domingo, 28 de junho de 2020

FAMÍLIA PINTO EM SOLÂNEA (PB)


A IMENSA FAMILIA PINTO
Recentemente, mais um membro da família Pinto entrou em contato comigo. Tinha dúvidas se realmente era da família e prometi que iria escrever uma postagem explicando tudo.
Não é e nunca foi minha pretensão de compilar todos os membros. Fato que seria quase impossível, considerando o número de descendentes.
Mas, como este ramo ainda tem muitos descendentes, tanto em Solânea como em Bananeiras, achei se trata necessário esclarecer.
Inicialmente, devo esclarecer que não sei quantos irmãos meu quinto avô MANOEL JOSÉ PINTO teve.
Só sei o nome dos 14 filhos
1) MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, casada com JOÃO GOMES DOS SANTOS.
2) JOAQUIM JOSÉ PINTO (meu tetravô) casado com INÁCIA FRANCISCA DE JESUS.
3)  MANOEL JOSÉ PINTO, casado ANTONIA MARIA DA CONCEIÇÃO.
4) ANTONIO JOSÉ PINTO. Casado com JOAQUINA MARIA DE LIMA CAVALCANTI em 1870.
5) JOSÉ PINTO DE SOUZA ou JOSÉ PINTO DA SILVA. Casado com JOANA EULANA DO NASCIMENTO.
6) JOÃO SIMPLÍCIO DA SILVA PINTO, casado com LUDOVINA MARIA DA CONCEIÇÃO.
7) ANTONIA MARIA DA CONCEIÇÃO, casada com MANOEL JORGE TEIXEIRA.
8) IGNÁCIO JOÃO PINTO, casado com ALEXANDRINA. Filhos conhecidos FRANCISCO DA SILVA e JOÃO IGNÁCIO DA SILVA.
9) MARIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, 17 anos, casada com FRANCISCO SEVERINO DE OLIVEIRA. Filho MANOEL, nascido em 12/11/1864. CLAUDINO JOSÉ DE SOUZA (1871) casado em 14/02/1889 com Felismina Maria da Conceição.
10) CATHARINA MARIA DE JESUS,
11) BERNARDINA. Casada com JOAQUIM ALVES TEIXEIRA (fato que só descobri recentemente).   
12) JOANNA
13) MANOEL
14) ANNA (tenho notícias que se casou Areia/PB)
Esses eram os filhos vivos a época do inventário de Manoel José Pinto (1865) não aparecendo os filhos Joaquina, Virgínio, Francisco e Isabel os quais deviam ser falecidos e dos quais não tenho maiores informações.

Todos esses filhos nasceram em Bananeiras, mas muitos viveram em Moreno (Solânea) a exemplo de Manoel José Pinto, Antônio José Pinto (este foi morar em Solânea a partir de 1870, onde criou todos os seus filhos, inclusive Manoel Simplício da Silva Pinto). Deixou muitos descendentes que ainda hoje moram lá.


Meu trisavô Joaquim José Pinto, nascido por volta de 1818, foi casado com Inácia Maria da Conceição (tinham bisavós em comum), morava no Buraco, localidade de Bananeiras lindeira a Moreno, local onde tinha terras na Aldeia.
Entre um e outro local a distância não chega a 3 Km.
O casal teve muitos filhos, dos quais são conhecidos
1)    ANA FRANCISCA DO SACRAMENTO PINTO, nascida em julho de 1840, casada em 1857, com José Felix de Souza (nascido em 1827). Se fixaram em Moreno.
2)    JOÃO JOSÉ DE SOUZA, nascido em janeiro de 1842 casado com Maximiana Maria da Conceição . Tenho notícias que viveram nos Melões (atual Coronel Ezequiel onde seu pai tinha terras com criação de gado).
3)    FRANCISCO, nascido em junho de 1845. Desconhecidas maiores informações, até se sobreviveu à vida adulta.  
4)    EMYGDIO JOSÉ DE SOUZA PINTO, nascido em 1844, provavelmente em Araruna ou Cacimba de Dentro. Meu trisavô casado com Isabel Francisca de Lima. O casal teve 16 filhos sendo que 6 viveram e morreram em Solânea.
5)    ANTONIO JUSTINO DE SOUZA, nascido em 1845.
6)    LUIZA MARIA DA CONCEIÇÃO (LUIZA PINTO), batizada em 14/01/1849 em Bananeiras. Recebeu o nome da madrinha Luiza Mendes casada com Pedro Rodrigues das Neves.
7)    IGNÁCIO FRANCISCO DE SOUZA, nascido em 1850 em Solânea. Casado com Alexandrina Francisca de Lima, sua prima de segundo grau.
8)    GABRIEL ELPIDIO PINTO DE SOUZA, nascido em 1851

