sexta-feira, 31 de maio de 2013

RAIMUNDO DE OLIVEIRA PINTO

Registro de batizado:
“Aos dezoito de setembro de mil nove centos trinta e um, na matriz, baptisei  solenemente a Raymundo, nascido aos trinta e um de maio do dito ano, filho legitimo de Luiz Severiano da Costa e Isabel Alexandrina da Costa, foram padrinhos Theophilo Ferreira da Rocha e Maria Augusta da Rocha, do que mandei fazer este termo que assigno. Vigário José de Oliveira Barbalho. (Livro 34, fl. 5 verso, registro 735 – Batismo – Paróquia de Santa Cruz (RN)).


imagem: arquivo pessoal

Raimundo era o oitavo filho, de um total de catorze, do casal LUIZ SEVERIANO DA COSTA E ISABEL ALEXANDRINA BORGES. Segundo consta na sua certidão de nascimento, nasceu no sítio Terra Firme no município de Santa Cruz (RN).
Até os 18 anos,  viveu na zona rural de Santa Cruz, junto com seus pais e irmãos, como agricultor. Durante toda a sua vida adorava plantar e lidar com animais.
Foi alfabetizado e cursou o antigo primário no Grupo Escolar Quintino Bocaiúva de Santa Cruz entre 1945 e 1949.
Participou do Grupo de Escoteiros naquela cidade e, também foi um dos primeiros alunos no curso de datilografia em 1948.
 imagem arquivo pessoal
 imagem arquivo pessoal
Astuto e esperto, com memória privilegiada, Raimundo se destacou entre seus colegas, e sempre dizia que foi uma professora que lhe aconselhou a seguir a carreira militar. Fez o alistamento eleitoral junto aos fuzileiros navais em 1949.
imagem: arquivo pessoal

Naquela época, a base naval mais próxima era em Natal (RN), distante 110 km de Santa Cruz, para onde seguiu.
De Natal foi mandado para o Rio de Janeiro, aonde chegou depois de uma viagem de nove dias a bordo do navio Pará. Raimundo serviu como fuzileiro naval por três anos, deu baixa e depois, aprovado em concurso, entrou para o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Soldado do fogo, foi galgando todas as patentes até se aposentar como subtenente e, posteriormente, segundo tenente. 
imagem: arquivo pessoal
Corajoso, estava sempre pronto a ajudar quem quer que fosse. Gostava de contar para seus filhos as histórias de Mané Franco e de Trancoso. Os netos ainda guardam na lembrança o início da história que dizia “... meu pai e minha mãe vejam que eu com Pinta matei sete, dos sete escolhi o melhor (Veja História de Trancoso em outro post)”.
imagem: arquivo pessoal
imagem: arquivo pessoal
Era um profundo conhecedor das leis militares, embora só tenha concluído o nível médio (antigo segundo grau que concluiu mediante exames supletivos). Era respeitado por seus colegas de farda e mantinha contato com seus antigos companheiros até falecer.
Ele mantinha contato frequente, até morrer, com seus ex-companheiros de 40/50 anos atrás e, com todos de sua família, embora tivesse deixado a sua terra natal há mais de 50 anos.
imagem: arquivo pessoal
Raimundo faleceu no dia três de julho de 2005, quando contava com 74 anos. Teve morte trágica em acidente de trânsito na rodovia federal BR 020, perto da cidade goiana de Formosa, quando estava acompanhado de seu enteado PAULO ROBERTO AUDEBERT DOMINGOS e voltava de uma festa junina ocorrida na fazenda de seu filho Marcos, localizada em Bezerra (GO), distante uns 100 km de Brasília, local onde ele morava.

Morreu fazendo o que mais gostava na vida: dirigir. Morreu por imprudência de outro motorista que, na contramão de direção, atingiu o seu carro. Chegou a ser atendido no Hospital de Formosa, mas não resistiu ao traumatismo decorrente do acidente.
Católico, extremamente religioso, fez um pequeno altar no seu quarto onde tinha várias imagens sacras onde rezava sempre. Devoto, assistia as missas e não deixava de fazer suas penitências. Sempre alegre e carinhoso, era extremamente amoroso com a família. Adorava música. Tocava clarinete e chegou a participar de bandas na década de 50.
Conheceu a sua esposa Dagmar (minha mãe) em uma viagem de trem no Rio de Janeiro, no ano de 1951, quando ambos se dirigiam ao trabalho. Dagmar, nesta época, trabalhava como chefe de costura (estilista) para Madame BASTOS, que tinha um atelier de alta costura. Raimundo, por sua vez, era soldado dos Fuzileiros Navais.
O início do namoro foi diferente, pois no primeiro encontro, ainda dentro do trem, Raimundo teria ficado muito interessado em Dagmar, que não deu qualquer atenção a ele. Mas, quando a viu descer em uma estação, ele também desceu e nos dias seguintes fez a mesma coisa até conseguir “puxar um papo” (como ele dizia) com Dagmar.
Ela gostou da conversa, mas quando entendeu que ele estava interessado em
um relacionamento amoroso desconversou, dizendo que ele era muito jovem, e que ela era viúva e tinha filho para criar. Mas, para sua surpresa, Raimundo não se afastou e insistiu muito com Dagmar, dizendo que poderiam ser somente “amigos”. A amizade não durou muito tempo e a insistência de Raimundo deu certo.
Três meses depois de se conhecerem já estavam casados. Os padrinhos do casamento foram Aparecida e Heitor (primos de Dagmar).

Raimundo e Dagmar em 1961
imagem: arquivo pessoal
Nem a diferença de idade entre o casal, nem a diferença de temperamento ou de formação impediu que fossem felizes durante 53 anos, até a morte de Dagmar, que ocorreu em 18 de dezembro de 2004, seis meses antes da morte de Raimundo.
Dagmar, minha mãe, falava pouco, com voz baixa e pausada. Educada e conservadora, tinha temperamento forte. Raimundo era o contrário. Falava alto, era brincalhão, adorava festas e era extremamente extrovertido.
Dois opostos que se atraíram. Mas, tinham muitas coisas em comum. Ambos
adoravam a leitura, viajar e amavam a família. Sempre tiveram um projeto de vida, que eles diziam ser o “pacto” que fizeram quando se casaram, qual seja, de viverem juntos e construírem uma família, um ajudando o outro e ambos com o mesmo ideal.
Após o casamento O casal morou, inicialmente em Honório Gurgel, subúrbio do Rio de Janeiro, e duas vezes em Brasília (1964 e 1967/69), antes de fixar residência definitivamente na Capital Federal em 1975.
O casal teve três filhos: MARCOS ANTONIO, AUGUSTO E ISABEL. Nove netos: EDUARDO, MARCOS ANTONIO, HELOÍSA, VICTOR CÁSSIO, BRÁULIO LUIZ, ARTHUR OCTÁVIO, RICARDO AUGUSTO, FÁBIO ALEXANDRES E CIRUS GUILHERME.
Raimundo e Dagmar com netos em 1989
imagem: arquivo pessoal
Para finalizar esta pequena biografia de meu pai RAIMUNDO, eu acrescento que dizem que todos nós temos um anjo da guarda, dependendo do dia do nascimento. Mas, as pessoas nascidas nos dias 05/01, 19/03. 31/05, 12/08 e 24/10 não possuem um anjo especifico e são chamados de “gênios da humanidade”, vez que são consideradas especiais e privilegiadas e têm o direito de escolher qualquer um dos 72 anjos como seu protetor, ou seja, com aquele com quem mais se identifica. Não têm um anjo específico, pois são protegidas por todos os anjos de todas as categorias.
Dizem que essas pessoas têm a missão de guardar a humanidade e, em outras vidas, fizeram sacrifícios pelo grupo em que viviam, por isso tem um “ nível superior de consciência. Têm uma essência angelical muito forte por causa dos atos humanitários que praticaram em outras vidas. Os “gênios da humanidade” são pessoas inteligentes, possuem forte senso de moral e justiça, semeiam o bem, a harmonia e os bons sentimentos, sem fazer nunca algo que sua consciência desaprove. São consideradas pessoas especiais.”

Não sou espírita ou esotérica, mas meu pai nasceu no dia 31/05 e, sem dúvida, era uma pessoa especial. Um verdadeiro “gênio da humanidade".
imagem: arquivo pessoal

terça-feira, 28 de maio de 2013

ESCRAVIDÃO INDÍGENA

Pouco ou quase nada se fala da escravidão a que foram submetidos os indígenas no Brasil, embora os primeiros escravos dos primeiros habitantes "brancos" (colonizadores) fossem índios aprisionados na lutas da conquista do território.
Os povoadores brancos eram poucos e os trabalhos a executar eram muitos e pesados, desde aqueles relativos à construção de casa e até obras de defesa (fortes) até os que se destinavam, pela lavoura, a tornar produtivo o chão e aos dos serviços domésticos necessários.
Desde o início, ainda no século XVI, a escravidão  dos "selvagens", como os portugueses chamavam os índios, encontrou as mesmas dificuldades e inconvenientes.
Os indígenas eram nômades e não se adaptavam aos trabalhos da lavoura nas condições em que se impunha o senhor de engenhos.
Ressalte-se que para funcionar, um engenho de médio porte, precisava de, no mínimo, 20 trabalhadores.
Obrigado a trabalhar nesses engenhos o índio  qualquer que fosse sua etnia fugia ou simplesmente deixa-se morrer.
Os Jesuítas, desde a primeira hora se opuseram à escravidão dos nativos.
Aqui não cabe nenhuma discussão acerca do motivo do empenho dos jesuítas em salvar da escravidão aquelas almas, o fato é que realmente se opunham à escravidão delas, o que gerou a hostilidade da Coroa Portuguesa.
Ao mesmo tempo que as tribos eram perseguidas pelas constantes incursões dos "brancos" para o aprisionamento dos índios, estes emigravam para regiões menos acessíveis, ou em alguns caso se acolhiam à proteção das aldeias postas sob a autoridade dos padres.
Quando foram introduzidos no Brasil os primeiros escravos negros vindos da Africa não se sabe, já que eles já eram utilizados pelos portugueses nas Ilhas de Cabo Verde e Madeira.
Mas, mal pisou o homem branco no Brasil começou à escravidão indígena.
Alguns dizem que ela terminou no dia 1o. de abril de 1680. Nesta data, o rei de Portugal publicou uma lei que acabava com o cativeiro dos índios no Brasil. Mas, isso não é verdade.
Atendendo os interesses do clero e dos colonos, o  Marquês de Pombal,  no Alvará de 14 de abril de 1755, igualou os direitos referentes ao trabalho dos colonos e indígenas, fomentou o casamento inter-racial e proibiu a fala das línguas nativas, tornando o português a língua oficial.
Cabe ressaltar que, a população indígena, na época do descobrimento, foi estimada em mais 3 milhões, povoando o litoral e o interior. É pouco se comparada ao atual números de habitantes no nosso país, mas numerosa se comparada a população de Portugal em 1500 - ceca de 1,2 milhões de habitantes. O Brasil tinha, portanto, quase o triplo da  população a de seu colonizador.
Muitos morreram de epidemias trazidas pelos brancos, sobretudo de sarampo e rubéola. 
É bom lembrar que por volta de 1680, várias etnias tapuias entraram em guerra para enfrentar os colonizados portugueses nas capitanias do Nordeste. Durou até 1729. Um verdadeiro genocídio. 
Até hoje não se sabe o número de indígenas que foram mortos.
Note-se, no mapa abaixo, que os aldeamentos indígenas em 1698 já estavam muito reduzidos. 
Imagem:  Mapa ‘Província di Paraiba’ do Andreas Antonius Horatiy, publicado na obra Istoria delle Guerre del Regno del Brasile Accadute tra la Corona de Portogallo e la Republica de Olanda, do Frei Gioseppe Santa Teresa em 1698.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

ALDEIA (SOLÂNEA/PB)

Como já disse anteriormente, venho, incessantemente, buscando informações sobre a exata localização da antiga ALDEIA DE SANTO ANTONIO DE BOA VISTA, que se tem notícia, através de documentos históricos, desde 1746,
Minha busca me levou até a localidade da ALDEIA, no município de Solânea/PB.
Os livros paroquiais existentes de Bananeiras são de 1836 em diante. Neles encontrei muitas referências aos moradores da ALDEIA. Ora, simplesmente ALDEIA, ora como OLHO DÁGUA DA ALDEIA e outras vezes como CRUZ DA ALDEIA.
Vale lembrar que até hoje a localidade conta com quatro nascentes. Uma das quais de água mineral, que abastece a localidade, o que me faz crer que o núcleo da ALDEIA, naquele tempo (170 anos atrás) era bem povoada. 
Acredito, embora sem provas, que já na metade do século XVIII - por volta de 1746 - a ALDEIA DE SANTO ANTONIO DA BOA VISTA deveria contar com uma população de cerca de 200 almas. 
Levando-se em conta os moradores da ALDEIA DE SOLÂNEA, da primeira metade do século XIX, devidamente comprovados nos livros paroquiais, tudo leva a crer que se trata mesmo da ALDEIA DE SANTO ANTONIO DA BOA VISTA. 

Apenas alguns exemplos:
17/04/1837 - OLHO DÁGUA DA ALDEIA

16/12/1840- Batizado MARIA- "semibranca" OLHOS DÁGUA DA ALDEIA

03/01/1841  - ALDEIA


02/01/1841 - ALDEIA


13/07/1856
OLHO DÁGUA DA ALDEIA

31/05/1856 - CRUZ DA ALDEIA


Meus trisavós PEDRO PAULINO BORGES E BERTHOLINA moraram lá no OLHO DÁGUA DA ALDEIA, segundo comprova o registro de nascimento da filha JOSEFA, de 7/7/1856, conforme imagem abaixo. Ressaltando, que a criança era considerada branca, o que significa que ambos os pais também eram. Então, é lícito concluir que na segunda metade do século XIX na ALDEIA havia brancos.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

ELEITORADO RIO GRANDE DO NORTE = 1893

Em 1893, o eleitorado do Rio Grande do Norte era de 19.565 votantes.
O maior colégio eleitoral era de Caicó com 1.355 eleitores, seguido por Ceará Mirim com 1. 133 eleitores e em terceiro lugar NATAL, com 958 eleitores.
Santa Cruz registra 644 eleitores. Arez está na última posição (37a) com apenas 184 eleitores.

Notícia publicada em O CAXEIRO em 3/05/1893.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

RAPTO NA SERRA DE SÃO BENTO/RN - 1859

Algumas vezes, quando estou fazendo minhas pesquisas genealógicas, me deparo com uma notícia interessante publicada em jornal da época.
Hoje, lendo os exemplares do O Rio Grandense do Norte, me deparei com a seguinte notícia.
                                         Fonte: Hemeroteca digital 

Vale dizer que o fato ocorreu em fevereiro de 1859. Naquele tempo vigorava o Código Criminal do Império - promulgado em 1830, que definia como crime o rapto em seu art 227.
Era considerado crime o rapto de mulher virgem, ou reputada como tal , que fosse menor de dezessete anos da casa de seu pai, tutor ou curador, ou alguém que lhe tenha a guarda, para fins libidinosos, cuja pena era  de uma três anos de prisão. No entanto, se seguindo-se ao rapto ocorria o casamento não havia  nenhuma pena.
O fato inusitado, não é o rapto em si, e, em tese nem configuraria crime, já que a vítima era maior de 17 anos. Mas, a alegada violência por ter a moça saído da casa por uma parede de palha "de que era a mesma tapada" . 
Naquela época, na maioria das casas da região as paredes eram de palha, produto frágil por demais para impedir qualquer acesso às residências. No entanto, ainda assim era uma parede, o que para alguns significava o limite da propriedade configurando a violência no rapto.
Outros tempos, outros hábitos.
É bom lembrar que  o atual Código Penal de 1940, até 2005, dispunha  em seu art. 219 do CP: “Raptar mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude, para fim libidinoso: Pena — reclusão, 
de dois a quatro anos”.
O rapto violento ou mediante fraude (CP, art. 219) consistia na privação da liberdade da mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude,  para fim libidinoso.
Em 1940, época em que predominava a tutela da liberdade sexual da mulher,  não se protegia a liberdade sexual de todas as mulheres, mas só das honestas, o que excluía as prostitutas, as depravadas, as libertinas.
Além de não resguardar a liberdade das mulheres consideradas "desonestas"  também não resguardava a liberdade sexual do homem, que podia ser raptado, mas não configurava o crime para a lei .
Atualmente, em face do princípio constitucional da dignidade da  pessoa humana e da igualdade, não há razão para tais discriminações.
A mulher - honesta ou não - ou homem estão tutelados pela lei, razão pela qual foi revogado o artigo, mas, de outro lado, acrescentado um inciso ao §1º do art. 148 do CP,  tornando qualificado o crime de sequestro ou cárcere privado com fins  libidinosos.
No Brasil de hoje quase não encontramos mais casas com paredes de palha. Não temos notícias de tantas moças raptadas por homens com o fim definido do casamento. Atualmente o tráfico de mulheres é a modalidade  de tráfico de pessoas mais praticada no mundo, que se presta única e exclusivamente à escravidão sexual.
No que pese os desacertos das novelas, a última, intitulada SÃO JORGE, da emissora GLOBO, tratou do tema, possibilitando a milhares de telespectadores reflexão sobre o assunto.
E, ao contrário da notícia do jornal de 1859, que não indica o número de escravas que eram abusadas sexualmente pelos seus senhores, seja em senzalas, seja em casas com paredes de palha, discorreu sobre o tema, dando relevância  ao respeito à dignidade humana.

sábado, 18 de maio de 2013

REGISTRO PAROQUIAL DE BANANEIRAS/PB - 1762

Os mais antigos registros de Bananeiras que encontrei foram de 1762.
O primeiro registro é o de casamento, realizado em 12/06/1762, de GONÇALO e MARIA, ambos escravos do Capitão Carlos Ferreira moradores em Bananeiras.
Apesar do registro não estar totalmente legível, vemos que quem realizou o casamento foi o Frei Manoel, religioso de Santa Tereza, o que parte confirma a informação de que esses religiosos andavam por aquelas bandas, já que a Aldeia de Santo Antonio de Boa Vista, que acredito tenha sido localizada em Solânea,  tinha missionários religiosos de Santa Teresa

O segundo registro já menciona CAPELLA DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO DAS BANANEIRAS. Casamento de João da Costa e Maria Jozé, do mesmo ano 

Fonte: family search -  registros paroquiais de Mamanguape.

REGISTROS PAROQUIAIS DE BANANEIRAS/PB - SÉCULO XVIII

CASAMENTOS - 1798

Casamento de José de Araújo Ferreira, filho de João de Roiz e Joana Maria , natural da Freguezia de Caicó e Ignácia Maria de Sao Feliz, filha de Jozé de Castro de Vasconcelos e Marianna Nunez de Souza, 
 24/07/1798

Casamento de Dionísio Perreira, filho de Mathias da Silva e Joanna Maria Pereira com Thereza da Luz, filha de Luiz Fragozo e Thereza da Luz - 29/02/1798

Casamento de Lourenço Ferreira de Azevedo, filho de Antonio de Azevedo e Catharina Rodriguez, com Ana Rodriguez Maria do Nascimento, filha de Manoel Gomes da Silveira e Ignácia Maria do Nascimento. 28/01/1798.

BATIZADOS - 1785
Batizado de Maria, filha de Vitoriana de Mendonça - 8/04/1785

Rosa - filha de José Gomes e Ignácia Maria - 12/04/1785


Rosa - filha de Antonio Abreo e Anna Maria - 19/04/1785

José, exposto na casa de Maria da Costa -24/04/1785


Anna - filha de Anna Maria Gonsalvez - 26/04/1785

Lourenço, filho de Cosma Damianna (criola) 27/04/1785

Marcos, filho de José de Deos e Francisca Maria - 24/06/1785

Bento - filho de Amaro Gonçalves e Joana Tavares - 24/06/1785

Jozé, filho de Silvestre Pereira e Josefa Monteiro (moradores no Brejo) - 25/06/1785

Joaquim, filho de Manoel Antonio e Vicência Maria de Oliveira - 9/6/1785

Jozé, filho de Joam da Costa e Josefa Maria, 29/06/1785



*** Registros dos Livros paroquiais de Mamanguape - disponibilizados no site www.familysearch.org

sexta-feira, 17 de maio de 2013

HISTÓRIAS DE TRANCOSO III - PORTO DE CABEDELO


Extraída do livro GENEALOGIA SERTANEJA - CAPÍTULO XI

Em pleno sertão, havia um casal muito pobre, que morava em uma casinha muito simples. Por mais que o homem trabalhasse sol após sol, nada conseguia para o seu sustento e o da esposa. O único bem que possuíam era uma cabra, que ficava amarrada debaixo de um pé de umbu.
Certo dia, o homem sonhou com uma alma penada que lhe dizia: sua fortuna está no Porto de Cabedelo. O homem acordou assustado e contou o sonho para a mulher que disse: “Larga de ser besta que alma alguma vem te trazer fortuna”.
O sonho se repetiu várias vezes, sempre a alma dizendo: “SUA FORTUNA ESTÁ NO PORTO DE CABEDELO”.
Até que certo dia o homem, farto da miséria que passava, resolveu seguir o conselho da alma e ir para Cabedelo (Paraíba). Não falou nada para a mulher, pois afinal ela não acreditava na alma. Pensou que voltaria de Cabedelo rico e assim provaria à mulher que seu sonho tinha se tornado verdade.
Em Cabedelo, encontrou logo emprego no porto como carregador. Mas, apesar de estar empregado, ganhando dinheiro, passou o tempo e não conseguiu juntar fortuna. Desolado, estava um dia no porto quando chegou outro homem que lhe perguntou a razão de tanta tristeza.

