicitaram e obtiveram a concessão de terras, onde já habitavam há algum tempo, na "Serra da Boa Vista", no lugar do "olho d'água", para que "pudessem viver e plantar suas lavouras".
A população da aldeia naquela época era de aproximadamente 94 indivíduos, a maioria pertencente ao mesmo núcleo familiar composto de crianças e adolescentes.
Segundo consta o local onde se fixaram os sucurus, que vieram para a Paraíba justamente para combater os tapuias, cujos domínios se estendiam entre os rios Curimataú e o Araçagi, era muito fértil e abundante em água de boa qualidade - útil ao ser humano e para a criação de gados.
Uma vez concedidas as terras a aldeia rapidamente prosperou. E, como em todos os aldeamentos indígenas da época a presença de missionários se fez presente, embora não sendo certo o ano em que ali chegaram.
A única certeza que se tem, advinda de fontes históricas, é que alguns religiosos de Santa Tereza marcaram presença durante algum tempo e,  são deles a iniciativa da construção do primeiro oratório, por volta de 1730, cujo orago era Santo Antonio. Passando o lugar a ser denominado "Aldeia de Santo Antonio da Boa Vista".
Conforme comprova o registro abaixo, que é muito interessante pois comprova a presença na aldeia também de tapuias. 
imagem family search
"Aos nove dias do mez de março de mil sete sentos trinta e douz annos na Capela da Boavista, administração dos sucurus e canindés, em licença minha batizou sem os santos oléos o Pe Manoel Jorge da Costa a Firmiano, filho natural de Antonia, tapuya, escrava do tenente Antonio Gomes de Macedo".
Com a fixação de uma grande cruz de madeira na área central da aldeia e algumas adaptações passaram a impor normas e costumes europeus na comunidade, tais como a proibição da nudez, construção de palhoças separadas para abrigar casais e sua prole, além da catequese.
A obrigatoriedade do batismo com nomes portugueses foi uma das práticas utilizadas que visava acabar com a identidade cultural dos membros da aldeia. Por outro lado, os religiosos proibiam também que os índios e seus descendentes fossem chamados de "caboclo", termo que consideravam pejorativo e ofensivo. Muito embora se saiba que foram assim denominados por muito tempo. Sendo que passou a ser apelido da família e até sobrenome.
Meu avô paterno LUIZ SEVERIANO DA COSTA, cuja pequena biografia tratei em outra postagem, era chamado por LUIZ CABOCLO, pois era da  "família CABOCLO". Muito embora até hoje ainda não consegui determinar com precisão sua ascendência indígena.   
O lugar onde foi fixada a cruz virou referência, sendo certo que até meados do século XIX podemos encontrar registros paroquiais onde o local era designado de "CRUZ DA ALDEIA".
Em relação ao "olho d'água" citado na concessão de terras, que se tratava de uma fonte ou nascente, ou seja, a água que surge por afloramento do lençol freático, podemos dizer que era incomum, já que seu volume era grande, bem diferente de outras nascentes do brejo paraibano.
Da mesma forma que a cruz virou referência, o olho d'água também, sendo certo que próximo a ele muitos passaram a residir, passando a ser denominado "OLHO D'ÁGUA DA ALDEIA".
Cabe ressaltar, que o município de SOLÂNEA\PB, além da ALDEIA, tem atualmente em sua zona rural, algumas localidades cujos nomes datam de pelo menos dois séculos, tais como: LAGES, BOM SUCESSO, LAGOA DE TANQUES, MATINHAS, JACARÉ, SALGADO e OLHO D'ÁGUA SECO.   
Outras como SANTA TEREZA e FAZENDA VELHA são reminiscências da antiga presença no local dos religiosos missionários de Santa Tereza na primeira metade do século XVIII. Desnecessário dizer que no período a quantidade de crianças batizadas com os prenomes ANTONIO e TEREZA também chama a atenção.  
O certo é que o OLHO D'ÁGUA DA ALDEIA era de grande importância naqueles tempos. Tanto é que não tardou que começaram os conflitos entre os índios aldeados e os fazendeiros fixados em terras ao redor. A água era vital e, em consequência, bem precioso.
Com o Diretório dos índios (a partir de 1758) e a política pombalina começam a surgir mudanças, entre as quais as transferências para outras aldeias. Daí ser uma consequência natural, que fosse também afetada a ALDEIA DE SANTO ANTONIO DA BOA VISTA.
Muitos índios já estavam completamente integrados na denominada sociedade local através de casamentos com o colonizador "português" e haviam pedido totalmente sua identidade cultural. Os poucos que restavam na aldeia que resistiram foram transferidos  e suas terras quase que imediatamente ocupadas. 
Até 1786, encontrei registros de batizados na capela da Boa Vista, como o que segue abaixo do batismo de DAMIÃO, em 24/04/1786, filho de Jozé Barreiro e sua mulher Angela Maria.  
imagem family search