LUZIA MARIA DA CONCEIÇÃO ou LUZIA PINTO, como aparece em alguns documentos, casada com JOSÉ FONTES DE SOUZA por volta de 1866. O casal sempre residiu em Moreno, onde tiveram muitos filhos.  Dentre os quais:
1)    ISABEL MARIA DA CONCEIÇÃO, que faleceu aos 82 anos em 21/02/1963 Solânea, sendo que a época morava na rua Celso Cirne em companhia de um irmão. Era solteira e sem filhos.
2)    MARIA LUIZA D0 ESPÍRITO SANTO OU MARIA FONTES, casada com Luiz Ribeiro dos Santos (seu primo), ambos moradores no Olho Seco de Solânea. Luiz era filho legítimo e Porfíro Ribeiro dos Santos e Maria Joaquina do Espírito Santo, antigos moradores da Aldeia. Tiveram muitos filhos e deixaram descendentes que vivem até hoje em Solânea.
3)    ANGELA DA CONCEIÇÃO, falecida em 14/05/1968 em Bananeiras. Foi casada duas vezes. A primeira com Felinto de Tal e a segunda com José Francisco dos Santos. Não teve filhos. Era muito conhecida em Bananeiras onde residia na Rua Alfredo Guimarães.
4)    JOSÉ FONTES DE SOUZA, casado com Claudia Maria da Conceição, filha de MANOEL OLEGÁRIO DE SOUZA PINTO e de Emília Maria da Conceição. Manoel era filho de Antônio José Pinto (filho de Manoel José Pinto). Ambos residentes em Solânea.
 O número de filhos alcançou o número 9, mas desconheço o nome dos outros já que não pesquisei nos livros de Solânea/Bananeiras.

Não confundir essa LUIZA PINTO com outra de nome LUIZA MARIA PINTO, nascida em 23/02/1919 na Aldeia, filha de MANOEL SIMPLÍCIO DA SILVA PINTO e LEONCIA COSTA, outro filho de Antônio José Pinto, neto de Manoel José Pinto, que viveu em Solânea.
Essa Luiza se casou em 18/04/1952 com Severino Pessoa da Costa, filho de Luiz Pessoa da Costa e Josepha Leopoldina. Ele era viúvo quando se casou com Luiza.
Outra filha de Manoel Simplício da Silva Pinto foi JOANA GOMES PINTO, nascida em 1903 e falecida em 1967 em João Pessoa. Na época, viúva de Manoel Galdino Gomes.com quem se casou em 1917. Seus filhos : Derci, Eliane, Edisio, Darci, Adelcio, Iranir, Nair e Jovenir.

De fato, a família Pinto está há muito tempo em Solânea/PB. No meu tronco tenho documentos que comprovam que já habitavam aquela localidade por volta de 1836. Muitos de seus descendentes vivem lá até hoje. Muitos não sabem que pertencem a família. Outros sabem, mas não conhecem seus ancestrais.   

Essa postagem “encomendada” visa esclarecer o vínculo de parentesco entre alguns membros da família Pinto.
Resta aos descendentes continuarem construindo a arvore genealógica. Colhendo documentos comprobatórios (escrituras, registros de terras, inventários, etc.) que nos ligam ao povoamento da antiga Moreno. Reconstruindo os fatos passados e não permitindo que o nome dos nossos ancestrais seja apagado da história de Solânea.

SOLÂNEA (ANTIGA MORENO/PB)

