sábado, 20 de junho de 2015

CURIOSIDADES GENEALÓGICAS - CENTENÁRIOS NO SÉCULO XIX

Tenho encontrado nos livros paroquiais de óbitos muitos registros de pessoas centenárias. Um fato que sempre me causa espanto. Idosos que teriam vivido além da expectativa de vida daquela época.
É bom lembrar que até os meados do século XIX a expectativa de vida no Brasil não passava de 40 anos. Esse quadro só mudou quando Pasteur, na segunda metade do século XIX, conseguiu provar a relação existente entre várias doenças e a higiene pessoal.  Passando no início do século XX a 50 anos.   
Segundo o IBGE, o fato mais notável relacionado com a expectativa de vida dos brasileiros ocorreu ao longo do século XX. Em 1940, a expectativa de vida da região Nordeste era 38,2 anos, só em 1990 é que o Nordeste atingiu seu maior valor 64,3 anos.

Assim, fico na dúvida se as idades registradas estão corretas ou não.
Alguns exemplos:
1) Em ARARUNA/PB
Em um só livro do ano de 1866, encontrei:
MARIA JOSÉ DAS NEVES, parda, de noventa e oito anos de idade, viúva de JOÃO DE DEUS DE ARAÚJO (2/8/1866)

imagem: arquivo pessoal
LUIS, criolo, com cento e cinco anos de idade, casado com VICTORIA, livres (16/02/1866)
 imagem: arquivo pessoal
ANNA ROZA DA CONCEIÇÃO, com cento e seis anos de idade, viúva de COSME SOARES (16/07/1866). 
 imagem: arquivo pessoal
II) EM SANTA CRUZ/RN
ANNA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, com cento e dez anos, viúva ( 20/01/1873).  

 imagem: arquivo pessoal

JOANNA BAPTISTA DA CONCEIÇÃO, viúva, de cento e doze anos (12/12/1880) 

imagem: arquivo pessoal
E, finalmente, um recorde de IGNÁCIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, viúva, com cento e vinte anos (24/06/1880). 
imagem: arquivo pessoal

Um comentário:

Isabela disse...

Parabéns pelo trabalho! Não duvido de todos os registros visto a prova de minha família. Meu pai viveu 101 anos, nasceu em 1904, na então Serraria, em um domingo de Ramos (como sempre contava); dos meus tios e tias, faleceram com mais de 80 anos e ainda tenho viva uma prima com 92 anos completos, pessoa super saudável e ativa.
O nome é que me intriga, como viramos Arruda? Meu pai contava que se tratava de uma vontade de meu avô em recuperar o nome perdido da família. Entre meus bisavós, encontrei Fernandes, Oliveira, Rozário e Rabino.
Sobre o local, hoje é região do Araça e Cuite em Arara e também aparece o nome Matinhas quando ainda pertencia a Serraria.