Ao que o homem respondeu: “Olhe, eu morava no sertão com minha mulher, passávamos fome, éramos muito pobres, daí comecei a sonhar com uma alma que me dizia: SUA FORTUNA ESTÁ NO PORTO DE CABEDELO. Tanto sonhei, que resolvi arriscar e vim para cá, pois acreditei no sonho, mas aqui nada consegui de fortuna até agora”. Após ouvir a história, o outro homem disse: “você é muito ingênuo, vê lá se
alguém pode acreditar em sonho. Eu mesmo, tem mais de ano que sonho que tenho que ir lá para o sertão procurar uma casinha bem pobre, onde tem uma cabra que fica amarrada o dia todo debaixo de um umbuzeiro. A alma me diz para tirar a cabra, cavar que acharei uma botija de ouro. Imagina se eu acredito”.
A cada palavra do outro, o homem parecia que estava vendo sua casa. Despediu- se então e voltou para sua casa no sertão. Foi até o umbuzeiro, tirou a cabra e cavou encontrando a botija de ouro e se tornando rico, para surpresa da mulher que dizia que seus sonhos eram besteira.
Moral da história: às vezes é preciso ir muito longe para se descobrir o verdadeiro tesouro que está bem perto da gente.


* Esta história parece “adaptada” pelo meu avô de alguma história de trancoso. O início da construção do Porto de Cabedelo se deu em 1908 e atraiu muitos trabalhadores. A obra só foi concluída em 1917, mas oficialmente o seu término se deu em 1935.


terça-feira, 14 de maio de 2013

SANTA CRUZ/RN - LOCALIZAÇÃO


É um dos 16 municípios da Borborema Potiguar (BARCELONA, CAMPO REDONDO, CORONEL EZEQUIEL, JAÇANÃ, JAPI, LAGOA DOS VELHOS, LAJES PINTADAS, MONTE DAS GAMELEIRAS, RUY BARBOSA, SÃO BENTO DO TRAIRI, SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE, SÃO TOMÉ, SERRA DE SÃO BENTO, SÍTIO NOVO E TANGARÁ).

Sua altitude é de 236 metros, contando o município,  com uma população de aproximadamente 33 mil habitantes (dado de 2012).

As principais distâncias rodoviárias entre as localidades são: Campo Redondo 26 km – Coronel Ezequiel 31 km - Currais Novos 65 km - Jaçanã 37 km - Japi 30 km - Lajes Pintadas 16 km - Natal 115 km - São Bento do Trairi 17 km - Sítio Novo 24 - Tangará 28 km.

O município conta ainda com os seguintes aglomerados rurais: Alagoinha, Alegre, Alívio, Angicos, Anil, Araraú, Aroeira, Baixa do Tatu, Baixa Verde, Baixio do Brioza, Baixio do Roçado, Barbatão, Barra, Barra de São Geraldo, Beco da Caiçarinha, Bela Vista, Bento Nunes, Boa Hora, Bom Jardim, Bom Jesus, Bom Sucesso, Boqueirão, Boqueirãozinho, Borges, Cabaço, Caçaruaba, Cachoeira das Canoas, Cantinho, Catolé, Chapado, Chaves Bela, Divanopólis, Favela, Feijão, Furnas, Glória, Inharé de Baixo, Inharé de Cima, Jacaracica, Jurema, Km 103, Km 8, Liberdade, Malhada dos Bezerros, Malhada Grande, Mangangá, Maritaca, Massapé, Mata Posto, Mazaú, Montes Belos, Mundo Novo, Oiticiquinha,
Oriental, Passagem do Meio, Pau de Leite, Paulista, Pedra, Pitomba, Ponta da Lagoa, Primeira Passagem, Queimadas, Ramada, Rancho Alegre, Recanto, Riacho da Cobra, Riacho da Glória, Riacho do Feijão, Riacho Fundo, Riacho Salgado, Ronda, Rosa Seda, Sagú, Samambaia, Santa Helena, Santa Luzia, Santa Rita, Santana, Santo Alberto, Santo Antonio, São Francisco, São Joaquim, São José, Serra Bonita, Serra Branca, Serra da Lagoa, Serra do Boi, Serra do Espinho, Serrote Pelado, Sobras do Mangagá, Sussurana, Tanques, Tanquinhos, Terra Firme, Tubiba, Umari, Umbu, Umbuzeiro, Várzea Alegre, Várzea Grande, Volta e Volta dos Periros. 
Distante de Natal 111 km, Santa Cruz possui clima semiárido, com temperatura média de 25 graus, com vegetação típica da caatinga, predominando o angico, braúna, juazeiro, mandacaru, catingueiro e aroeira.
Seu principal açude é o de Inharé, localizado no rio do mesmo nome.
Todavia, o principal rio é o Traíri. Santa Cruz surgiu na sua margem esquerda.

MANOEL NORBERTO DA COSTA


MANOEL NORBERTO DA COSTA, nascido em 1859, casou-se em 23/01/1883, em Santa Cruz (RN) com JOAQUINA EUSTAQUILINA DE OLIVEIRA.
Consta do registro:
“Aos vinte trez de janeiro de mil oitocentos e oitenta e trez, no sítio Allívio desta Freguezia, obtidas as cerimônias canônicas emanadas da doutrina cristã e confessados justa presentinos uniram, em matrimonio, os contraentes MANOEL NORBERTO DA COSTA e JOAQUINA EUSTAQUILINA D’OLIVEIRA, elle, filho legítimo de ANTONIO PAULO DA COSTA e LUZIA MARIA DA CONCEIÇÃO, ella filha legitima de MANOEL FRANCISCO DE OLIVEIRA e INÁCIA MARIA DA CONCEIÇÃO, e lhes dei as benções nupciais presentes as testemunhas EMIGIDIO JOSÉ DE SOUSA e MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA e, para constar lavrei o termo. Vigário Antonio Raphael de Mello Gomes.(Livro de Casamentos número 2 – fl. 64103 –Paróquia de Santa Cruz)



Deste registro, podemos extrair que o casamento ocorreu no Sítio do Allívio (em Santa Cruz), local onde os pais de Joaquina Eustaquilina (MANOEL FRANCO DE OLIVEIRA e IGNÁCIA) moravam na época, e que os padrinhos foram o cunhado (EMÍGDO JOSÉ DE SOUSA) e o irmão de EUSTAQUILINA, MANOEL FERNANDES DE LIMA, que assinava também como MANOEL FERNANDES DE OLIVEIRA.
JOAQUINA EUSTAQUILINA DE OLIVEIRA faleceu no dia 20/03/1951, aos oitenta e dois anos de idade.
Meu pai e meus tios mais velhos contavam que a conheceram já velhinha, ocasião em que ela morava na propriedade de meu avô Luiz Severiano da Costa (um sítio distante cerca de 10 km do centro da cidade de Santa Cruz, próximo ao açude de Inharé).
A casa em que ela passou seus últimos dias não existe mais. Apenas alguns restos de tijolos e cerâmica encontram-se no local.
Certidão de óbito:
“Certifico que na data de 20 de março de 1951, no livro C- fls. 168, sob o n. 4351, foi feito o registro de óbito de JOAQUINA EUSTAQUILINA DE OLIVEIRA ,falecida às 3 horas no lugar Furna neste município, do sexo feminino, natural deste estado  com 82 (oitenta e dois) anos, residente e domiciliada nesta cidade de Santa Cruz-RN, viúva, filha de Manoel Francisco de Oliveira e Inácia Maria da Conceição, falecendo em consequência de gripe e disenteria, tendo sido declarante Antonio Paulo da Costa, não
constando o cemitério em que foi enterrada” (Cartório do 2º. Ofício de Santa Cruz).
Joaquina era chamada pelos netos de VÓZINHA.

O casal teve 14 filhos
1 - JOSÉ NORBERTO DA COSTA ( 1884)
2-  JOSÉ FERNANDES DA COSTA (1886)
3 - LUIZ SEVERIANO DA COSTA ( meu avô - tratado em outro post) (19/11/1892)
4 - PEDRO PAULO DA COSTA (18/05/1895)
5-  FRANCISCA ELISA DA COSTA
6- ANTONIO PAULO DA COSTA
7- JOÃO PAULO DA COSTA
8 - MARIA DA COSTA
9- IGNÁCIO JOSÉ DA COSTA
10- PASCOAL DA COSTA
11 - RITA REGINA DA COSTA
12- CÃNDIDA DA COSTA
13 - IZABEL GALDINA DA COSTA
14 - "NENEN"  que até o presente momento não sei  seu nome. Meu pai e tios só a conheciam pelo apelido. Pensei tratar-se de Izabel, mas aquela casou-se com PEDRO PAULO DOS SANTOS em 1920, e as informações que tenho Neném foi casada com FRANCISCO MATIAS.
Eis o registro de casamento de IZABEL
Foto: arquivo pessoal
 Me lembro que quando mostrei ao meu pai (Raimundo) este registro ele ficou surpreso, pois não conhecia nenhuma tia de nome IZABEL. Meus tios mais velhos (já falecidos) também desconheciam. Mas, segundo o registro acima, meu avô - LUIZ SEVERIANO DA COSTA - foi um dos padrinhos de casamento da irmã.

JOAQUIM PAULINO BORGES


Casou-se em Santa Cruz (RN), com ALEXANDRINA DE SOUZA PINTO (filha de Emigdio José de Sousa Pinto) em 30/03/1891,  onde o casal residiu até sua mudança para Moreno, o que ocorreu aproximadamente em 1897. 
Em Moreno fixaram residência na ALDEIA, provavelmente em terras onde anteriormente habitavam os pais de Joaquim, Pedro e Bertulina. 
O casal teve oito filhos: PEDRO PAULINO PINTO (3/3/1893), MANOEL PAULINO BORGES, RITA, MARIA ALEXANDRINA BORGES (12/12/1896), JOANNA (12/02/1898), ISABEL ALEXANDRINA BORGES (08/09/1902), ANTONIO BORGES E ADOLPHO BORGES.
“Maria, filha de Joaquim Paulino e Alexandrina Maria nasceu a doze de dezembro de mil oito centos e noventa e seis e foi baptizada pelo vigário abaixo assignado”. 
(Livro de Batizados de Bananeiras).
“Joanna, filha de Joaquim Paulino e Alexandrina Maria, nasceu a doze de fevereiro de mil oitocentos e noventa e oito e foi baptizada pelo vigário abaixo assinado a vinte e cinco de setembro do dito anno, sendo padrinhos Manoel do Nascimento de Souza Lima e Dona Isia Filgueiras de Menezes.” (Livro de Batizados de Bananeiras).


No registro do casamento civil de seu irmão JOÃO PAULINO BORGES, realizado no dia 09/02/1891, em Bananeiras/PB, vemos que consta ser o nubente natural e morador da POVOAÇÃO DO MORENO (atual SOLÂNEA/PB).


sábado, 11 de maio de 2013

TACIMA - PB

Toda vez que faço pesquisas nos livros paroquiais fico abismada com a quantidade de informações que trazem. Além das datas de nascimento, casamento, óbitos e filiação sempre aparece o nome da capela, igreja ou matriz.
O livro de Batismo de 1808-1816* de Mamanguape (Paraíba) não me deixa mentir.
Recentemente encontrei vários registros interessantes, dentre os quais o de EUZÉBIA, que transcrevo abaixo:
"Aos sinco de março de mil oitocentos e dezenove de minha licença, digo aos vinte e nove de abril do dito anno de minha licença na Fazenda do Tacima, Districto do Rio Grande o Reverendo Padre David Martins Gomes Delgado Freire baptizou a párvola Euzébia, nascida a sinco de março do mesmo anno, filha legítima de Izidorio de tal e Francisca Gomes desta freguezia, foram padrinhos José Roberto da Silva e sua mulher Paula Maria, do que para constar lavrei e assigno"
Imagem family search.

Sem dúvida é uma informação muito importante para a história da cidade de Tacima.
A origem de Tacima, igual a tantas outras cidades da Paraíba e do Rio Grande do Norte, sem dúvida, foi um curral de criar gado, depois fazenda, arraial, povoado até se transformar em vila e, finalmente cidade.
No registro vemos que Tacima era considerada, na época (1819), distrito do Rio Grande (do Norte), e lá  não existia nenhum oratório ou capela.


* vai até 1819.

A FAMÍLIA “PINTO” DE BANANEIRAS

Extraído do livro GENEALOGIA SERTANEJA - CAPÍTULO XIII - página 159 e seguintes.