SOLÂNEA – SUA HISTÓRIA QUE SE CONFUNDE COM A DE ALGUNS DE MEUS ANCESTRAIS
A ligação de alguns de meus ancestrais com Solânea (PB) remonta ao final do século XVIII, podendo ser bem mais antiga se considerada minha ancestralidade indígena, constatada em testes de DNA, que acusam entre 3 a 5,2 % de nativos sul-americanos, que só podem ser oriundas de meu lado paterno, já que o materno é todo de origem europeia.
A ocupação indígena no território onde hoje está localizado o município de Solânea (Antiga Chã do Moreno) é antiga, mesmo antes da chegada dos colonizadores portugueses.
Vários de meus ancestrais comprovadamente viveram na antiga Moreno. Muitos nasceram lá, como minha avó materna ISABEL ALEXANDRINA BORGES (8/09/1902).
Descendo de antigos colonizadores das famílias Borges, Pinto, Oliveira, Lima, Souza e Costa, que através de enlaces matrimoniais sucessivos (endogamia) deixaram inúmeros descendentes, não só em Solânea, como pelo mundo agora.
Necessário esclarecer que não se sabe ao certo quando começou a ocupação daquele território, nem pelos indígenas e muito menos pelos portugueses.
O que se sabe com certeza é que Duarte Gomes da Silveira, que foi um rico senhor de engenho na Paraíba, com ânsia de conquistar terras para a agricultura e criação de gado, destruiu totalmente várias aldeias indígenas, entre elas a que foi chamada de “Vila de Ararembé” que era uma grande aldeia, cujo líder era chamando Ararembé (alguns chamam de Zorababé) que foi capturado por Duarte Gomes da Silveira em 1587, depois que destruída a aldeia dele.
Essa aldeia era “localizada na Serra da Copaoba, que é um dos contrafortes da Borborema a qual corta a Paraíba de Norte a Sul, começando no Rio Grande do Norte e termina em Pernambuco.
Foi nessa serra onde ocorreram muitas das “guerras” entre os potiguaras e os portugueses.
O mapa de Marcgrave (1643) indica onde seria localizada a aldeia de Ararembé, o que acredito ter sido no município de Solânea.
Mas, pode ter sido no território de Pilões.
O interessante é que quase um século depois de sua destruição surge um aldeamento indígena, que segundo Domingos Monteiro da Rocha (in relação dos lugares e povoações de Mamanguape de 1757) ficava localizado na “Serra das Bananeiras” a qual chamavam de Boa Vista, que posteriormente ficou conhecida como “Aldeia de Santo Antônio da Boa Vista”.
Esse aldeamento já era conhecido por volta de 1700 e estava a cargo dos religiosos de Santa Tereza.
Acredito que por conte desse aldeamento o colonizador português se viu atraído pelo lugar. Terras boas para o cultivo, índios pacificados disponíveis para o trabalho (mão de obra) e serviço religioso eram atrativos que não poderiam ser desprezados pelo colonizador.
Durante algumas décadas a vida na aldeia seguia tranquila, e em 1780 já era notável o número de habitantes nas redondezas. Meus ancestrais, como de muitas outras famílias antes de se fixarem nesses “sítios de terra” passaram pela Alagoa do Pahó (atual Alagoa Grande) que era a porta de entrada para o Brejo Paraibano.
Por Brejo entende-se a região intermediária entre o litoral e o sertão e abrange a Serra da Borborema.
Mas, é necessário dizer que em os Sucurús conseguiram sesmaria em 1718, próximos ao lugar em que já estavam aldeados.
Consta que, em 1744, o Conselho Português escreveu carta ao rei sobre a devassa que se instaurou na Paraíba e, pelos ferimentos causados aos índios no “distrito de Bananeiras”, o qual nessa época pertencia a Mamanguape.
Esse conflito resultou na morte de 8 indígenas e 3 feridos, fato que teria acontecido em 14/11/1739 na “aldeia dos índios”.
Vemos assim que o passado de Solânea (antiga Moreno) está ligado aos agrupamentos indígenas, mais precisamente a localidade denominada ALDEIA, que ainda hoje carrega esse nome e faz parte no município de Solânea.
Território que compreendia desde a “Chã de Santa Tereza” (nome dado pelos religiosos por conta de sua Ordem) até à Aldeinha entre os riachos das Lages e o da Gruta de Santa Tereza.
Na Aldeia existiram várias fontes de água que eram chamados de “olhos d’agua “ e abasteciam a população local e suas criações.
