sábado, 24 de janeiro de 2015

JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA


JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA

Em minhas pesquisas sobre a cidade de Bananeiras/PB, encontrei muitas vezes a menção de JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA, sempre ligado à minha família (PINTO).
Ao que tudo indica era uma pessoa muito próxima de MANOEL JOZÉ PINTO, meu pentavô, e, também das famílias CORREIA e SOUZA.
Da família SOUZA, da qual descendo através de DOMINGOS RIBEIRO DE SOUZA, é perfeitamente explicável já a primeira esposa de JOAQUIM, era MARIA ALEXANDRINA DE SOUZA, outra filha de DOMINGOS, irmã de JOSEPHA, segunda esposa de Manoel e tia de IGNÁCIA, casada com JOAQUIM JOSÉ PINTO (meu tetravô), filho de MANOEL.
Enfim, um emaranhado de relações de parentesco.

Entretanto, mais um nó genealógico surge quanto se encontra estreita ligação de JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA com a família CORREIA, que nada mais é do que a de CARLOTA, mulher de FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO (Chico Gago).
Bem, vejamos:
Carlota nasceu em Bananeiras, em 1818, conforme a certidão abaixo
(imagem family search)
"Aos quatorze de outubro de mil oito centos e dezoito nesta Matriz de licença minha o padre coadjuntor José Moreira batizou e pos os santos oleos a parvola Carlota de idade de seis mezes, filha natural de Anna Correia desta freguezia, forão padrinhos Francisco Jozé Corrêa e Joanna Correia, solteiros, e para constar fiz este termo que assino".

Do registro acima vemos que os tios maternos, Francisco Jozé Corrêa (Correia) e Joanna Correia, ambos solteiros na época, foram os padrinhos da criança.

Francisco Jose Correia contrai matrimônio em 23/02/1819 com THEREZA MARIA DE CASTRO. Consta que ele era filho de JOSÉ DANTAS CORREA (CORREIA) e MARIA LUCIANA, já falecidos, e Thereza viúva.
Eis o registro:
imagem family search

Vemos assim que Carlota era neta de JOSÉ DANTAS CORREIA (que ao que tudo indica era neto de seu homônimo JOSÉ DANTAS CORREIA, pai de CAETANO DANTAS CORREIA e outros, famosos por terem povoado parte do território paraibano com seus descendentes). 

Em 1826, segundo o registro abaixo, FRANCISCO, já casado com Thereza Maria de Crasto, batizou seu filho MANOEL, e os padrinhos foram JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA e sua mulher MARIA ALEXANDRINA DE SOUZA (filha de DOMINGOS).
(imagem family search)

"Aos vinte e nove de outubro de mil oito centos e vinte seis nesta matriz baptizei solenemente ao parvolo Manoel com idade de oito diaz filho legitimo de Francisco Jozé Correia e de Thereza Maria de Crasto, forão padrinhos Jozé, digo, Joaquim Jozé Teixeira e sua mulher Dona Ana Alexandrina de Souza, todos desta freguezia, para constar mandei fazer este termo que assigno"

Assim resta, em parte, explicado a proximidade de JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA com a família de CARLOTA, e, em consequência, com o próprio FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO, o ancestral mais remoto da outra (ou seria a mesma?) família PINTO de Bananeiras.
Note-se que Francisco também usa o sobrenome TEIXEIRA, o mesmo de JOAQUIM.

Da família CORREIA (de CARLOTA, sua mãe e tios), ao que tudo indica é oriunda do Rio Grande do Norte, mais precisamente de Extremoz, conforme indica o documento abaixo, que é o registro do casamento de  Manoel da Roxa (Rocha) Correia, também tio de Carlota, realizado em 1812.


 (imagem family search)

* Casamento realizado em 7/7/1812, Manoel da Roxa Correia e Luiza Maria, ela de Bananeiras, ele de Extremoz, ele filho de Anna Maria e ela de Bento da Silva e Roza.

Quanto a JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA, a data provável de seu nascimento, considerando que era casado em 1826, estimei em 1800. Mas, em 1838, para minha surpresa, com aproximadamente 38 anos, ele batizou sua filha ANEDINA, conforme registro abaixo, mas a mãe da criança não é ANA ALEXANDRINA DE SOUZA e sim ANNA MARIA DA CONCEIÇÃO, e, por óbvio, consta do registro ser filha natural e não legítima. E, mais uma surpresa: o padrinho foi MARTINIANO JOZÉ PINTO (irmão de meu pentavô MANOEL JOZÉ PINTO). Consta ainda, no registro a madrinha foi LUZIA PEREIRA, mulher de Martiniano, mas, em seguida, consta que eram solteiros.   

O fato é que com MARIA ALEXANDRINA ele teve os filhos JOÃO JOSE TEIXEIRA e ENEDINA ALEXANDRINA TEIXEIRA, nascidos entre 1828/1834. 


 (imagem family search)
"Aos dezesete de setembro de mil oito centos e trinta e oito pelo Reverendo Vigário Jozé dos Santos foi baptizada solenemente a parvola Anedina * de idade de oito mezes filha natural de JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA e ANNA MARIA DA CONCEIÇÃO, brancos, moradores desta Vila, forão padrinhos Martiniano Jozé Pinto e sua mulher Luzia Pereira, solteiros, do que para constar assino este assento"
* Pode ser que seja na verdade seja ENEDINA
Joaquim e Ana Alexandrina, que faleceu em 1854, tiveram pelo menos mais 4 filhos:
1) JOÃO JOSÉ TEIXEIRA, nascido em 1832
2) JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA, nascido em 1833
3) JOÃO JOAQUIM TEIXEIRA, nascido em 1840
4)  MARTINIANO, batizado em 25/06/1843
5) FRANCISCA JOAQUINA TEIXEIRA, nascida em 1842
6) LUIZ JOAQUIM TEIXEIRA, nascido em 1846
7) NUNO ( que passa a assinar NUNO MAGALHÃES TEIXEIRA, batizado em 14/05/1847, que casou-se com Anna. Foi agente de Correios em Araruna.
Seu filho Nuno Teixeira Filho nasceu em 1885 e, se casou em 1909 com Eliza Targino de Castro (da mesma família da primeira esposa de seu avô JOAQUIM).
8) GUILHERMINA, que se casou com Manoel da Costa

O interessante é que este NUNO, além de ter o prenome igual adota o sobrenome MAGALHÃES, que é o mesmo de NUNO DE MAGALHÃES MENEZES, citado pela família de FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA PINTO, como sendo português e que teria sido farmacêutico em Bananeiras. 
Embora não tenha confirmado tal informação, sei que a ligação entre JOAQUIM e NUNO era grande como comprova o registro abaixo em que ambos foram padrinhos de um casamento.


(imagem family search)
Casamento de Francisco Pinheiro Borges, em 16/10/1943, com Francisca Maria do Nascimento. Sendo testemunhas JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA E NUNO DE MAGALHÃES MENEZES.

Em 6/2/1837, o próprio JOAQUIM já tinha sido testemunha do casamento de Rosália de Magalhães Menezes, filha de NUNO DE MAGALHÃES MENEZES com o português ANTONIO PEREIRA PINTO DE QUEIROZ (vide postagem). 

Consta ainda que JOAQUIM JOSÉ (JOZÉ) TEIXEIRA foi vereador em Bananeiras por volta de 1843, época em que residia no BACOPARY, segundo ele distante da vila, razão pela qual pediu sua dispensa.




Um comentário:

Ednaldo disse...

Oi prima
É realmente uma pena a precariedade dos registros paroquiais no tocante a riqueza de informações, pois pela frequencia dos sobrenomes (Pintos, Correia, Teixeira, etc), não se precisa ir mais longe pra entender q todos estes moradores tinham fortes ligações familiares e sanguineas. O Nuno Magalhães Menezes é uma das figuras bem marcantes, q transita em meio a todas essas familias citadas. Sabe, acho q não conseguimos avançar mais porque a chave de tudo deve estar em Portugal, pois se observarmos, a aparição dessas familias ocorre quase q na mesma época em Bananeiras. Um dia agente desvenda esse quebra-cabeça.