Após ter encontrado nos registros paroquiais de Bananeiras, dados sobre meus ancestrais diretos, especialmente os de MANOEL JOZÉ PINTO E ANNA JOAQUINA, pesquisei sobre a existência de outros membros da mesma família naquela cidade, na mesma época.
Em 2004, como dito anteriormente, cheguei a FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO, o “Chico Gago”, que LUIZ PINTO (No livro Padre Pinto um Peregrino da Fé )  assim relatou suas origens:

“A família Teixeira Pinto, Silva Pinto, Silva Teixeira Pinto que ela apresenta – talvez um dia possa chegar à conclusão de que essa confusão, essa misturada, tudo isso, no fundo, é a mesma coisa, o mesmo tronco, a mesma origem”. A distribuição dos ramos é que se perdeu em meca e seca; as entradas é que se desencontraram, os entrelaçamentos tiveram orientação diversa. Difícil, assim, se torna um estudo perfeito das verdadeiras origens, através dos velhos troncos europeus.
Por exemplo, um meu tio – Augusto Agripino da Silva Pinto, irmão do Padre, casou-se na família Gurgel Cunha, do Rio Grande do Norte. Como, no pensar de alguns, àquele tempo, os Cunha e Gurgel tinham maior projeção no meio que os Pinto, uma de suas filhas Ana, casada naquela família, aboliu absurdamente o sobrenome Pinto dos seus descendentes. De modo que, hoje, os netos de Augusto Pinto não são Pinto, pelo nome.
Assim, também, alguns dos netos do meu outro tio, irmão do meu pai, João Pinto de Meneses.
Um dos seus filhos arrancou a origem Pinto dos seus descendentes. Hoje esses netos de João Pinto de Meneses não o são quanto ao apelido Pinto.
Ora, João Pinto de Meneses. O “Meneses” era da velha Dona de Magalhães Meneses, sua mãe, esposa do meu avô João Teixeira da Silva Pinto. Pelas leis normais, não era o Pinto que deveria desaparecer, pois é nome do pai, porém o Meneses. Mas assim não pensam cabeças vazias e lá se vai a família se diluindo, sobretudo pela falta de continuidade, de cultura, de amor á tradição e á verdade. Deixam-se essas questões
ao livre arbítrio de quem não sente as coisas como devem ser sentidas, e a deturpação da verdade cria esses empecilhos, esses embaraços com que se encontra o historiador, nas suas pesquisas.
É possível mesmo que todos esses “Pinto” que se distribuem pelo Brasil tenham a mesma origem. Quando do meu curso de direito, na cadeira de Penal, encontrei um brilhante Professor Ferreira da Silva Pinto. E milhares de outros exemplos pululam por aí. Mas são suposições que não armam painel de verdade, para efeito de afirmação.
De modo que, nosso intuito – é bom frisar bem – é apenas esclarecer certos fatos, certos parentescos, através da vida do Padre José Pinto, o que não sairá perfeito, agora, por várias circunstâncias, mas sairá algum dia, estou certo, quando as gerações novas completarem seu teto cultural: Expedito da Costa Pinto, Dulcelis de Albuquerque Pinto, Luiz Alberto Xavier Pinto, Amaury de Albuquerque Pinto, Maria do Livramento Ribeiro Pinto, Paulo Roberto Xavier Pinto, e centenas de outros, geração que varia dos 30 anos aos 7 anos de idade, mas que, dentro de dispositivos normais de apreciação, já demonstraram que seguirão
a estrada clara da cultura e amor às investigações da história, honrando uma estirpe ilustre.
O capítulo que se refere á origem dos Pinto, no que tange ao período de Francisco Teixeira Pinto, meu bisavô, o chamado Chico Imaginário ou Chico Gago, esse é absolutamente documentado através de fontes as mais seguras, claras, abertas a todas as investigações. No mundo das suspeitas, se tivermos de andar, será na área que se estende de Bento Teixeira Pinto ao velho Chico Gago, que é uma área larga, acidentada, a qual tem de percorrer às apalpadelas, por deduções, cálculos, pontos que surgem aqui e alhures.
Embora intimamente tenhamos certeza de que o tronco dos Pinto no Brasil é o autor da “Prosopopeia”, o discutido, o maldizido, o maldado Bento Teixeira Pinto. Provas concretas para afirmá-lo, nós não as temos, mas ninguém as terá também para negar. O que não padece a menor dúvida é que houve os Teixeira Pinto do Nordeste, sobretudo Recife, Natal e Fortaleza. Livros existentes os apontam. Borges da Fonseca, na “Nobiliarquia Pernambucana”, cita alguns. E por que essa sequência de Teixeira Pinto, que se nota desde o século XVI até os nossos dias? Terá sido uma invenção à toa? Foi um nome qualquer apanhado ao acaso em qualquer lugar? Não é de crer. Na época havia mais pureza nas tradições de família, mais respeito mesmo.
Tenho um primo em Natal, Dr. Wilson Gurgel da Cunha, filho de Ana da Silva Pinto, neto de Augusto Agripino da Silva Pinto, que não conserva a tradição de Pinto da família. Trata-se de um cirurgião dentista, moço inteligente, a quem prezo e estimo, mas, pelo nome, não pertence à descendência do velho Augusto Pinto, que outra coisa não foi senão seu avô materno. Não é cacete isso? É-o, sem dúvida alguma.
Com este ensaio, os Pinto vão se acelerar, vão ver que eles foram alguma coisa, que a linha vertical da família não morreu, que não lhes faltam inteligência, bravura cívica, coragem e altos sentimentos de nobreza, fenômenos que os enquadram entre as melhores e maiores famílias deste país da Santa Cruz.”

Com base neste relato e no da professora Zilma Ferreira Pinto, fiz minhas pesquisas.
Encontrei alguns registros onde consta FRANCISCO TEIXEIRA PINTO, FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA e, em outros, como FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO.

Em 1838, ele é padrinho de Rosa e, consta como Francisco Theixeira Pinto:
“Aos trinta de maio de mil oito centos e trinta e oito pelo Reverendo Manoel de Carvalho foi baptizada solenemente a parvola Roza de idade de mez e meio filha legítima de Antonio Rodrigues e Antonia Roza, pardos moradores no Cumati desta freguezia forão padrinhos Francisco Theixeira Pinto casado e Manoella Bezerra solteira, do que para constar fiz este assento que assigno”. (Livro de Batismo de Bananeiras).

No batismo do filho Manoel, em 1838, assina Francisco Teixeira da Silva.
imagem: family search
Aos três de setembro de mil oito centos e trinta e oito pelo reverendo vigário José dos Santos foi baptizado em solenidade o párvolo Manoel de idade de dois mezes filho legítimo de Francisco Teixeira da Silva e Carlota Maria, brancos e moradores nesta vila forão padrinhos Leonardo Bezerra e sua mulher D. Maria Luiza , o que para constar fiz este assento que assino. O vigário João Luiz Pereira Barboza Pinto de Lemos” (Livro de Batismo de Bananeiras).

Já em 1840, no batismo de José, aparece como Francisco Texeira da Silva Pinto.
imagem: family search
“José, pardo, filho legítimo de José Joaquim dos Santos e Mathildes Ribeiro, moradores no Cumati, com treiz meses de nascido foi por mim batizado aos vinte e nove de dezembro de mil oito centos e quarenta, forão padrinhos Francisco Theixera da Silva Pinto e sua mulher Carlota Correa de Lacerda.” (Livro de Batismo de Bananeiras).

Como Francisco Teixeira da Silva Pinto em 1843, quando foi padrinho de casamento de Antonio Frêre d’Amorim e Joanna Maria .Seu filho, Manoel, também aparece nos registros paroquiais de Araruna,
conforme abaixo.

“Aos vinte e oito dias de maio de 1866 na Matriz de N. Senhora da Conceição d’Araruna baptizei solenemente e puz os santos óleos à Luisa, parda com hum mês e onze dias de idade, filha legítima de João José da Silva e Josepha Maria da Conceição, moradores nas Guaribas desta freguezia, forão padrinhos Manoel Thexeira da Silva Pinto e sua mulher Líbia Maria da Câmera Pinto” (Livro de Batismo de Araruna).

