domingo, 28 de fevereiro de 2016

ANCESTRAIS DE MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS

ANCESTRAIS DE MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS, nascida em 21/09/1856, na Vila da Lagoa, Ilha de São Miguel, Açores, Portugal.

Pais
Joaquim Antônio de Medeiros (nascido em 14/06/1827) ***
Jacintha Cândida Botelho
        Casamento 1852

Avós
Antonio Jacinto Borges  (natural de Ponta Delgada)
Ana Jacinta Emília
         Casamento 1809
   
Felisberto Botelho 
Ana Joaquina (Máxima)
       Casamento  (22/11/1830 - Ermida de Nossa Senhora do Livramento- São Roque)
Tiveram vários filhos, dentre os quais  Antonio, nascido em 29/9/1933. 

Bisavós
Francisco Bernardo Borges
Laureana Joaquina

Pedro de Medeiros
Maria Joaquina

Camillo José Botelho (casado antes de !801)
Ana Felicia

Antonio de Souza casamento em 26/12/1805, Ermida de Nossa Senhora do Livramento)
Joaquina do Carmo (eram primos)

Trisavós

Felisberto de Mello
Escolástica Thereza

José Martins Fontes
Antonia do Espirito Santo

José de Souza
Thereza Francisca

Joaquim José de Souza 


*** Consta que outros irmãos de JOAQUIM ANTONIO DE MEDEIROS também imigraram para o Brasil com as suas famílias fixando moradia em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, como FRANCISCO JOAQUIM BORGES DE MEDEIROS, casado com Candida Jacintha de Paiva. 


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS

MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS (minha bisavó materna) nasceu no dia 21 de setembro de 1856, na Vila da Lagoa, na Ilha de São Miguel (a maior ilha do Arquipélago dos Açores, Portugal).

Foi batizada no dia 25 de setembro do mesmo ano na Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Filha de JOAQUIM ANTONIO DE MEDEIROS, natural da Vila da Lagoa, e de JACINTHA CANDIDA BOTELHO.

Neta paterna de ANTONIO JACINTO BORGES e de ANA JACINTA DE MEDEIROS, naturais da paroquia de São Pedro da Cidade de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel.

Neta materna de FELISBERTO BOTELHO e ANNA MAXIMA, do lugar do Rosto de Cão da freguesia de São Roque, Ponta Delgada da Ilha de São Miguel.

Bisneta de Francisco Bernardo (Borges?) e Laureana Joaquina
Bisnta de Pedro de Medeiros e Maria Joaquina
Bisneta de Camillo José Botelho e Ana Felícia
Bisneta de Antonio de Souza e de Joaquina do Carmo

Maria das Mercês imigrou para o Brasil,junto com seus pais e irmãos, por volta de 1860.

Casou-se aos 15 anos de idade, no dia 6 de novembro de 1871, em Três Rios/RJ, com MANOEL PEREIRA GOMES, nascido em 6 de agosto de 1842 em Santa Eulália de Cabanelas, Braga, Portugal

ANCESTRAIS DE MANOEL PEREIRA GOMES


ANCESTRAIS DE MANOEL PEREIRA GOMES (nascido em 6/8/1842 em Santa Eulália de Cabanelas, Vila Verde, Braga, Portugal). FALECIDO EM 14/03/1916, EM ALBERTO TORRES/RJ - BRASIL 

Pais
José Custódio Gomes de Carvalho
Joaquina Pereira do Lago
        Casamento 17/06/1833

Avós
Manoel José Gomes de Carvalho
Joanna Oliveira

Antônio Francisco Pereira 
Anna Pereira do Lago
       Casamento 18/11/1805

Bisavós
José de Carvalho
Rosa Gomes

Luiz Francisco de Oliveira
Maria Custódia Francisca

Domingos Francisco
Úrcela Domingues Pereira
         Casamento 5/10/1776

José Lopes
Rosa Francisca
        Casamento 12/11/1760

Trisavós
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Manoel Gonçalves
Maria Francisca

Domingos Francisco Pereira
Ana Domingues Pereira

Francisco Lopes
Maria Pereira do Lago

Custódio Martins
Marianna Domingues



ÁRVORE GENEALÓGICA

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O FILHO DA VIÚVA MARIA ROSA - CURIOSIDADE GENEALÓGICA

Ao longo dos anos pesquisando em registros paroquiais já encontrei muita coisa estranha. Mas, nada se compara ao registro de batismo de Bento, filho da viúva Maria Rosa, nascido em 12/07/1809 (em Portugal).
O padre fez questão de deixar registrado, de uma maneira peculiar, que Bento não poderia ser filho do falecido marido de Maria Rosa, a qual considerou de mulher “não honesta”, que traía seu marido Vicente da Silva e que logo após o falecimento deste ainda foi “visitada” pelo “cúmplice” (pai de Bento?).

A transcrição do registro é esta:
“Bento, filho de Maria Rosa, viúva que ficou de Vicente da Silva do lugar .... nasceu aos doze dias do mês de julho de mil oitocentos e nove e foi batizado solenemente aos dezesseis dias do dito mês. Não me atrevo a afirmar que o batizado seja filho de Vicente da Silva porquanto este parto excedeu muito as leis ordinárias da natureza, vi contando de dezessete de setembro de mil oitocentos e oito, dia em que o faleceu o sobredito até doze de julho de mil oitocentos e nove que foi o dia do parto e vim a fazer a conta de nove meses e vinte e cinco dias, ajuntando a isto três semanas pouco ou mais ou menos em que esteve gravemente enfermo tudo vem arrolar sem escrúpulo algum dez meses e meio e os doutores que escrevem sobre esta matéria benignamente ampliam o tempo dos partos em favor das mulheres honestas, circunstância que não se verifica na sobredita viúva MARIA ROSA, porquanto sendo casada foi por mim repreendida e juntamente o cúmplice e logo que ficou viúva foi culpada nas visitas, ambos fizeram um termo de confissão, se algum dia houver disputa sobre este parto aqui fica tudo exposto e declarado e vamos concluir.”
Imagem parcial do registro, pois como disse o padre “se algum dia houver disputa sobre o parto” melhor não se meter na contenda.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

MANOEL PEREIRA GOMES

Quando comecei a pesquisar as origens dos meus ancestrais resolvi dividir as famílias para facilitar o trabalho.
A primeira parte foi a de meus ancestrais franceses, ramo do meu avô materno Pierre Audebert, que resultou em um livro : A FAMÍLIA AUDEBERT, imigrantes franceses e seus descendentes brasileiros.
A segunda foi dos meus avós paternos, LUIZ SEVERIANO DA COSTA e IZABEL ALEXANDRINA BORGES, que resultou no livro  GENEALOGIA SERTANEJA:  Famílias Pinto e Oliveira do Brejo Paraibano e da Borborema Potiguar.
A terceira e última parte dos meus ancestrais portugueses (de minha avó materna ELVIRA PEREIRA GOMES) que também resultou em um livro que ainda não publiquei devido ao fato de que não esgotei as pesquisas da minha linha paterna.
Mas, como o tempo é por demais traiçoeiro, razão pela qual posso demorar mais tempo do que o previsto para disponibilizar o livro, resolvi postar algumas informações neste blog começando pelo patriarca da família PEREIRA GOMES  (de Três Rios/RJ).  

MANOEL PEREIRA GOMES, meu bisavô materno, nasceu no dia 6/8/1842 no lugar da Aldeia na Freguesia de Santa Eulália de Cabanelas (atual Concelho de Vila Verde, Braga, Portugal). Faleceu aos 73 anos em Alberto Torres/RJ (Brasil) no dia 14/03/1916.  Foi enterrado no cemitério de São José em Três Rios/RJ.
Foi fazendeiro em Paraíba do Sul/RJ. Deixou 11 filhos e 45 netos (estando seus descendentes já na sétima geração).


