quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

GENEALOGIA - LINHAGENS ANCESTRAIS

O interesse pelos antepassados é a base da genealogia.
Montar a árvore genealógica, identificando cada linha ancestral é uma tarefa até certo ponto fácil quando retrocedemos apenas algumas gerações. Mas, a coisa se complica e vai ficando cada vez mais difícil.
O motivo é que o número de antepassados cresce exponencialmente a cada geração: 2 pais, 4 avós, 8 bisavós, 16 trisavós, 32 tetravós, 64 pentavós, 128 hexavós, e assim por diante.
Então, em 20 gerações, ou cerca de 500 anos, se considerado o intervalo de 25 anos entre uma geração e outra, teríamos 1.048.576 ancestrais? 
Não é bem assim, já que os casamentos endogâmicos sempre ocorreram, o que reduz muito tal número. Mas, mesmo assim ainda seria uma quantidade absurda de pessoas.
Certa vez, ao tentar calcular o número provável de descendentes de meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO, decorridos pouco mais de 200 anos do seu nascimento, me dei conta que seria uma tarefa impossível. 
Por outro lado, apesar de todo meu esforço para identificar cada um dos meus ancestrais, só completei até agora, 7 gerações e nesta linha um total de 52 indivíduos, isto porque na minha família paterna eram comuns os casamentos consanguíneos. 
É certo que, em algumas linhas (gerações), cheguei até 1650, mas, na grande maioria não passei do século XVIII.  Claro que eu só publico algo com base em documentos. Não dá para especular, como muita gente faz e acaba por criar uma árvore genealógica "fantasiosa".
Sei que a população estimada de Portugal em 1500 era de 1.200.000 habitantes. Portanto, é quase certo que eu descenda de grande parte deles. Como aliás descendem a maioria dos brasileiros, que, em consequência, são meus parentes ainda que longínquos. 
Outra coisa interessante, que muita gente esquece, é que os portugueses carregam no seu DNA séculos de "mistura genética" com outros povos europeus além do que os mais de 700 anos de convivência com os povos do norte da África e com os judeus deixaram suas marcas. 
Em resumo: quando dizemos que descendemos de Fulano ou de Beltrano é importante não esquecer que descendemos também de outros tantos.  Citar apenas um como se fosse o único é criar uma imagem totalmente distorcida da realidade.
Mas, o que a grande maioria quer mesmo é noticiar que descende de um personagem famoso da história, como é o caso dos descendentes de ANACLETO CORREIA DE FARIA, o Barão de Itaperuna, que, segundo foi noticiado recentemente pela mídia, querem provar que são descendentes de D. Pedro I, Imperador do Brasil, o qual teria tido um caso  com a escrava Faustina Jovita, mãe de ANACLETO.
 Mas, e seus ancestrais africanos de quem Faustina Jovita descendia? Parece que nunca existiram... 
Assim são as linhagens de algumas pessoas. Apenas um ancestral e está tudo certo. Mas, não é bem assim...

4 comentários:

Felipe Gameleira disse...

Como iniciar uma pesquisa genealógica? Do que preciso e aonde devo ir? Nome de batismo dos meus ancestrais e o cartório onde foram registrados? Parabéns pelo blog e pela qualidade do texto!

isabel pinto disse...

Felipe o ponto de partida é você mesmo. Comece com os documentos disponíveis na sua família. Nas certidões de nascimento, casamento ou óbito você encontra muitos dados (nomes, datas e filiação). Com tais dados em mãos é possível pesquisar tanto pessoalmente nas paroquias, nos cartórios como também on line já que muitos sites disponibilizam dados. Não se esqueça dos cemitérios, já que nas lápides dos túmulos, encontramos nomes e datas dos sepultados.
Boa sorte! Fico feliz que tenha gostado do blog. Muito obrigado.

Unknown disse...

Olá!
Gostei do seu site! Meu nome é Fabrício Costa e sou de Campina Grande.
Vi que você pesquisa sobre determinadas famílias!
Minha vó paterna é Almeida Borges e meu avô é Carvalho Costa e Sobreira! Todos da região do brejo paraibano.
Como fazemos pra conversar mais pra descobrir mais alguma coisa?!

isabel pinto disse...

Fabricio entre em contato. Isabel.pinto2@gmail.com