domingo, 9 de outubro de 2016

PRENOMES

Uma curiosidade da genealogia é a repetição de prenomes na mesma família. Muitas vezes encontramos um Joaquim, filho de um Joaquim, primo, tio e avô de outros “Joaquins”.
Atualmente, tal fato causa espanto. Mas, não era assim antigamente. A bem da verdade tal fato era um costume bem enraizado nas famílias.
Existia até certa regra para o nome de batismo da criança.
Geralmente, os dois primeiros filhos e filhas de um casal recebiam os nomes dos avós (maternos e paternos).  Assim, se a criança era um menino seu prenome seria de seu avô, se menina seria de sua avó.
Muitas das vezes escolhiam o mesmo prenome da avó materna para a menina e do avô paterno para o menino, alternando as famílias.
o terceiro filho nome do pai e se menina o nome da mãe.
Na ordem, sempre homenageando os membros da família, nomes dos tios e das tias. Algumas vezes o prenome era em homenagem ao padrinho ou a madrinha de batismo.
No Brasil, país onde predomina o cristianismo, muitos prenomes são de origem bíblica, como por exemplo: Maria, João, José, Joaquim e Ana .
Em grandes famílias usava-se a “folhinha” para o “santo do dia”. Dessa forma, se a criança nascesse no dia 24 de junho, seu prenome provavelmente seria JOÃO, em homenagem ao santo do dia.
No Nordeste, durante o século XIX e início do século XX, podemos observar que o costume adquiriu novas nuances, vez que além do prenome de batismo a pessoa ao atingir a maioridade acrescentava outro prenome. O JOAQUIM torna-se JOAQUIM ANTONIO o JOSÉ em JOSÉ MANOEL, em alguns casos o segundo prenome também homenageava alguém da família.
Assim, o prenome do indivíduo dá sempre uma dica sobre os prenomes existentes na família, o que torna mais fácil a busca genealógica.