Manoel era filho de José Custódio Gomes de Carvalho (também conhecido como José Gomes) nascido por volta de 1807 e de Joaquina Pereira do Lago (20/06/1811).

Consta no seu registro de batismo: 
"Manoel, filho de José Custódio Gomes de Carvalho e de Joaquina Pereira do Lago, neto pela parte paterna de Manoel Gomes de Carvalho* e de Joana de Oliveira, e pela parte materna de Antonio Francisco Pereira e de Anna Pereira do Lago do  lugar da Aldeia desta freguesia de Santa Eulália de Cabanelas nasceu no dia seis do mês agosto de mil oitocentos e quarenta e dois e foi por mim solenemente batizado no dia sete do dito mês e ano a quem pus os santos óleos e foram padrinhos seu thio Jerônimo Pereira do Lago e madrinha Nossa Senhora do Rosário representada por Ana Fernandes, mulher de João Fernandes de Portuzelo, e para constar fiz este assento que assino com o padrinho Manoel José Gomes de Negreiros".
 * Aparece como MANOEL JOSÉ GOMES DE CARVALHO, irmão de CUSTÓDIO JOSÉ GOMES DE CARVALHO (morador da cidade de Braga). MANOEL GOMES DE CARVALHO E JOANA OLIVEIRA (meus tetravós) tiveram outros filhos como JOÃO  GOMES (nascido em 6/2/1801)/Maria (nascida em 7/3/1803) e CUSTÓDIO JOSÉ GOMES(nascido em 1/12/1808)  

Seus pais casaram-se  no dia 17 de junho de 1833, conforme registro abaixo

são irmãos conhecidos de MANOEL, filhos de JOSÉ CUSTÓDIO GOMES E DE JOAQUINA PEREIRA DO LAGO:
- JERÔNIMO PEREIRA GOMES
- TEREZA PEREIRA GOMES (nascida em 28/11/1847
- ROZA (nascida em 27/05/1845)
- ANTONIO PEREIRA GOMES (nascido em 28/08/1850. Imigrou para o Brasil, onde faleceu no dia 27/03/1911 em Três Rios/RJ).
- ANNA (nascida em 17/9/1852)
* o número de filhos pode chegar a 10

JOAQUINA PEREIRA DO LAGO nasceu no dia 20/06/1811,  era filha de ANTONIO FRANCISCO PEREIRA (DO LAGO) (nascido em 1776) e de ANNA LOPES.
Neta paterna de DOMINGOS FRANCISCO (nascido aproximadamente em 1740) e URCELA DOMINGUES PEREIRA  e neta materna de JOSÉ LOPES E ROSA FRANCISCA (do lugar das Eiras) 

JERÔNIMO PEREIRA DO LAGO, irmão de JOAQUINA PEREIRA DO LAGO, foi casado com DOMINGAS DA SILVA. O casal teve os seguintes filhos : ANNA (14/06/1853); MARIA  (2/02/1852) Joaquina (12/07/1850).

JOSÉ PEREIRA DO LAGO, outro irmão de Joaquina, nasceu em 22/9/1806.

O abade de Santa Maria de Sobreposta JERÔNIMO PEREIRA DO LAGO era tio de JOAQUINA.

MANOEL PEREIRA GOMES casou-se no dia 6/9/1871 na Capela da Baronesa de Entre Rios (Capela de Nossa Senhora da Piedade de Três Rios/RJ - Brasil) com MARIA DAS MERCÊS BOTELHO DE MEDEIROS (minha bisavó), filha de JOAQUIM ANTONIO DE MEDEIROS e JACINTHA CANDIDA BOTELHO, natural da Vila da Lagoa, também de Santa Eulália de Cabanelas.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

