quarta-feira, 5 de março de 2014

BATISMO DE ÍNDIOS EM BANANEIRAS/PB (1810/1813)

Para o colonizador português os índios constituíram um sério problema para a vida colonial. Quase sempre a relação entre os colonos e os indígenas era de grande hostilidade. A escravidão indígena perdurou no século XVI e garantiu mão de obra para os engenhos da Bahia e Pernambuco.
Devido a pressão dos jesuítas com o passar do tempo acabou por ser suprimida. Mas, os conflitos permaneceram, até que no século XVII  foi implantada a política de aldeamento.     Um local era escolhido, bem como um governador militar. Os índios eram batizados e catequizados segundo os preceitos da Igreja católica.
Os índios trabalhavam na agricultura e pequenas criações. Indígenas de diferentes etnias eram agrupados nesses aldeamentos, sem nenhum respeito a cultura de cada um.
É óbvio que os aldeamentos não poderiam dar certo. Os indígenas tinham hábitos e costumes próprios. Eram acostumados à natureza. A caça e a pesca eram fundamentais para a sobrevivência.
Natural que não se acostumaram com a disciplina rígida de trabalho e orações. Muitos fugiam e retornavam para as matas, longe do "homem branco" que acima de tudo disseminava doenças. 
Em todo Brasil foram criados tais aldeamentos. Na capitania da Paraíba, cerca de 12, e somente 5 deram origem a núcleos urbanos. Após 1760, quando já não se falava mais em aldeamentos, mas em "vilas de índios", cuja população "branca" também já era considerável, persistiram as práticas do batismo e catequese.
No início do século XIX, ainda constavam nos livros paroquiais de Mamanguape, a quem pertencia Bananeiras,  várias referências de batismo de índios. Casamentos também.
Exemplo disso:
Francisco Correia e sua mulher Anna Maria.  Índios da Villa de San José (antigo aldeamento localizado no Rio Grande do Norte que data de 1630 e transformado em vila em 1762 - São José do Mipibu). Foi batizado em 25 de julho de 1811. Padrinhos o Capitão Antonio José da Assunção e Francisca Maria.

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JOAQUIM, filho de Bernarda Guedes, índios solteiros, foi batizado em 13/12/1813, na capella de Bananeiras. Padrinhos Floriano Perreira e sua mulher Florinda Maria.

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