Quanto ao nome originalmente dado –Chã do Moreno – acredita-se ter sido dado em razão de colonizador que lá se fixou que alguns dizem que seria descendente do Gregório da Costa Soares, que teria feito uma doação de terras para a construção da Capela de Bananeiras em 1763.
O documento da época diz que ele tinha idade avançada. Pode ser o mesmo que era chamado de Gregório Soares Moreno.
Na verdade, MORENO podia ser apenas uma alcunha, como era comum naquela época. Mas, nada encontrei a esse respeito, apesar de ser crível que seja o mesmo, já que Chã do Moreno era vizinha da Aldeia e também de Bananeiras. Provavelmente, eram terras dele, daí o nome. Mas, isso é apenas especulação.
O que não é especulação é o fato de que a mais antiga capela da região foi erigida na Aldeia de Santo Antônio da Boa Vista e o orago, como não poderia deixar de ser era Santo Antônio.
Essa capela também era chamada de Capela da Boa Vista foi utilizada até, pelo menos 1836, já que encontrei registro que apontava batizado em seu interior.
Mas, a partir de 1780, quando os sucurus foram transferidos para o litoral por ordem do Governador de Pernambuco os serviços religiosos diminuíram, somando-se a isso uma recém construída capela em local próximo (Nossa Senhora do Livramento em Bananeiras).
Uma outra capela foi construída por volta de 1866 devido ao crescimento populacional da povoação. Essa Capela foi construída no lugar onde foi edificada a Matriz de Santo Antônio.
Infelizmente, a autorização consta nos livros que estão localizados na Cúria de Recife dos quais não tive acesso.
Quanto a própria ocupação do território de Moreno, a mais antiga prova que encontrei (em 2011) foi o registro do batismo de Domingos, filho de Simplício do Nascimento e Lourença Alvares, moradores no MORENO, o qual foi batizado na Capela de Bananeiras, em 26/04/1785, pelo reverendo Antônio Feliz Barreto (conta no meu livro Genealogia Sertaneja, publicado em 2012).
Embora tenha dado ampla publicidade desse registro, até hoje, nenhuma outra pesquisa foi feita e a história do município de Solânea continua sendo contada de forma totalmente destoante da realidade.
Na verdade, não me importo muito com isso, já que minhas pesquisas se baseiam em documentos e sempre tive a preocupação de resgatar a história de meus ancestrais.
 Em relação a esses, posso dizer com segurança que desde o início de século XIX já estavam em Moreno (famílias Pinto, Lima, Borges e Souza).
Meu quinto avó Manoel José Pinto tinha terras na Aldeia e em Chã do Moreno.
Essas terras, por sucessivas heranças chegaram até a minha bisavó ALEXANDRINA DE SOUZA PINTO, que faleceu em Moreno em 1908, deixando casa e terra na Aldeia, conforme comprova o inventário dela.
Alexandrina era bisneta de MANOEL JOSÉ PINTO, filha de Emygdio José de Souza Pinto, que era comerciante em Solânea. Consta que além de fazer comércio com fumo, também plantava café e se dedicava a fabricação e venda de fogos de artificio (antigamente chamados de pirotécnicos). No inventário dele constam pés de café e cordas de fumo e, na Aldeia duas casas, uma de tijolos ( que era mais raro na época).
Residia em Moreno em 1890, quando registrou no cartório de Bananeiras sua filha Rita (12/10/1890).
Por outro lado, meu trisavô Pedro Paulino Borges também morava na Aldeia, pelo menos desde 1855.
Enfim, a ligação de minha família com Solânea é antiga.
A cada dia que passa encontro novos parentes. Muitos que residem lá descendem do mesmo tronco familiar que eu, mas desconhecem tanto a história local como de seus antepassados.
 Infelizmente, o livro de registros de terras de Bananeiras se perdeu e, até hoje, não consegui acesso aos registros cartorários que possam comprovar a da cadeia dominial das terras da antiga Moreno.
Nesses longos 16 anos de pesquisa não encontrei material suficiente  sobre o município, cuja história é riquíssima (sem falar nas inscrições rupestres ). Sempre aguardando novos interessados em pesquisas, trabalhos acadêmicos, etc.
A minha esperança persiste.