ESCOLA ESTADUAL QUINTINO BOCAIUVA - SANTA CRUZ/RN - 100 ANOS DE HISTÓRIA

Em 1864 foi criada a primeira cadeira de instrução primária para o sexo masculino em Santa Cruz, sendo seu primeiro professor Francisco Gregório Alves.
Somente em 1882 é que foi instalada a cadeira para o sexo feminino com a professora Joana Evangelista de Morais Barros.
Merece destaque o professor Hermilo Fernandes de Lima que durante 15 anos (1874 a 1889) lecionou e, Santa Cruz.
No entanto, o primeiro grupo escolar, criado pelo decreto n° 26 de 7/12/1914, foi o GRUPO ESCOLAR QUINTINO BOCAYUVA, que começou suas atividades em 1915, completando em 2015 cem anos de pleno funcionamento.
Hoje, com o nome de Escola Estadual Quintino Bocaiuva (ensino fundamental) continua funcionando no mesmo prédio localizado na avenida Cosme Ferreira Marques 105 no Centro.
O número de alunos que teve durante este século de atividades é impreciso, mas, sem dúvida, ultrapassa a casa de 20 mil, e o de professores mais de 200 o que demonstra sua importância para a história da cidade de Santa Cruz/RN.
Apesar de ser uma instituição de ensino centenária, parece que pouco ou nada tem sido feito pelo poder público para preservar sua memória. Desconheço qualquer ação neste sentido, mesmo em relação ao prédio em que funciona que guarda traços arquitetônicos da primeira metade do século XX.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

GENEALOGIA - LINHAGENS ANCESTRAIS

O interesse pelos antepassados é a base da genealogia.
Montar a árvore genealógica, identificando cada linha ancestral é uma tarefa até certo ponto fácil quando retrocedemos apenas algumas gerações. Mas, a coisa se complica e vai ficando cada vez mais difícil.
O motivo é que o número de antepassados cresce exponencialmente a cada geração: 2 pais, 4 avós, 8 bisavós, 16 trisavós, 32 tetravós, 64 pentavós, 128 hexavós, e assim por diante.
Então, em 20 gerações, ou cerca de 500 anos, se considerado o intervalo de 25 anos entre uma geração e outra, teríamos 1.048.576 ancestrais? 
Não é bem assim, já que os casamentos endogâmicos sempre ocorreram, o que reduz muito tal número. Mas, mesmo assim ainda seria uma quantidade absurda de pessoas.
Certa vez, ao tentar calcular o número provável de descendentes de meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO, decorridos pouco mais de 200 anos do seu nascimento, me dei conta que seria uma tarefa impossível. 
Por outro lado, apesar de todo meu esforço para identificar cada um dos meus ancestrais, só completei até agora, 7 gerações e nesta linha um total de 52 indivíduos, isto porque na minha família paterna eram comuns os casamentos consanguíneos. 
É certo que, em algumas linhas (gerações), cheguei até 1650, mas, na grande maioria não passei do século XVIII.  Claro que eu só publico algo com base em documentos. Não dá para especular, como muita gente faz e acaba por criar uma árvore genealógica "fantasiosa".
Sei que a população estimada de Portugal em 1500 era de 1.200.000 habitantes. Portanto, é quase certo que eu descenda de grande parte deles. Como aliás descendem a maioria dos brasileiros, que, em consequência, são meus parentes ainda que longínquos. 
Outra coisa interessante, que muita gente esquece, é que os portugueses carregam no seu DNA séculos de "mistura genética" com outros povos europeus além do que os mais de 700 anos de convivência com os povos do norte da África e com os judeus deixaram suas marcas. 
Em resumo: quando dizemos que descendemos de Fulano ou de Beltrano é importante não esquecer que descendemos também de outros tantos.  Citar apenas um como se fosse o único é criar uma imagem totalmente distorcida da realidade.
Mas, o que a grande maioria quer mesmo é noticiar que descende de um personagem famoso da história, como é o caso dos descendentes de ANACLETO CORREIA DE FARIA, o Barão de Itaperuna, que, segundo foi noticiado recentemente pela mídia, querem provar que são descendentes de D. Pedro I, Imperador do Brasil, o qual teria tido um caso  com a escrava Faustina Jovita, mãe de ANACLETO.
 Mas, e seus ancestrais africanos de quem Faustina Jovita descendia? Parece que nunca existiram... 
Assim são as linhagens de algumas pessoas. Apenas um ancestral e está tudo certo. Mas, não é bem assim...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESCRAVIDÃO

No Brasil a escravidão está associada aos negros que foram trazidos da África entre os séculos XVI e XIX (um período de 388 anos).
Sobre o tema existem muitas pesquisas que resultaram em excelentes obras que retratam historicamente o regime escravocrata. Contudo, me parece que poucos esclarecem alguns pontos que considero fundamentais para entender as diferenças regionais que foram estabelecidas ao longo do tempo.
Para tanto é preciso retroceder na linha do tempo para preencher a lacuna que existe quando se fala em escravidão, até porque a ideia de igualdade entre os “seres humanos” é muito recente se considerada a longa trajetória das civilizações (datando dos últimos 250 anos).  
Nesses mais de 20 mil anos, desde o aparecimento das primeiras culturas agrícolas e urbanas, muita coisa aconteceu em se tratando de escravidão.
Sempre existiu uma hierarquia entre os “dominadores” e os “dominados”. Os primeiros desfrutaram da liberdade e certa independência, enquanto os outros eram considerados “humanos” de uma classe inferior.
Na antiguidade tanto os assírios, hebreus, gregos, egípcios como os romanos possuíam escravos que eram geralmente capturados nas guerras.
Os escravos tinham um papel de muita importância em todas estas culturas sendo considerada a escravidão legítima e legal. Na Bíblia encontramos várias referências aos escravos e de como eram tratados.
Assim, podemos dizer com probidade que a escravidão é tão antiga quanto a própria história da humanidade.
Muito antes da chegada dos portugueses no Brasil várias etnias indígenas também praticavam a escravidão subjugando membros de outras tribos vencidas em guerras.
Na África não foi diferente. Tudo aconteceu da mesma forma. Na verdade, até hoje temos notícias que no Sudão existem milhares de escravos vivendo de uma forma indigna. Negros que escravizam outros negros. Nesse caso não se trata de diferenças raciais e sim diferenças sociais.
No Brasil a escravidão começa justamente com os indígenas e durou quase 200 anos, e só não se estendeu devido à posição protecionista dos jesuítas aos “negros da terra”, como eram chamados os índios.
Mas, em se tratando de escravidão sempre temos em mente os escravos negros vindos da África, os quais quase sempre são tratados como uma população homogênea quando na verdade isto nunca existiu, já que diversas nações com culturas diferentes foram escravizadas e trazidas para nosso solo.
Debret e Rugendas retrataram em suas telas as diferenças tribais dos negros de Angola, do Congo, Benguela, Cabinda e Mina dentre outras nações. Sendo fácil observar traços faciais diferenciados, como é fato que falavam línguas ou dialetos diferentes e apresentavam variantes culturais distintas.
Logo, o único traço que os igualava era o fato de serem africanos e negros (seres considerados inferiores na hierarquia social da época).
Por outro lado, a elite dominante era branca e de origem europeia (seres considerados superiores na hierarquia social ).
Mas, nem tudo foi sempre uma questão de “preto e branco”. As miscigenações ocorreram gradualmente, sendo fácil encontrar nos antigos registros paroquiais muitos exemplos, como no casamento de ANTONIO FRANCISCO DE BRITO com IGNEZ MARIA DA CONCEIÇÃO, ele pardo livre e ela branca (1798). 
 



Ou de Marcelino dos Santos, índio e Joana, parda cativa (1799).

