sábado, 24 de maio de 2014

ORIGEM DA FAMÍLIA PINTO DE BANANEIRAS/PB

Depois de muitas pesquisas, atualmente, me encontro diante de um enigma que não consigo decifrar, mas que acredito estar chegando perto da solução.

Em janeiro passado, graças à bondade do historiador MANOEL LUIZ DA SILVA, que realiza um trabalho maravilhoso de resgate da história de Bananeiras/PB, tive a oportunidade de conhecer o Bacupari, uma área rural do município,  que no passado teve grande importância para meus ancestrais, especialmente meu tetravô MANOEL JOZÉ PINTO, uma vez que o mesmo viveu naquela localidade durante muito tempo (aproximadamente 1818/1858) .

Tenho documentos que comprovam que, na década de 40 do século XIX, no Sítio Bacupari residiam outras famílias, sendo que a mais enigmática para mim foi a de JOSÉ PINTO DE QUEIROZ
O primeiro registro foi do casamento de sua filha Esmeria, em 28/02/1836, com Manoel Francisco de Souza, que era viúvo de Antonia Maria de Jesus.
O segundo, foi do nascimento do filho de Esmeria e Manoel , JOÃO, em 13/10/1837, como abaixo: 

 Sempre tive a certeza que José Pinto de Queiroz era  parente de meu pentavô, pois seria impossível ambos terem o mesmo sobrenome PINTO, morarem na mesma localidade sem que não tivessem vínculo nenhum, ainda mais considerando que estamos falando de 1836, em uma localidade rural de Bananeiras/PB.
Cumpre ressaltar que em 1840 toda a freguesia de Bananeiras (que englobava Dona Inês, Solânea, Borborema, Pilões, etc) tinha 20.667 habitantes, sendo que 1.535 eram escravos.  
Por outro lado, sempre tive a certeza de que o FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO, patriarca da família PINTO de Solânea,  também tinha algum vínculo com Manoel. Foi o escritor Luiz Pinto, um de seus descendentes, que me confirmou em seus livros (Terra Seca e Padre Pinto - Um peregrino da Fé) que tanto no Sítio Bacupari como o Sítio Buraco moraram filhos de Francisco.
Ora, esses lugares eram também os mesmo lugares que tanto Manoel, como seu filho Joaquim moraram. Não pode ser coincidência. Mas, sim fato natural que ocorre com os membros da mesma família.
No entanto, o mesmo Luiz Pinto fala que Francisco  era português. 
Nunca acreditei nisso, já que Carlota era brasileira  - de Mamanguape- e os filhos do casal nasceram mesmo em Bananeiras, coisa que LUIZ PINTO desconhecia já que afirmava que Carlota teria nascido em Portugal e os filhos em Recife.

Mas, como nada descobri sobre o nascimento de FRANCISCO, tampouco sobre o meu MANOEL, segui pistas. Algumas me levaram até Santo Antonio dos Mulungus (Mulungu), onde em 1785 um MANOEL JOZÉ PINTO e sua mulher MARIA DE OLIVEIRA, batizaram seu filho JOZÉ.
Conclui, sem ter provas documentais exatas, que este JOZÉ PINTO era o mesmo que havia batizado uma filha em Bananeiras, em 1809,  seria JOZÉ PINTO DE QUEIROZ.
Mas, acredito que estava errada.
O motivo do meu erro é justamente JOSÉ PINTO DE QUEIROZ.

Já faz algum tempo que encontrei, nos livros paroquiais de Bananeiras, o registro de casamento de ANTONIO PEREIRA PINTO DE QUEIROZ e de ROZÁLIA DE MAGALHÃES MENEZES (6/2/1839).
Hoje, mais uma vez tentei decifrar tal registro, e, acredito que nele encontrei, ainda que parcialmente, algumas respostas.
Eis o registro:
FONTE FAMILY SEARCH

 Consegui ler o seguinte:
"Aos seis de fevereiro de mil oitocentos e trinta e nove, em oratório privado na casa de NUNO DE MAGALHÃES DE MENEZES, nesta Villa de Bananeiras, pelas seis horas da tarde, corridos os proclamas ......... e dispensados do terceiro grau atingente ao segundo de consanguinidade , justos e confessados .... doutrina...... testemunhas JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA......... e FRANCISCO  TEIXEIRA DA SILVA PINTO, ......, ambos moradores nesta Villa, não...................................... receberão com................. presente  ....... ANTONIO PEREIRA PINTO DE QUEIROZ, filho de Francisco JOSÉ PEREIRA DE LEMOS e Dona ROSA MARIA PINTO DE QUEIROZ, natural da freguezia de SAN TIAGO DA CRUZ, bispado de BRAGA,  com ROSALIA DE MAGALHÃES MENEZES, filha de NUNO DE MAGALHÃES MENEZES e .......... .................. os nubentes residentes nessa Villa......"

Temos no registro alguns nomes muito familiares. JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA, que tantas vezes encontrei nos registros paroquiais como morador no Bacupari e ligado ao pentavô MANOEL JOZÉ PINTO, além de FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO e NUNO DE MAGALHÃES MENEZES.
A novidade fica por conta do noivo e seus pais. 
ANTONIO, o noivo, era português, nascido em SANTIAGO DA CRUZ, em BRAGA. O sobrenome de sua mãe PINTO DE QUEIROZ é sugestivo já que remete ao JOZÉ PINTO DE QUEIROZ.
Ora, se os noivos eram primos de segundo grau, NUNO era português também. Ponto para Luiz Pinto.
Por conseguinte, tanto JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA como FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO, que foram testemunhas do casamento, deviam ter alguma amizade com os noivos e, por conseguinte, deveriam ser também portugueses ou filhos de portugueses. 
Assim, começo a acreditar que todos estes anos procurando rastros de meus ancestrais no Brasil foram em vão. Por teimosia minha, não quis acreditar que minha família só tenha criado raízes aqui bem depois do que pensava, ou seja, depois de 1800.
Agora, tenho que dar o "braço a torcer". Rever tudo, com a máxima cautela. Refazer minhas contas, tentar decifrar totalmente o registro acima e, tentar seguir o rastro dos PINTOS em BRAGA, PORTUGAL .


   





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