domingo, 21 de junho de 2020

POPULAÇÃO DA PARAÍBA 1774

POPULAÇÃO DA PARAÍBA 1774

LOCAL
HOMENS
MULHERES
TOTAL
CIDADE DA PARAÍBA
 8.367
9.155
17.522
MAMANGUAPE
 4.423
3.972
 8.395
VILA DO CONDE
 1.020
   939
 1.959
PILAR
    452
   506
    958
BAHIA DE SÃO MIGUEL
    639
   619
 1.258
VILLA FLOR
    411
   464
     875
TAIPU
 2.497
1.975
 4.472
CARIRI VELHO
 1.830
1.369
 3.199
CAMPINA GRANDE
 1.273
1.216
 2.489
POMBAL
 5.095
2.616
 7.711
SERIDÓ
 2.050
1.580
 3.630
                                  TOTAL
28.057
24.411
52.468



Fonte: Relatório do CAPITÃO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO JOSÉ CESAR MENEZES

sábado, 20 de junho de 2020

SERIDÓ (RN) - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

SERIDÓ

Não é minha intenção discorrer amplamente sobre essa região do Rio Grande do Norte, mas apenas deixar registrado sua importância para a História e Genealogia.
Atualmente a região compreende 24 municípios
1- ACARI
2- BODÓ
3 - CAICÓ
4- CERRO CORÁ
5 - CARNAÚBA DOS DANTAS
6 -CRUZETA
7 - CURRAIS NOVOS
8 - EQUADOR
9 - FLORÃNIA
10 - JARDIM DE PIRANHAS
11- JARDIM DO SERIDÓ
12 - JUCURUTÚ
13 - LAGOA NOVA
14- OURO BRANCO
15 - PARELHAS
16 - SANTANA DO SERIDÓ
17 - SÃO FERNANDO
18 - SÃO JOÃO DO SABUGI
19 - SÃO JOSÉ DO SERIDÓ
20 - SÃO VICENTE
21 - SERRA NEGRA DO NORTE
22- TENENTE LAURENTINO CRUZ
23 - TIMBAÚBA DOS BATISTAS
24 - IPUEIRA

o SERIDÓ representa o berço de muitas das antigas famílias de colonizadores, por tal motivo vemos sua citação em muitas genealogias, como por exemplo dos descendentes de Tomaz de Araújo Pereira, considerado o ADÃO DO SERIDÓ, já que deixou inúmeros descendentes, sendo fácil encontrar pessoas que descendem dele, muitas das vezes mais de uma vez, pois os enlaces genealógicos com outras famílias povoadoras do Seridó foram muitos (DANTAS CORRÊA, AZEVEDO MAIA, MEDEIROS E LOPES GALVÃO). 
Convém ressaltar que a História aponta que além das relações de parentesco muita das vezes possuíam interesses comerciais comuns (CURRAIS DE GADO).
É importante destacar que antes da fixação desses colonizadores a Ribeira do Seridó era habitada pelos Canindés, Genipapo, Sucurus, Cariris e Pegas, os quais foram desalojados da região após a "Guerra dos Bárbaros" ** .
Os colonizadores do Seridó buscavam terras para a criação de gado, já que a partir de 1701 era proibida a criação de gado vacum a menos de 10 léguas do litoral, isso para proteger os engenhos e, consequentemente, não interferir na produção de cana de açúcar .
Assim, para seus currais os colonizadores do Seridó se apropriavam das terras antes pertencentes as populações étnicas  acima citadas, sendo que alguns dos seus sobreviventes foram aldeados.
Exemplo disso, o que muita gente não sabe, é que os Sucurus e Canidés foram para Aldeia de Santo Antonio da Boa Vista (atual município de Solânea/PB), que registra a presença deles em  pelo menos, em 1731, data constante nos mais antigos registros paroquiais que sobreviveram ao tempo (livros de Mamanguape) .
A rede familiar no Seridó é inegável. 
Atualmente, graças aos testes de ancestralidade genética podemos afirmar que os laços familiares entre os colonizadores foram até maiores do que se pensava.
Neste aspecto, preciso lembrar que não só de colonizadores descende o povo do Seridó, mas também das populações indígenas que la habitavam antes da chegada daqueles.
Gosto da genealogia genética . Fiz testes em algumas empresas que apontam correspondência genética com pessoas do Seridó.
Todavia, até agora não consegui fazer nenhuma ligação de antepassados comuns.
Mas, não descarto que o vínculo seja não do colonizador, mas sim dos Sucurus ou Canindes , ja que esses foram para Solânea, justamente onde muitos de meus avoengos moravam.
Mas, necessário muito estudo para concluir afirmativamente algo nesse sentido.
Por enquanto, sei que tenho alguma ligação com o Seridó (eu e a maioria dos potiguares e paraibanos).   