O filho Joaquim, também, em Araruna em 1867.
“Aos vinte e oito dias de novembro de 1867 na Matriz de N. Senhora da Conceição d’Araruna baptizei solenemente e puz os santos óleos à Amélia, parda com trez dias de nascida filha natural de Maria do Carmo moradora nesta freguezia d’Araruna, foi padrinho Joaquim Ribeiro da Silva Pinto e Nossa Senhora.”
Assim, considerando os documentos acima, creio que FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO não veio do Recife e se estabeleceu em João Pessoa.
Ele viveu em Bananeiras, pelo menos durante dez anos, sendo provável que tenha casado naquela cidade com Carlota, que sem dúvida era natural de Bananeiras, local onde nasceram todos os filhos do casal.
O fato de alguns filhos do casal serem proprietários de terras nos sítios Buraco e Bacopari (locais ligados à família de Joaquim José Pinto e Manoel Jozé Pinto) me levam a crer não ser mera coincidência.
Assim, a conclusão lógica é que Francisco só pode ser parente muito próximo de MANOEL JOZÉ PINTO e de JOAQUIM.JOSÉ PINTO, respectivamente meu pentavô e meu tetravô. 
Pela data provável de seu nascimento (1814) FRANCISCO TEIXEIRA PINTO, só pode ser irmão ou filho de meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO, 
Não encontrei o registro de batizado de Manoel e nem do filho Joaquim, uma vez que os livros de Mamanguape, a quem pertencia Bananeiras, estão em péssimo estado de conservação, existindo lacunas de vários anos. Também, não encontrei nada relacionado a Francisco, o que não descarta o seu vínculo
com a minha família.
Pelas informações que obtive da professora Zilma, Francisco teria se casado em segundas núpcias com MARIA UMBELINA.
Em pesquisa nos livros paroquiais da freguesia de Nossa Senhora das Neves (João Pessoa) encontrei um Francisco Teixeira da Silva Pinto, casado com Maria Umbelina da Penha, que batizou os filhos Francisco em 01/10/1854, Izabel em 26/03/1856, Idalina em 10/04/1957 e Francisco em 01/11/1859.
Encontrei ainda, o registro do batizado de Arthur nascido em 01/02/1898, o qual seria filho de Arthur Pinto e Secunda Umbelina dos Santos.
Esta Secunda seria SECUNDINA UMBELINA DA SILVA PINTO, filha de UMBELINA e FRANCISCO, teria nascido por volta de 1861, em João Pessoa. Quanto ao ARTHUR, que aparece como ARTHUR PINTO DOS SANTOS, ainda é um mistério. Um dos filhos de JOAQUIM JOSÉ PINTO (meu tetravô - cuja pequena biografia tratei em outro post) se chamava ARTHUR, nasceu em 1857, em Bananeiras e dele não tenho maiores informações, o que me faz pensar que poderia ser a mesma pessoa, ou seja, o filho de Joaquim, neto de Manoel José Pinto, teria se casado com a filha do FRANCISCO (Chico Gago), o que poderia reforçar a tese do parentesco entre as famílias.
Ressalto que a esposa de JOAQUIM JOSÉ SANTOS se chamava INÁCIA, filha de ANTONIO DE SOUZA SANTOS e FRANCISCA GOMES D'OLIVEIRA (meus pentavós). Sendo perfeitamente factível que ARTHUR, filho de JOAQUIM  e INÁCIA, venha a adotar o sobrenome SANTOS,  vez que era comum na época os netos assumirem os sobrenomes dos avós.
Para sanar definitivamente a questão seria necessário pesquisas nos livros paroquiais de João Pessoa, para obter o registro de casamento de ARTHUR E SECUNDINA (ou SECUNDA como aparece também).
Considerando a data de nascimento de ERNESTINA (1895) e dos outros filhos: ARTHUR (01/02/1898) e UBALDINO (10/04/1899), o casamento ocorreu entre 1881-1894, um período bem grande para pesquisa em livros paroquiais, mas bem interessante, já que, com o conhecimento do nome dos pais do ARTHUR teríamos mais uma prova da ligação das famílias, a minha de MANOEL JOZÉ PINTO e a de FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO, embora eu tenha  a mais absoluta certeza de tal fato.  

FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO E CARLOTA CORREA DE LACERDA, teriam tido  JOSÉ (1836), MANOEL (1838), JOSEFA,  BARBARA (1846), JOÃO, JOAQUIM.

Destes filhos:
JOSE ANTONIO DA SILVA PINTO E ANNA EMILIANA (APARECE COMO EMÍLIA E EURELIANA) CANDIDA CAVALCANTE (falecida em 22/07/1885)
FILHOS:
1) JOSÉ ANTONIO DA SILVA PINTO (1860) QUE SERIA O Padre Pinto.
2) FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO ( 08/01/1862), foi casado  com TOLENTINA MARIA DE ALBUQUERQUE (aparece em Jardim do Seridó/RN, em 1889, como padrinho de Godofredo da Cunha Medeiros), .
3) ANTONIO AMÉRICO DA COSTA* PINTO (08/05/1863)
4)JOÃO FAUSTO DA COSTA* PINTO ( 19/12/1865)
5) PEDRO  AMÉRICO DA COSTA* PINTO (1867)
6) MANOEL  HILARIO DA SILVA PINTO (1873)
7) LUIS GONZAGA DA SILVA PINTO ( 21/06/1881)
8) AUGUSTO AGRIPINO DA SILVA PINTO (2/6/1883) . 
Além destes há notícia de MARIA ANNA, também filha do casal.

JOÃO TEIXEIRA DA SILVA PINTO E MAQUILINA DE MAGALHÃES MENEZES
1) LUIS – 14/11/1885
2) JOÃO – 14/11/1883
3) FRANCISCO  12/07/1884
4) JOÃO – 16/06/1887  


* - O sobrenome COSTA ainda não foi esclarecido. Provavelmente, deriva dos sobrenomes dos avôs/avós. Eu mesma tenho em minha árvore genealógica o sobrenome COSTA, o

# Minhas pesquisas atuais indicam um vínculo de parentesco de MANOEL JOZÉ PINTO, com JOÃO JOZÉ TEIXEIRA, morador no Bacupari, que foi padrinho de batismo da filha de Manoel, Bernardina, nascida em 19/0/1856..  A madrinha foi ENEDINA ALEXANDRINA, irmã de JOÃO JOZÉ TEIXEIRA, ambos solteiros na época. Manoel seria tio de JOÃO e de ENEDINA. 

BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA

Para consulta forneço a listagem abaixo.

ABREU, Capistrano de. Capítulos de História Colonial. Departamento Nacional do Livro. Disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em 21 de dezembro de 2011.
ALMEIDA, Horácio de. História da Paraíba. João Pessoa: Editora Universitária, 1978. 2 v.
__________, Brejo de Areia. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1957.
AMORIM, Hermano José de. Santa Cruz nos caminhos do desenvolvimento. Gráfica Santa Marta, 1998.
ANDRADE, Delmiro Pereira de. Evolução histórica da Paraíba do Norte. Rio de Janeiro: Editora Minerva Ltda., 1946.
BARBOSA, Rui. Limites entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Cia. Brasil, 1904.
BEZERRA, Severino. Memórias históricas de Santa Cruz. Natal: Editora IHGRN, 1984, 143 p.
BARRETO, Carlos Xavier Paes. Primitivos colonizadores nordestinos e seus descendentes. Rio de Janeiro: Melso, 1960.
CÃMARA, Amphiloquio. Scenarios Norte-Riograndenses. Rio de Janeiro: Empresa Ind. Editora o Norte, 1923.
CÂMARA, Epaminondas. Municípios e freguesias da Paraíba. Campina Grande: Editora Caravela, 1997.
CASCUDO, Luís da Câmara. Nomes da terra: geografia, história e toponímia do Rio Grande do Norte. Rio Grande do Norte: Fundação José Augusto, 1968. 321 p.
_________, Histórias que o tempo leva. São Paulo: Monteiro Lobato, 1924, 236p.
_________, História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério Educ.
e Cult. 1955. 524 p.
CUNHA, Manuela Carneiro da (Org.) História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: Secretaria Municipal de Cultura: FAPESP, 1992.
DANTAS, SAMPAIO & CARVALHO. Os povos indígenas no Nordeste brasileiro. Um esboço histórico. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (Org.) História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: Secretaria Municipal de Cultura: FAPESP, 1992. pp. 431-456. .
FARIA, Oswaldo Lamartine de. Sertões do Seridó. Brasília, 1980. 231 p.
FERNANDES, Irene Rodrigues da Silva. Processo de ocupação do espaço agrário paraibano. Textos UFPB/ NDIHR, nº 25. João Pessoa: [s.n], 1991.
FERNANDES, Ocione do Nascimento. Entre a Geografia e a História: um olhar sobre a obra de Irenêo Joffily. In: SÁ, Ariane Norma de Menezes e MARIANO, Serioja R. C. (Orgs.) Histórias da Paraíba: autores e análises sobre o século XIX. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003. P. 139-147.
GUEDES, Paulo Henrique de Queiroz. A colonização do sertão da Paraíba: agentes produtores do espaço e contatos interétnicos. Dissertação de Mestrado em Geografia/UFPB. João Pessoa, 2006.
HERCKMANS, Elias. Descrição Geral da Capitania da Paraíba. João Pessoa: União Cia. 1982.
JOFFILY, Irenêo. Notas Sobre a Parahyba (1892): Edição Fac-Similada, acrescida de uma seleção das crônicas de Irenêo Joffily. Rio de Janeiro: Thesauros, 1977.
________ História da conquista da Parahyba. Campina Grande: Fund. Univ. Re.Nordeste, 1983, 102 p.
LEAL, José. Itinerário histórico da Paraíba. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1954.
LIRA, Augusto Tavares de. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Leuzinger, 1921, 821p.
LEITE, S.J. SERAFIM. Breve História da Companhia de Jesus no Brasil (1549- 1760). Braga – Portugal: Livraria A.I, 1965.
LUCENA, Humberto Fonsêca de. A freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna. João Pessoa: União, 2000. 190p.
MACHADO, Maximiano Lopes. História da Província da Paraíba. 2 ed. João Pessoa: Editora Universitária, 1977. 2 v.
MAGALHÃES JÚNIOR, R. Dicionário de Provérbios e Curiosidades. São Paulo: Cultrix, 1963.
MARIZ, Celso. Através do Sertão. Parahyba do Norte: Imprensa Oficial, 1910.
_______, Cidades e homens. 2ª. ed. João Pessoa: Governo do Estado da Paraíba, 1985.
MEDEIROS, Coriolano de. Dicionário Coreográfico da Paraíba. 2ª. ed. Rio de Janeiro: s. c. p., 1960.
MEDEIROS, Tarcízio Dinóa e MEDEIROS, Martinho Dinoá. Ramificações Genealógicas do Cariri Paraibano. Brasília: CERGRAF, 1989.
MEDEIROS FILHO, Olavo. No rastro dos flamengos. Natal: Fundação José Augusto,1989.
_________, Tarairius, extintos tapuias do Nordeste. Rev. Do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 358: 57-72; 1988.
_________, Aconteceu na Capitania do Rio Grande do Norte. Natal: Departamento Estadual de Imprensa, 1997.
MELLO, João Alves de. Rio Grande do Norte – Natureza e História. Natal: Imprensa Oficial, 1889.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Bases da Formação Territorial do Brasil: o território colonial brasileiro no “longo” século XVI. São Paulo: Hucitec, 2000.
MOURA, Pedro Rebouças de. Fatos da História do Rio Grande do Norte. Natal Companhia Editora do Rio Grande do Norte, 1986.
NASCIMENTO FILHO, Carmelo Ribeiro do. O historiador burocrata: uma análise historiográf OLIVEIRA, Elza Regis; MENEZES, Mozart Vergetti de; LIMA, Maria da Vitória Barbosa (orgs.). Catálogo dos documentos manuscritos referentes à Capitania da Paraíba existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. João Pessoa: Editora Universitária, 2002.MARIANO, Serioja R. C. (Orgs.) Histórias da Paraíba: autores e análises sobre o século XIX. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003.
OLIVEIRA SOBRINHO, Reinaldo de. Anotações para a História da Paraíba. João Pessoa: Ideia, 2002; OLIVEIRA, Elza Regis. A Paraíba na crise do século XVIII: subordinação e autonomia (1755-1799). Fortaleza: BNB/
PARAÍBA, Governo do Estado da; Atlas Geográfico da Paraíba. Secretaria de Educação, UFPB. João Pessoa: 1985.
PINTO, Irineu Ferreira. Datas e Notas Para a História da Paraíba. João Pessoa: Imprensa Oficial, 1916. 2 v.
PINTO, Luis. Síntese Histórica da Paraíba. Rio de Janeiros: Gráfica Ouvidor, 1960.
_______, Um peregrino da fé: vida e obra do padre José Pinto. Rio de Janeiro: Editora Minerva, 1968, 86p.
________, Terra Seca. Rio de Janeiro: Ouvidor, 1961.
PINTO, Zilma Ferreira. Os Ferreira de Tacima – Paraibanos da Fronteira. João Pessoa: Riografic Editora Ltda., 2000.
PORTO, Costa. O Sistema sesmarial no Brasil. Brasília: EDUnB, s/d.
PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros: Povos Indígenas e a Colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo: Hucitec: Editora da Universidade de São Paulo: FAPESP, 2002.
RAMOS, José Leal. Itinerário da História (Imagem da Paraíba entre 1518 e 1965). João Pessoa: Gráfica Comercial, 1965.
SAINT-ADOLPHE, J.C. R. Milliet de – Diccionário Geográphico do Império do  Brazil - Tomos I e II. Pariz: P. Aillande, Guillard, 1863.
SOUZA, Laura de Mello (org.). História da Vida Privada no Brasil: Cotidiano e Vida Privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
TAVARES, João de Lyra. Apontamentos para a História Territorial da Paraíba. 2 ed. (fac-símile). Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1982. 2 v.
TRINDADE, João Felipe da – Servatis Ex More Servandis. Natal: Imagem Gráfica, 2008.ica da obra de Celso Mariz. In: SÁ, Ariane Norma de Menezes e