 Grande parte dos brasileiros descendem das três "matrizes" (índios, negros e brancos). Mas, infelizmente, em se tratando de genealogia é muito difícil recuperar a linhagem genealógica senão aquela ligada aos "brancos europeus". A tecnologia tem ajudado de certa forma com a pesquisa de DNA ancestral que permite identificar a origem geográfica dos ancestrais, mas ainda é muito pouco para quem tem busca os seus antepassados.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

UM ITALIANO EM BANANEIRAS - FRANCISCO ANTONIO MARTINS

Notícia curiosa  publicada no jornal O PUBLICADOR de 30/01/1864 informa que:
" Na povoação de Araruna o italiano FRANCISCO ANTONIO MARTINS foi roubado na quantia de 4 contos de réis e para este fim arrombaram-lhe a casa. Recaindo suspeitas sobre Herculano Ferreira Lima, parente do subdelegado em exercício Antonio Ferreira da Costa Lima que imediatamente prendeu o seu parente e passou o exercício da subdelegacia ao seu suplente."

Consta que este FRANCISCO ANTONIO MARTINS era filho do italiano Martins Verindeiro (o nome parece que foi "aportuguesado"). Contudo, nenhuma confirmação documental encontrei até agora.
Mas, a existência de um italiano em Araruna antes de 1870 foi uma surpresa, pois a imigração italiana para as cidades do brejo paraibano e regiões vizinhas só ocorreu depois desta data. 
A opção dos italianos pelo Brejo Paraibano foi justamente pelo clima ameno favorável à agricultura.
Ainda hoje existem descendentes de italianos naquela região que desconhecem tal fato, uma vez que muitos de seus ancestrais simplesmente se "adaptaram" aos costumes da época, como por exemplo "aportuguesando" os prenomes  e sobrenomes.
Como parece ser o caso de MARTINS VERINDEIRO.
O sobrenome MARTINS é de origem portuguesa, mas também encontrado na Espanha como MARTINEZ. 
Na Itália, encontramos MARTINO, mas é muito difícil dizer como e quando a grafia original foi mudada no caso de estrangeiros.
Para os estudiosos de genealogia fica a dica.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO - FILHA DE MANOEL JOZÉ PINTO

No testamento de MANOEL JOZÉ PINTO, datado de 1865, consta que tinha duas filhas com o mesmo nome, ou seja, MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO.
A primeira, casada com  JOÃO GOMES DOS SANTOS, encabeça a lista dos herdeiros, indicando ser a filha mais velha, fruto do casamento de MANOEL com sua primeira mulher ANNA JOAQUINA, nascida por volta de 1818.
E outra MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, que é listada como sendo a de número 9 (dentre 14 herdeiros), logo após IGNÁCIO JOÃO PINTO, seu irmão que teria 18 anos na época ( nascido em 1846/1847). Então, por dedução, esta MARIA FRANCISCA, apesar de casada e já mãe, deveria ter 17 anos, nascida por volta 1848, já que não encontrei o registro correspondente de seu batismo e tampouco de seu casamento com FRANCISCO SEVERINO DE OLIVEIRA.
Nos livros paroquiais consta o batismo de MANOEL, filho de MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO E FRANCISCO SEVERINO DE OLIVEIRA, nascido no dia 12/10/1864 e batizado no dia 8/01/1865 em Bananeiras/PB. Sendo padrinhos JOSE PINTO DA SILVA (seu irmão) e sua mãe JOSEPHA MARIA DA CONCEIÇÃO.

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Outro filho do casal foi CLAUDINO JOSÉ DE SOUZA, nascido por volta de 1870, que se casou em 14/02/1889 com FELISMINA MARIA DA CONCEIÇÃO (provavelmente sua prima de segundo grau), filha de MANOEL GOMES DOS SANTOS e  IDALINA BATISTA.

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Considerando que as famílias eram numerosas é certo que MARIA FRANCISCA teve mais filhos, além de MANOEL e CLAUDINO (netos de MANOEL JOZÉ PINTO). Infelizmente, ainda não encontrei todos, até porquê, ao que tudo indica assumiram o sobrenome SOUZA, tal qual Claudino.