* - Nascido aproximadamente em 1701 em Viana do Castelo, Portugal e falecido em 1780.
** Pouco aparece nos livros de história. Foi uma serie conflitos e enfrentamentos entre os colonizadores e a população nativa (indígena)que durou quase setenta anos de 1650 a 1720) e que retardou a conquista das terras dos "sertões" pelos colonizadores.o 

ALGUNS ÓBITOS EM ARARUNA - PB (1853 A 1865)

1853
FRANCELINA MARIA DA CONCEIÇÃO, casada com Julião dos Santos
MANOEL RODRIGUES DO NASCIMENTO, com 36 anos
COSME SOARES FERREIRA, 89 anos casado com Anna Maria da Conceição
JOÃO JOSE DA SILVA, 72 anos, casado com Manuela Aguiar
JOSÉ GOMES PINTO (Da minha família, com indícios de ser um dos filhos de meu tetravô Joaquim José Pinto ) morador em Cacimba de  Dentro
LOURENÇA MARIA DA CONCEIÇÃO , casada com Manoel José do Nascimento

1854  
LUIZ CARNEIRO DA ROCHA casado com Joaquina Maria
ISABEL MARIA DE JESUS, de 35 anos, casada com Feliciano Gomes da Silva

1855
THOMAZ SOARES, casado com Anna Thereza
JOAQUIM FRANCISCO DE LIMA , casado co Alexandrina Francisco de Jesus
ANTONIO ALVES MOREIRA, casado co  Maria Thereza Hortencia

1857
ANTONIO FORTUNATO DOS PASSOS, 35 anos, casado com Belmira Macionilia do Espirito Santo
ANTONIO MOREIRA, 35 anos, casado com Maria Francisca (morador no Jacú do Órfão)
GRACIANA MARIA DA CONCEIÇÃO, casada com Feliz José Ribeiro, moradora no Calabouço
FELICIANO PRIMO DA SILVA, 38 anos, casado com Joaquina Maria da Conceição, morador na Vila de Araruna
PAULO DA CUNHA, 59 anos, casado com MARIA ROZA

1858
JOÃO EVANGELISTA DANTAS, 60 anos, casado com Antonia Maria da Conceição
MARIA THEREZA DE JESUS, 28 anos, casada com José Ferreira de Araújo
LUCRÉCIA 50 anos, escrava de Manoel de Azevedo Belmont, morreu de tuberculose.
GUILHERMINA MARIA DO NASCIMENTO, 25 anos, casada com Marcolino Gomes da Silva (faleceu de parto) 
IGNÁCIO JOSÉ BORGES, 70 anos, viuvo
SEBASTIANA MARIA DA CONCEIÇÃO , 40 anos, casada com José Soares da Costa
ROZA MARIA DA CONCEIÇÃO, com 30 anos, casada com Manoel de Lima Gondim
BÁRBARA FRANCISCA ROMANO, 28 anos, casada com Francisco Xavier Ribeiro ( morreu de parto)
ANTONIO NUNES BARBOSA , 35 anos , casado com  Juliana Maria

1859
* Constam alguns sepultamento na Capela de São Bento como o de João José Fernandes que faleceu em 7/6/1859 aos 70 anos de idade , foi casado com Maria Baptista da Conceição

1860
SERAFIM DOS ANJOS DE ALENCAR, 50 anos , casado com Clara Maria da Conceição
JOÃO MANOEL DAS CHAGAS, 56 anos, casado com Lourença Paulina de Mello
MANOEL BENTO ROIZ, 35 anos, casado com Felícia Esméria das Mercês. 

1861
JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA, 61 anos, viúvo
ALEXANDRE FERNANDO DE SOIZA (souza), 45 anos, casado com Mariana Thereza
JOSÉ BENTO DE ARAÚJO LIMA, casado com Clotildes Petronila das Fontes, 50 anos
ALEX ROIZ DA SILVA, 60 anos, casado co Izabel Maria da Conceição

1862
ANTONIA FERREIRA DA CONCEIÇÃO, 79 anos, casada com João Nunes Angelo
FELIX FERREIRA DE AGUIAR MOREIRA, 81 anos, casado com Florencia Maria da Conceição

1863
LUIZ ALVES DA SILVA, 41 anos, morador no Calabouço, casado com Ignes Maria da Conceição

1864
JOSÉ LOPES DE MENEZES, 65 anos, morador na Alagoa da Mata, casado co  Isabel Maria da Conceição
Bertino Bezerra de Souza, casado com Dina Maria da Conceição

1865 
FAUSTINO RIBEIRO DE MELLO, casado com Antonia Maria da Conceição, morador na Tacima.