OU de IGNÊS, batizada em 29/05/1846, na Capela de Santo Antonio (registrada no livro de batismo de Bananeiras)
imagem family search
É importante ressaltar que, bem próximo à Aldeia, um agrupamento humano surgiu, tornando-se próspero, já que era ponto de passagem do caminho que ligava o litoral ao sertão,  a "CHÃ DO MORENO". Aliás, é bom destacar que o referido caminho remontava a época pré-cabralina, muito utilizado pelos índios de várias etnias.  
Chã, Chan ou Xam era como chamavam antigamente uma terra plana na serra, razão pela qual a localidade tinha uma bela vista da aldeia, embrião do que é hoje a cidade de SOLÂNEA.             
Chã do Moreno prosperou, por outro lado a antiga ALDEIA, apesar de sua opulência, quase que completamente despareceu dos registro históricos. E, o pior crime que poderia se cometer ocorreu ao longo dos anos, simplesmente nenhum estudo sério foi feito no sentido de resgatar  sua importância histórica. Nenhuma investigação arqueológica. Nenhum rastreamento. Nenhum interesse... Nada. Uma lástima. E, assim tem sido em relação à cultura indígena, fadada ao esquecimento e degredo.
Felizmente, sobre o antigo olho d'água algumas pessoas deixaram registros, tais como Tancredo de Carvalho, que em Memórias de um Brejeiro (1975), narra a alegria que tinha na sua infância (por volta de 1909) de "descer" de Moreno para tomar banho na "fonte da Aldeia".  

quinta-feira, 19 de junho de 2014

CONDENADOS - 1864 - PARAÍBA

Segundo o jornal O Publicador (1864), existiam 121 presos na cadeia da capital. Destes, apenas duas eram mulheres: ROSALINA MARIA DA CONCEIÇÃO, cumprindo pena de 5 anos e 3 meses de prisão por "ferimentos graves" e MARIA IGNÁCIA, ainda aguardando julgamento por estelionato.
Os escravos recebiam penas severas, e a poligamia não era tolerada.
Os principais delitos cometidos eram homicídios e furtos, e as penas bem variadas.
Alguns dos condenados e suas penas:
FELIPPE BEZERRA CAMPOS, 9 anos e 4 meses por furto.
MARCULINO PEREIRA DA SILVA, 3 anos, 1 mês e 10 dias por furto.
MANOEL BAPTISTA DOS SANTOS, 9 anos e 4 meses por homicídio.
MANOEL VENUTO COELHO, 4 anos, 8 meses e multa por tentativa de homicídio.
BÁLDOÍNO ALVES DE MIRANDA, 7 anos por poligamia.
JOÃO BAPTISTA DE MORAIS, 4 anos e 8 meses por furto em Brejo D'Areia.
JOSÈ FRANCISCO DE OLIVEIRA, 3 anos, 1 mês e 10 dias por crime de defloramento.
JOAQUIM THEODORIO DE SOUZA, 7 anos por furto de escravos.
THOMAS FERNANDES DA SILVA, 14 anos por homicídio em Campina Grande.
ILDEFONSO, escravo, pena de morte por homicídio.
RAYMUNDO, escravo, pena de "galés perpetua" por homicídio.

