É sempre bom lembrar que o
café foi o responsável pelo enriquecimento de algumas famílias.
O “ciclo do café” é o nome dado ao período da história do Brasil onde
o plantio do café era a grande atividade econômica do país, responsável pelo
desenvolvimento de algumas regiões, especialmente no Vale do Paraíba (compreendendo
os estados do Rio de Janeiro e São Paulo) como em algumas cidades do Brejo Paraibano (Areia e Bananeiras).
O ciclo durou uns cem anos
(1830/1930) e, por volta de 1850, já encabeçava a lista de nossos produtos de
exportação. Era chamado de “ouro verde”.
Dizem que o café chegou ao
Brasil por volta de 1727. No Brejo
Paraibano já existiam plantações por volta de 1830, onde a planta encontrou um clima favorável, além de
proprietários de terras dispostos a utilizar a mão de obra escrava para o
plantio.
Um desses cafeicultores foi Estevão José da Rocha, o “Barão de Araruna”,
que a exemplo dos “barões do café” do Vale do Paraíba, fez fortuna com a
plantação e comercialização do café (vide postagem no blog) comprando seu
título de barão que usufruiu por 3 anos.
Um dos filhos de Estevão foi
FELINTO FLORENTINO DA ROCHA (aparece
também como PHELINTO FLORENTINO DA ROCHA), nascido em 1837 e falecido em 1913
(76 anos).
Felinto era casado com
Úrsula Emília e no inventário constavam os seguintes filhos/herdeiros:
- José Florentino da Rocha, solteiro, 39 anos, residente em Cacimba
de Dentro.
- Maria Emília da Rocha Cirne, casada com Célio Colombano da Costa Cirne.
- João Antônio da Rocha, casado.
-
Antônio Alves da Rocha, casado.
- Maria Engracia da Rocha, casada com José Antônio Ferreira da Rocha.
- Felinto Florentino da Rocha Filho, casado.
- Luiza Elízia da Rocha, solteira, 28 anos de idade.
- Manoel Florentino da Rocha, solteiro, 20 anos de idade, residente
em Currais Novos no Rio Grande do Norte.
Felinto ficou mais conhecido
como COMENDADOR FELINTO, por ter recebido
uma comenda da Imperial Ordem da Rosa
em agosto de 1888.
Essa ordem existiu de 1829 a
1889 e tinha seis graus: Grão Cruz.
Grande Dignitário, Dignitário, Comendador, Oficial e Cavaleiro.
Já no final do império, D.
Pedro II usou a ordem para distribuir comendas para incentivar fazendeiros a
dar a alforria aos escravos, sendo que a maioria destes fazendeiros eram cafeicultores.
Ao falecer Felinto deixou
muitos bens, dentre eles o Engenho
Jardim, que fora de seu pai. Nesta propriedade, avaliada em 1913 em 37
contos de réis, além de engenho, casa, existiam 140 mil pés de cafés. Ele também tinha plantações de café em outras
propriedades como no Jatobá, onde existiam quase o mesmo número de pés de café.
Felinto também tinha fazendas de gado, sendo que a maior
delas era localizada em Nova Cruz/RN.
Ele exerceu grande poder
político na região. Teve grandes desafetos, chegando a sofrer processos
criminais como o que teve com José Trajano da Costa.
Sua riqueza era expressiva
para o país e era considerado grande produtor e exportador de café.
Fotografia do seu túmulo existente no cemitério de Bananeiras/PB
Imagem: arquivo pessoal
6 comentários:
Descobri que minha família é Alves da Rocha e tem no brejo paraibano. Areia Esperança e Bananeiras. Alguém teria mais informações?? Grato
Meu avo epaminondas alves da rocha veio do brejo da paraiba para a cidade de patos por volta de 1910 .
Meu avô Felinto Tocha teve vários filhos ,uma delas chama se Nanci Rocha e Aníbal, e João e Eduzio targino MUNIZ.
Vó Beja foi mulher de Felinto Rocha.
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