VIDA NOS ENGENHOS DE CANA DE
AÇÚCAR NO BRASIL COLONIAL
Embora muitas vezes
romantizada a vida nos engenhos de açúcar está longe de ser uma vida fácil.
Os engenhos eram grandes propriedade que tinham uma estrutura bastante
parecida, constituindo-se de uma plantação
de cana de açúcar (canavial) , casa das caldeiras, trapiche para armazenamento,
casa grande (onde se alojavam o dono do engenho e sua família), casa dos trabalhadores livres , capela, senzala..
Constituindo de um agrupamento humano razoável para a época com 50 a 100
pessoas.
Os escravos representavam
entre 60 a 80% da mão de obra do engenho.
Eles trabalhavam roçando o solo, plantando, colhendo, pescando, caçando e
cuidando dos animais (vacas, patos, porcos e cabras). Além do transporte do
açúcar para sua comercialização.
A maioria dos engenhos da Paraíba
era movido a tração animal, utilizando-se bois, cavalos e mulas para isso.
Eram localizados ao longo de
rios, pois tanto as pessoas como o gado precisavam de agua. As estruturas iniciais
eram feitas de taipa e adobe. Posteriormente, no Império, foram utilizados
tijolos e argamassa,
No engenho não eram só
senhores e escravos, mas uma gama grande de trabalhadores livres tais como pedreiros, ferreiros, mestre de açúcar,
feitores, capatazes, muitos desses portugueses recém-chegados acabavam se
casando com filhas dos seus patrões.
Escrevas trabalhavam nos
serviços domésticos lavando, passando, cozinhando e como amas de leite.
Havia abundância de aguardente
que era consumido por todos.
A vida não era fácil nos
engenhos de açúcar no período colonial, pois viviam longe dos centros de
abastecimento e o produto (açúcar) tinha que ser comercializado. Para tanto,
necessário leva-lo até os portos em lombo de mulas ou mesmo carros de bom
(dependendo dos caminhos utilizados).
Evidentemente, pela
importância do açúcar na economia brasileira, os donos de engenho participavam
ativamente na estrutura do poder colonial, tornando-se ricos e poderosos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário