Atualmente sabemos que os
povos indígenas que habitavam o Brasil em 1500, ano considerado como o do
descobrimento pelos portugueses, descendiam de populações que aqui se instalaram
há dezenas de milhares de anos e ocuparam praticamente toda a extensão territorial
que tem hoje o país.
Ao longo do tempo essas
populações desenvolveram hábitos, fazeres, tradições e línguas diferentes, ou
seja, se transformaram em diferentes culturas. Assim, é um erro se falar de “cultura
indígena”, sendo o certo “culturas indígenas”.
Mas, pouco ou quase nada
sabemos de muitas dessas culturas, pois o estudo da história desses povos é
relegado em nosso país, denunciando assim o pouco caso que nós fazemos dos
nossos ancestrais.
Digo nossos ancestrais no
sentido de que a maioria dos brasileiros tem ascendência indígena, a qual
contribuiu com os aspectos de suas culturas para a formação do que hoje se
chama Brasil, país de muitos contrastes.
Mas, sem adentrar muito nesta
seara, existe uma unidade em todas as sociedades indígenas que diz respeito a
propriedade. De uma forma geral tais povos não têm noção do que seja
propriedade privada da terra, embora reconheçam a posse de um território a
partir do uso que fazem dele.
Uma posse coletiva em que as
famílias podem utilizar igualmente todos os recursos existentes no território.
Um socialismo primitivo que permitiu durante muito tempo a sobrevivência daquelas
populações e, ainda preservada por poucos dos seus descendentes isolados em
reservas indígenas.
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