ENGENHO PAU D'ARCO DE BANANEIRAS/PB

Entre 1800 e 1860, na área rural de Bananeiras, existiram muitos engenhos. Alguns sem qualquer importância, que não passavam de engenhocas rudimentares e que serviam apenas para produção caseira, mas, outros destacaram-se pela sua importância social e econômica para a região. 
Dentre estes últimos, temos TANQUES, GAMELLAS, CANAFISTULA, FARIAS E PAU D'ARCO.
Não é certa a data em que o engenho Pau D'Arco entrou em funcionamento, mas encontramos registros que comprovam que desde 1836 alguma atividade produtiva ali se desenvolvia. Tais registros estende-se  a 1858, significando que funcionou, pelo menos, durante 2 décadas. 
O proprietário do engenho era JOAQUIM DO REGO TOSCANO que aparece também como coronel JOAQUIM DO REGO TOSCANO DE BRITO, casado com Angela Maria, grande proprietário de terras na região e um dos que mais se aproveitou da mão de obra especializada de portugueses, que eram recrutados diretamente no porto do Recife, que atuavam como artificies.
Até hoje não consegui estabelecer o parentesco de JOAQUIM com o padre EMYGDIO (EMIGDIO) DO REGO TOSCANO DE BRITO, que aparece nos registros paroquiais de Bananeiras durante aproximadamente quarenta anos, ora oficiando um casamento, ora um batismo. O padre faleceu em Pilões/PB em 1879, onde foi enterrado.
Tinha ligações com a cidade de Santa Cruz/RN, como comprova o registro abaixo extraído do livro de Batismo de Santa Cruz, onde consta o batizado de Francisco, em 1887, filho de Candida, escrava pertencente ao espólio do padre.
imagem arquivo pessoal
Padre Emigdio celebrou muitos batizados da família PINTO, inclusive o de ANTONIA, em 23/11/1845, filha de de MANOEL JOZÉ PINTO (meu pentavô) e de sua segunda esposa JOSEFA. Este batismo ocorreu no oratório do engenho PAU D'ARCO.
Cabe ressaltar que, anos antes - em 1841 - JOAQUIM DO REGO TOSCANO foi testemunha do casamento de MANOEL e JOSEFA, conforme registro abaixo
imagem arquivo pessoal
Em Pau D'Arco haviam muitos escravos, intitulados nos livros paroquiais de "gentio de Angola", o que confirma o uso de mão de obra escrava para os serviços do engenho. Muitos destes escravos permaneceram no local, pois são encontrados registros deles até 1897, sendo crível que passados mais de século, ainda existam nas redondezas algum  de seus descendentes. 
Atualmente, o antigo engenho ainda conserva seu nome, mas não sua opulência do passado. É uma localidade rural de Bananeiras, com poucos moradores, muitas das vezes chamada de Sítio Pau D'Arco.
Contemporâneo ao engenho Pau D'Arco o engenho IMBIRIBEIRA,de VICENTE DO REGO TOSCANO (casado com Maria Joana), distava cerca de "10 léguas" do primeiro. Pelo sobrenome do proprietário é lícito afirmar que são da mesma família. No entanto, não tenho maiores informações a respeito.
Outros indivíduos da mesma família encontrados em Bananeiras são:
ANTONIO DO REGO TOSCANO, casado com JOANNA MARIA. Filho ANTONIO (batizado em 10/8/1847).

PROCÓPIO DO REGO TOSCANO, casado com ROMANA MARIA, filhos: 1) ANTONIO (29/06/1857); 2) FRANCISCA (8/08/1864) e 3) SALVINA (1863) e 4) SALUSTIANO (1876)

ALVARO DO REGO TOSCANO casado com MARIA GUILHERMINA DE SOUZA (filha de 
DOMINGOS RIBEIRO DE SOUZA - meu hexavô). Filha: FRANCISCA (batizada em 13/01/1865 e MARIA em 1862. 

    


sábado, 31 de maio de 2014

PILÕES - PB

A origem do nome é uma referência a um antigo engenho de pilões, que servia para moer grãos, algumas vezes chamado de casa de moenda.
Os pilões eram de madeira, movidos manualmente ou por tração animal.
Com a cafeicultura, os engenhos de pilões adquiriram uma grande importância para a economia, razão pela qual o primitivo lugar conservou seu nome até os dias atuais,  embora a historiografia "oficial" teime em dizer que o nome deriva de antigas formações rochosas existentes.
Não é certa a data em que os primeiros habitantes ali chegaram. Recentemente foi descoberto um sítio arqueológico, com muitas peças de cerâmica, que confirmam que a ocupação do lugar por indígenas é bem antiga, datando de no mínimo 800 anos atrás.
Quanto ao colonizador branco sabe-se que já fixara seus domínios no final do século XVIII.
Nos registros paroquiais aparece como "PILOENS". 
Muitos batizados e casamentos ocorreram naquela localidade entre 1810 a 1812, o que demonstra que naquela época já era considerável o número de moradores.
 30/12/1811
Severino Bezerra com Joana Maria, ele filho de Seraphim de Oliveira  e ela filha de Francisco Rodriguez. Testemunhas  Francisco da Silva e Alberto Jozé da Fonseca

imagem family search

4/02/1812
Antonio Gomes, filho de Lourenço Gomes já defunto e Antonia de Deus, com Hilária Jacintha, filha de Francisco de Mello e Vicencia de Melo Paiva,  
imagem family search
 5/1/1812
Antonio Gomes, filho de José Gomes já defunto e Ana Maria, com Joana Baptista, filha de Manoel Francisco

 imagem family search

Outros casamentos em 1812
Fideliz dos Santos Carneiro filho de Fideliz dos Santos Carneiro já falecido e Leonor Correia com Jeronima Maria de Freitas, filha de José de Freitas e Thereza Maria.

José Francisco de Farias, filho de Manoel Jozé de Farias e Rosa Maria com Rozália Maria

Manoel Dias da Costa, filho de Manoel da Costa e Ignácia Maria, falecidos, com Maria do Espírito Santo, filha de Francisco dos Santos Oliveira. Testemunhas Capitão Luiz Ambrozio Marques e Manoel da Silva Pereira.

José Ferreira da Silva, filho de João ferreira da Silva e Brigida Maria, filha de José Dias da Silva.

Em 1853, inaugurando o livro de óbitos de Bananeiras, aparece o registro do sepultamento de DONATA, na capela de "Nossa Senhora do Rosário" de Pilões.